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O deputado federal Eunício Oliveira deflagrou articulações para reestruturar o MDB e tentar recuperar a prefeitura de Pacatuba nas eleições de 2024. Eunício se sentiu traído pelo grupo de Carlomano Marques nas eleições de 2022, mas, agora, volta a conversar com o ex-aliado e se prepara para reconquistar o comando político e administrativo do Município.
A cidade de Pacatuba passa, nos últimos dois anos, por turbulência política: Carlomano que, no ano passado, foi afastado do cargo após investigações que apontaram desvio de recursos públicos, teve como sucessor o sobrinho Rafael Marques. A investigação tem, também, como alvos, Rafael, Carlomano e o ex-deputado estadual Leonardo Araújo.
REPERCUSSÃO NO JORNAL ALERTA GERAL
Descontente com a postura política de Rafael, Carlomano entrou nas redes sociais para anunciar que estava rompido com o sobrinho e elegeu, também, como alvo dos petardos, o ex-deputado estadual Leonardo Araújo que o apoiou na reeleição em 2020. Após a queda de Carlomano, Leonardo manteve a aliança com o prefeito Rafael Marques e rompeu com o deputado federal Eunício Oliveira.
“Na qualidade de presidente do MDB de Pacatuba, quero informar que não existe mais nenhum laço político-partidário entre a minha pessoa e o prefeito Rafael Marques. Estamos livres para lançar ou apoiar outra candidatura”, disse, por meio de nota, em suas redes sociais, o ex-prefeito Carlomano, ao anunciar reunião com o deputado estadual Danniel Oliveira, sobrinho de Eunício.
O Jornal Alerta Geral, com a participação do repórter Carlos Alberto e do jornalista Beto Almeida, repercute, nesta quarta-feira, o cenário político e pré-eleitoral do Município de Pacatuba, que conta, com pelo menos, 55.000 eleitores.
TOM DE DRAMATICIDADE
Em tom de dramaticidade, Carlomano Marques disse, na nota, que ‘’“Pela lealdade que tenho ao povo, em especial ao pacatubano, informo que esta decisão foi tomada porque quiseram fazer comigo o que a ‘Erika fez com o Tio Paulo’. Com recados e ameaças, Carlomano acrescentou: ‘’Quem tiver perna, que corra’’.
O ‘Tio Paulo’, ao qual Carlomano se refere, é o idoso que, mesmo após morto, foi levado pela sobrinha Erika a uma agência bancária, no Rio de Janeiro, para assinar documentos e liberar um empréstimo consignado no valor de R$ 17 mil. A manobra foi entendida como golpe e traição na relação de confiança com o tio. Ou seja, no caso de Pacatuba, Carlomano se sente traído pelo sobrinho Rafael e pelo ex-deputado Leonardo Araújo.
Sobre Leonardo Araújo, Carlomano disparou: “aquele que mente e rouba”. Como resposta à nota do ex-prefeito, Leonardo escreveu: “Nunca indiquei qualquer secretário ou cargo algum”. Araújo atribui o discurso de Carlomano, com as insinuações sobre possível mentira e roubo, a uma articulação de Danniel Oliveira, a quem acusa de ‘’recalque originado pela incompetência, necessitando viver da sobra de um mandacaru, que não dá sombra nem encosto, ectoplasma do tio”.