STF marca julgamento de ação que pode afetar exploração da Petrobras no pré-sal

Spread the love

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, de 22 de março a 3 de abril, uma ação que pode impactar a exploração da Petrobras no pré-sal. O processo trata da suspensão dos limites de emissão de poluentes em plataformas de petróleo.

Tenha acesso ao JOTA PRO Poder, uma plataforma de monitoramento político com informações de bastidores que oferece mais transparência e previsibilidade para empresas. Conheça!

A ação foi ajuizada em setembro de 2023 pelo então procurador-geral da República, Augusto Aras, e questiona a Resolução 501/2021 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

A norma livrou dos limites de emissão de poluentes gerados por turbinas as plataformas de petróleo e gás localizadas além do mar territorial brasileiro cuja geração elétrica por máquina seja inferior a 100 MW.

Para Augusto Aras, a mudança promovida pela resolução surgiu do desejo de viabilizar o licenciamento de novas plataformas cuja necessidade de gerar energia supere esse teto de 100 MW.

Isso, porque a conta é feita com base na capacidade individual de cada turbina, e não na produção total de energia. Antes da alteração, o critério era o total da capacidade de geração do conjunto de turbinas.

Segundo o PGR, a norma suprime limites de emissão de poluentes em uma atividade enquadrada como de alto grau de degradação ambiental, sem fixar, contudo, qualquer contrapartida.

“Ao fim e ao cabo, as disposições questionadas da Resolução 501/2021 acabam por promover uma completa desregulamentação do arcabouço normativo de proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado”, afirmou Aras.

A Petrobras, maior operadora do país, foi admitida como amiga da Corte, para contribuir com o processo. A companhia afirmou que a resolução fez uma adequação necessária e permite a eletrificação da planta, de forma a diminuir o uso de combustíveis.

A empresa explicou que a exploração do pré-sal demanda um alto consumo de energia, superior a 100 MW, sendo que as regras anteriores não foram pensadas para esse modelo de atividade.

De acordo com a Petrobras, eventual suspensão da norma acarretaria uma perda da ordem de R$ 212 milhões por mês de paralisação, além da necessidade de revisitar contratos, concessões e investimentos assumidos por ela.

A temática é objeto da ADI 7.467, relatada pela ministra Cármen Lúcia, e será apreciada no plenário virtual.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *