Você sabia que depois de 67 anos, o novo Chevrolet Corvette de oitava geração é o primeiro a utilizar o motor central traseiro? Bom, ele pode ser novidade no esportivo mais famoso da GM, mas o conceito do motor já é utilizado há anos pela indústria automotiva.

Chevrolet Corvette Stingray (divulgação)

E você caro leitor, sabia que existe mais de um tipo de posição do motor? Além do tradicional dianteiro, existe ainda o central traseiro, central dianteiro e o traseiro. Vamos dar uma rápida explicação sobre esses tipos de motor, e quais são suas qualidades e características.

Motor central-traseiro

O motor central-traseiro privilegia o desempenho dinâmico do veículo, isso significa que os carros mais esportivos, como o caso do Corvette, Porsche e Lamborghini se aproveitam da boa distribuição de peso e o centro de gravidade mais próximo do ‘meio’ do veículo, que não sobrecarrega demasiadamente apenas um eixo.

Motor Lamborghini Huracan Evo (divulgação)

Mas não podemos confundir o motor traseiro com o central-traseiro – pois eles são duas coisas completamente diferentes. No caso do motor central-traseiro, o motor vai instalado entre os bancos dianteiros e o eixo traseiro. Já no caso dos motores traseiros propriamente ditos, o motor é instalado sobre o eixo traseiro com o câmbio montado logo à frente do motor.

Lamborghini Huracan Evo (divulgação)

Outra característica a respeito do motor central-traseiro é que por conta do seu posicionamento, a distribuição da massa passa a ser bem mais equilibrada do que em outras posições, como o dianteiro e o somente traseiro. Mas como qualquer motor, o central-traseiro tem suas peculiaridades:

Peso:

Com o motor montado na posição central-traseira, o peso no eixo motriz ajuda a melhorar a eficiência da força que é jogada nas rodas e, claro, a transferência para o solo. O senso de controle de quem dirige aumenta devido à posição de direção mais próxima da parte dianteira.

Massa:

Tem baixo momento de inércia polar. Ou seja, com a massa do veículo menos concentrada em um só ponto (ou mais perto do centro), menos força ele precisa para se deslocar. A “falta” de peso nas extremidades faz com que as respostas do veículo sejam mais rápidas.

Difícil acesso:

Perde-se espaço no habitáculo e o lugar onde, normalmente, seria o porta-malas. Na hora da manutenção ou checagem de um componente, o acesso é dificultado porque o motor fica mais escondido por conta das proteções/carenagem.

Motor traseiro:

Já no caso do motor traseiro, ele é instalado sobre o eixo traseiro, uma das arquiteturas mais antigas da indústria. Ele ainda é utilizado por marcas como a Porsche com o 911 e os Lamborghini – sem falar no Fusca e seus descendentes.

Motor traseiro Porsche 911 Carrera S (divulgação)

Além da tradição – de muitos anos – o propulsor permite jogar mais peso sobre o eixo que traciona, embora versões com tração integral existam desde os anos 80. Esse tipo de motor também abre um pouco mais de espaço para os bancos traseiros, algo raro em carros com motor central.

Motor dianteiro:

Se o motor montado na traseira é mais comum em carros esportivos, o motor dianteiro é mais utilizado no mundo. Ele tem uma construção mais simples e barata se comparada aos motores traseiros-centrais e traseiros.

Motor Jeep (divulgação)

Além disso, o motor dianteiro geralmente pode ser menor o que libera o espaço traseiro para um porta-malas mais generoso. Em contrapartida, o motor dianteiro compromete mais a distribuição de peso – que não fica tão equilibrada, quanto as outras opções – e pode comprometer a dirigibilidade.

Motor central-dianteiro:

No caso do motor central-dianteiro, o motor fica entre o eixo dianteiro e o motorista, deixando o câmbio montado na parte traseira – chamado de transeixo.

Motor Mercedes-AMG GT (divulgação)

Por conta disso, o peso fica mais equilibrado – 47% na dianteira e 53% na traseira, e contribui para melhor dinâmica. Um dos melhores exemplos dessa categoria é o consagrado Mercedes-Benz AMG GT.

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