Alta umidade da soja é apenas ‘ponta do iceberg’ dos problemas do produtor gaúcho, diz Emater-RS

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A colheita de soja atinge 91% da área no Rio Grande do Sul. Produtores de municípios atingidos pelas históricas chuvas aproveitam momentos de tempo firme para avançar com as máquinas em campo, por mais difícil que seja. A tentativa é de salvar o que for possível.

Segundo o assistente técnico em culturas da Emater-RS, Alencar Paulo Rugeri, a umidade excessiva do grão – que em alguns casos ultrapassa 30% – é apenas a ‘ponta do iceberg’ dos problemas enfrentados pelos sojicultores do estado.

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“A umidade é um dos desafios, mas que é possível amenizar através da estrutura de secagem. No entanto, também tem os grãos ardidos, enfim, é um conjunto de normas que a soja precisa atender para atingir o padrão [de comercialização]”.

De acordo com Rugeri, os problemas logísticos são dos que mais atrapalham e pesarão na conta dos custos e descontos que o produtor terá.

“Ainda estamos em um momento de consternação, não de razão, de calcular como as coisas vão se efetivar. Teremos reflexos em toda a cadeia, como, por exemplo, como chegaremos ao Porto de Rio Grande ou outras áreas? Será uma grande mudança de cenário. […] Nossa logística não era das melhores que existiam [no país], mas tinha uma vazão, um fluxo de razoável para bom no estado, e agora há uma interferência gigantesca que atrapalha toda a estratégia de quem compra, de quem vende”.

Essa reportagem fez parte do 18º episódio do Programa Soja Brasil. Assista abaixo na íntegra:

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