O policial Guilherme Tadeu Figueiredo Giacomelli, acusado de homicídio qualificado por atirar no motociclista Rogério Ferreira da Silva Júnior, em agosto de 2020, vai a júri na próxima semana.

O júri começa no próximo dia 5, no Fórum da Barra Funda. Giacomelli foi absolvido das acusações de fraude processual e prevaricação pela Justiça Militar.

O caso aconteceu na Zona Sul de São Paulo. Rogério completava 19 anos no dia em que foi assassinado. Ele comemorava a data em frente à casa onde morava, no bairro do Sacomã, quando saiu com a moto de um amigo.

Imagens de câmeras de segurança divulgadas na época registraram o momento em que dois policiais militares se aproximam de Rogério e um deles atira contra o garoto.
Na época dos fatos, o policial que atirou em Rogério chegou a ser preventivamente para evitar interferências na investigação.

A defesa relata que ele passou a receber ameaças de morte e que o caso se trata de legítima defesa. “Ficou claro durante o curso do processo que o soldado agiu em legítima defesa putativa, ou seja, foi uma reação a uma situação que constatou ser de ameaça à sua própria vida”, explicam os advogados Flávia Artilheiro e Richard Noguera, responsáveis pela defesa do militar.

A defesa também ressalta que o militar foi absolvido da acusação de fraude processual e prevaricação.

“Está comprovado no processo que os policiais solicitaram o socorro imediatamente, assim como é comprovado que houve falha no sistema de comunicação no dia dos fatos. Guilherme era um jovem policial que se defendeu numa situação de perigo e seguiu os protocolos normativos de segurança “, relatam os criminalistas.