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A gigante naval Maersk retomará as operações no Mar Vermelho semanas após ter suspendido as atividades na região devido a ataques de rebeldes Houthi apoiados pelo Irã a navios comerciais.
A empresa dinamarquesa anunciou no domingo (24) que iria retomar os envios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden após o estabelecimento de uma nova operação de segurança liderada pelos Estados Unidos na área.
A Operação Prosperity Guardian permitirá mais uma vez a passagem de navios de transporte pela região, destacou a Maersk em comunicado, no que chamou de “notícias muito bem-vindas para toda a indústria e, na verdade, para a funcionalidade do comércio global”.
A operação de segurança multinacional inclui o Reino Unido, Bahrein, Canadá, França, Itália, Países Baixos, Noruega, Seicheles e Espanha.
Algumas das maiores empresas do mundo, incluindo a gigante petrolífera BP, afirmaram recentemente que suspenderam suas operações no Mar Vermelho, evitando também o crucial Canal de Suez, após de ataques por parte dos Houthis.
O grupo armado diz que a ofensiva é uma vingança contra Israel pela sua campanha militar contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Cerca de 10% a 15% do comércio mundial e 30% do comércio de contentores passam pela via navegável que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo.
Alguns navios já estavam sendo desviados em torno do extremo sul de África, levantando preocupações de que um encerramento efetivo e prolongado do Canal de Suez aumentaria os custos de frete e os prazos de entrega.
A Maersk desviou os seus navios do Mar Vermelho no início deste mês e introduziu novas taxas para o transporte de mercadorias em rotas mais longas como resultado da interrupção.
No comunicado de domingo, a empresa ressaltou que preparava os primeiros navios para retomar o trânsito através do Mar Vermelho “assim que for operacionalmente possível”.
“Ao fazer isso, garantir a segurança de nossos funcionários é de extrema importância e nossa prioridade número um para lidar com a situação desafiadora”, acrescentou a companhia.
Ela também pontuou que, embora a segurança seja reforçada, “o risco global na área não está eliminado nesta fase”.
“A Maersk não hesitará em reavaliar a situação e mais uma vez iniciar planos de desvio se considerarmos necessário para a segurança dos nossos marítimos”, disse a empresa, acrescentando que compartilharia detalhes sobre o novo acordo nos próximos dias.
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