Homocinéticas barulhentas: entenda o motivo
Entenda a função das homocinéticas, como operam e de que maneira podem ser revisadas.
Postado anteriormente em 12 de junho de 2019.
“Essa é peça que devemos trocar quando o carro começa a estalar nas curvas?” Esta é uma das perguntas mais frequentes que recebemos de nossos clientes sobre as homocinéticas. No artigo dessa semana, buscaremos entender a sua funcionalidade, os sintomas e os principais problemas destas peças – e entender o porquê de elas “estalarem” quando estão com problema.
Para que o veículo entre em movimento, é necessário que a potência do motor passe para as rodas. No entanto, devido ao constante movimento das rodas dianteiras, ocasionada tanto pelo motorista ao virar o volante quanto pelo contato do carro com diferenças na superfície na via, como buracos, não é possível que o veículo tenha um eixo rígido. A junta homocinética, por sua vez, permite que sejam criados ângulos entre as árvores de transmissão de força, evitando que danos sejam ocasionados por esta movimentação.
Em geral, as juntas homocinéticas não são encontradas em veículos com tração traseira, pois estes dispõem de um eixo rígido. Não há movimentação direcional nestas rodas, apenas radial, o que torna desnecessária a criação de ângulos de transmissão de força.
Um veículo utiliza dois pares de homocinéticas: uma interna (lado câmbio, que ficam mais próximas do motor) e uma externa (que ficam próximas às rodas).
As homocinéticas internas, também chamadas de tulipas ou trizetas, além de permitirem a criação de ângulos, possuem design específico para permitir o seu deslize, provendo movimento axial para o conjunto, permitindo o ajuste do conjunto no “sobe e desce” da suspensão. Já a homocinética externa, também chamada de fixa, não permite o movimento axial, porém tem um projeto específico para garantir grandes angulações, ainda maiores do que da homocinética Interna, chegando até 54°.
Por se tratar de uma peça mecânica, que faz uso de diversos rolamentos para se movimentar, qualquer poeira ou detrito que adentrar no sistema pode ocasionar ruídos – os conhecidos estalos – ou desgate – este que leva a folgas, exigindo a troca da peça.
É possível descobrir qual homocinética está fazendo barulho ao observar o movimento que causa esse ruído. Se acontecer quando o carro está virando, é provável que o problema esteja na homocinética externa. Por outro lado, se estas ocorrências forem limitadas a acelerações e frenas em linha reta, a homocinética interna pode estar comprometida. Apesar de convenientes, essas regras não devem ser tomadas como absolutas, pois diagnósticos mais precisos devem ser feitos – preferencialmente desempenhados por profissionais qualificados.
A manutenção das homocinéticas é simples e imprescindível. Para garantir a integridade do conjunto, convém fazer uma conferência visual da coifa em busca de fissuras, ressecamentos ou até mesmo problemas de encaixe. Nestes casos, recomenda-se fazer a substituição da homocinética; dessa maneira as chances de ter que trocar o conjunto inteiro são diminuídas.
Existem outras medidas importantes para garantir a durabilidade da homocinética: atente-se aos “trancos” dados ao acelerar, faça o alinhamento periodicamente e não ultrapasse o limite de carga de seu veículo – informação que consta no manual do proprietário. Quando as homocinéticas estão apresentando problemas, é bem possível que não haja uma maneira para recuperar a peça, restando apenas proceder com a substituição.
As homocinéticas disponíveis na nossa loja acompanham um tubo de graxa, a porca para fixação da peça no cubo de roda, a coifa e as abraçadeiras. Nas páginas dos produtos, é possível encontrar fotos técnicas que destacam a quantidade de estrias contidas na peça, bem como outras dimensões, permitindo que a compra seja realizada com tranquilidade.
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