Apesar da seca, produção de tomate cresce 18% em São Paulo

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Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento

A produção de tomate envarado ou para mesa apresentou crescimento de 18,4% na safra de inverno 2023/2024, segundo estimativa do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

Mesmo com as adversidades climáticas, como a forte estiagem enfrentada pelos agricultores paulistas, a expectativa é de que a produtividade do tomate seja 17,6% maior, o que levou a produção de tomate para mesa a mais de 392 mil toneladas, com rendimento médio de 92.394 kg/ha.

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O tomate, assim como amendoim, arroz e soja, é uma cultura muito atingida pelo período de estiagem. Mesmo assim, com o auxílio do governo paulista, o setor deve encerrar a safra com resultados positivos.

Atento ao problema da falta de chuvas, o Estado de São Paulo já liberou quase R$ 1 bilhão em recursos emergenciais ao agro por conta da estiagem. “A gente quer ajudar os nossos produtores a investir em irrigação com taxas de juro baratas. Por que temos tanto problema se há disponibilidade hídrica? Por falta de investimento em irrigação. É isso que a gente quer combater”, afirmou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O produtor rural pode receber auxílio de diversas formas. Em subvenção ao seguro rural, foram liberados R$ 100 milhões. O valor cobre de 25% a 30% da apólice. Além disso, o governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura, vai liberar R$ 200 milhões em linhas de crédito para pequenos produtores afetados pela seca.

Vale lembrar, que em julho, foi liberada uma linha de crédito emergencial de R$ 5 milhões para os produtores de batata-doce e mandioca afetados pela estiagem no Estado de São Paulo. Os municípios contemplados pelo crédito foram definidos a partir de um levantamento da Defesa Civil, com objetivo de otimizar a aplicação dos recursos.

A secretaria de agricultura também formulou um plano de irrigação com o objetivo de dobrar as áreas irrigadas no estado em quatro anos. Entre outras ações, prevê uma linha de crédito para os agricultores com recursos para aquisição de implementos, além de todo o apoio técnico dos institutos de pesquisa ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

“Com as lavouras irrigadas, a colheita é garantida mesmo com a seca. Nossa meta é chegar a 30% das áreas irrigadas até 2030. Hoje, apenas 6% da área produtiva do agro paulista possui sistema de irrigação”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

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