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Embora eu só tenha dado uma oportunidade à franquia Assassin’s Creed vários anos após o lançamento do primeiro jogo, ela acabou se tornando uma das minhas favoritas. Assumir o papel de um dos vários assassinos que protagonizam seus jogos costuma ser algo que me agrada e quando foi anunciado que esse universo seria levado para o Japão, minha expectativa foi às alturas.
Ambientado em 1579, quando o Japão passava por um sangrento processo de unificação, Assassin’s Creed Shadows contará a história de dois personagens: Fujibayashi Naoe, uma garota que vê sua vida mudar completamente após sua vila ser invadida pelo senhor feudal Oda Nobunaga; e Yasuke, um escravo africano que se torna um samurai e passa a servir o lorde que aterroriza o país.
Conforme avançarmos pela campanha conheceremos o passado e as motivações dos personagens, e por serem tão bem construídos, se torna fácil nos apegarmos a eles e aos seus ideais. Entre os dois, o meu preferido acabou sendo a jovem shinobi, mas acredito que isso se deva também ao estilo de jogo que ela nos proporciona.

Crédito: Divulgação / Ubisoft
Quando se trata de um Assassin’s Creed, a minha abordagem aos problemas sempre pende para agir de forma sorrateira e se essa afirmação soa estranha, eu explico. Para mim, entrar e sair dos lugares sem ser visto é quase uma obsessão, chegando ao ponto de reiniciar do último save só para tentar fazer uma incursão “perfeita”. Isso ficou mais claro quando joguei o Valhalla, já que nele algumas vezes podemos optar por uma invasão em massa ao lado do nosso pequeno exército ou adotar o estilo “invisível”.
E com o Assassin’s Creed Shadows essa diferenciação se torna ainda mais clara e acessível. Isso acontece porque Naoe e Yasuke se comportam de maneiras opostas. Enquanto a garota se move e luta de forma graciosa, quase não fazendo barulho e com golpes rápidos como uma flecha, o samurai é uma força da natureza, atropelando quem cruzar o seu caminho e golpeando com a força de um urso.
Na parte inicial da história, não poderemos escolher com qual personagem jogar, sendo que a maior parte do tempo estaremos no controle da ninja. Contudo, a partir de um certo ponto essa barreira cairá, com a troca entre os protagonistas podendo ser feita a qualquer momento.

Crédito: Divulgação / Ubisoft
Mas se ver o imenso Yasuke lutando impressiona, não escondo que a maior satisfação encontrei enquanto estava na pele de Naoe. No início tive uma certa dificuldade em saber exatamente quando me esgueirar, quando atacar ou até mesmo quando fugir. Porém, aos poucos comecei a entender melhor as habilidades da garota e a partir de um ponto saber como agir se tornou algo quase instintivo.
Eu sempre achei que o ponto alto da franquia está na sua capacidade de nos fazer sentir como um assassino habilidoso, mas acredito que o Assassin’s Creed Shadows elevou isso a um novo patamar. A variedade de ataques de Naoe e a sua agilidade encaixa tão bem com o estilo sorrateiro da franquia, que mesmo correndo o risco de cometer uma heresia aqui, diria que ela é a melhor protagonista que a série já teve — ou pelo menos é a minha favorita.
Essa sensação foi ganhou força sempre que precisava invadir um castelo, lugares sempre muito bem protegidos e que guardam baús com itens lendários que só podem ser abertos após derrotarmos um certo número de samurais. A primeira vez que tentei invadir uma dessas fortalezas foi um desastre, porém, com o tempo e a experiência adquirida, essas construções se transformaram em ótimas oportunidades para me sentir como um verdadeiro ninja, muitas vezes conseguindo entrar e sair deles sem ser notado.
Mesmo reconhecendo que a variedade dos castelos não seja significativa, até por não precisarmos matar todos os inimigos que o vigiam, gostei muito do desafio que eles proporcionam e sempre que me encontrava um deles, dedicava um tempo para assassinar seus samurais e coletar os espólios do lugar.

Crédito: Divulgação / Ubisoft
Mas se as invasões aos castelos podem se tornar um tanto cansativa, felizmente o Assassin’s Creed Shadows conta com um grande número de outras tarefas para ocuparmos o tempo. Quase sempre essas missões estão relacionadas a matar algum alvo, mas por acontecerem em locais variados e envolvendo inimigos diversos, algumas surpresas interessantes poderão surgir pelo caminho.
Além disso, o jogo ainda nos oferece um interessante modo de gerenciamento do nosso esconderijo. Nele poderemos escolher as construções que teremos no local, como uma forja ou uma sala de treinamento para a nossa equipe, bem como inúmeros itens decorativos. A ideia é bacana, mesmo porque poderemos ganhar objetos realizando missões ou comprá-los de comerciantes espalhados pelo mundo. Contudo, não posso dizer que tenha passado muito tempo montando o esconderijo.
Com esse capítulo a Ubisoft conseguiu inovar ao nos permitir jogar de maneiras tão diferentes, mas o aspecto em que o Assassin’s Creed Shadows mais se destaca é no enredo. Eu nunca fui um grande admirador das histórias entregues pela franquia, mas a verdade é que dessa vez os roteiristas da empresa me conquistaram.
Tanto Naoe quanto Yasuke são personagens fantásticos, cada um a sua maneira. Ambos são movidos pela luta contra a opressão que os atinge e mesmo com o enredo passando longe de ser um registro fiel daquela época, ele aproveita muito bem o contexto e vários personagens históricos de um Japão feudal. Mesmo Oda Nobunaga, com sua tirana visão para unificar o país, não deixa de ser crível e fascinante.

Crédito: Divulgação / Ubisoft
Já outro aspecto que merece destaque é a qualidade técnica do jogo. Apesar de boa parte da franquia ser elogiada pelos gráficos e enormes mundos abertos que nos entrega, Shadows está ainda melhor, mais detalhado e bonito do que nunca. Explorar o Japão é uma experiência fantástica, com a dedicação da equipe de artistas da desenvolvedora podendo ser notada a cada passo dado.
Essa imersão se torna ainda maior graças a dublagem que mistura japonês com o nosso idioma, em referência aos portugueses que chegaram ao Japão, além de um excelente sistema de mudanças climáticas e de estações. Isso faz com que os cenários mudem bastante conforme a época do ano em que estivermos e me impressionei ao ver pela primeira vez as folhas vermelho-alaranjadas voando durante o outono ou os campos salpicados de neve durante o inverno. Detalhe, os personagens se movem mais lentamente ao andar por montes altos de neve.
Para resumir minha impressão sobre o Assassin’s Creed Shadows, posso citar uma conversa que tive com meu filho enquanto ele me assistia jogar. Ao ser questionado qual o meu capítulo favorito da franquia, não titubeei ao dizer que, mesmo adorando o Odyssey e o Origins, acho que pela soma de jogabilidade divertida, enredo interessante, ótimos gráficos e sua fascinante ambientação, a aventura de Naoe e Yasuke acabou conquistando a minha preferência.
Sim, a espera pela chegada da série ao Japão foi longa, mas valeu a pena.
O post Assassin’s Creed Shadows — A Sombra de um Samurai apareceu primeiro em Vida de Gamer.