Moraes pede à PGR um parecer sobre ida de Bolsonaro à Embaixada da Hungria

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou, nesta quarta-feira (27/3), à Procuradoria-Geral da República (PGR) um parecer em até cinco dias sobre as informações prestadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da embaixada da Hungria. Somente depois do parecer, o ministro vai analisar o caso.

A depender da explicação apresentada, a PGR pode abrir uma investigação sobre o caso e até pedir uma prisão preventiva.

Na segunda-feira (25/3), o ministro deu 48 horas para o ex-presidente Jair Bolsonaro explicar a ida à embaixada da Hungria em Brasília após ter o passaporte apreendido na operação da Polícia Federal que apurava uma tentativa de golpe de Estado. O despacho ocorreu na PET 12.377.

Ao STF, os advogados de Bolsonaro afirmaram que não há preocupação com a prisão preventiva e neste cenário “é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”. “A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, acrescenta.

As imagens de Bolsonaro na embaixada da Hungria durante dois dias foram publicadas pelo jornal The New York Times na segunda-feira (25/5). A Hungria é governada pelo premiê de extrema direita Viktor Orbán.

Na segunda-feira, os advogados de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, Fábio Wajngarten e Daniel Bettamio Tesser, enviaram um comunicado à imprensa confirmando que o ex-presidente esteve hospedado, a convite, na embaixada da Hungria em Brasília para “manter contatos com autoridades do país amigo”.

Os advogados também afirmam que no dia em que esteve hospedado na embaixada, o ex-presidente conversou com autoridades do país atualizando cenários políticos das duas nações.

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