Vamos falar de estepe?
Estepe no Brasil é sinônimo de “pneu sobressalente”, de fato um pneu que está aguardando ser acionado numa situação de emergência, que pode ocorrer com certa frequência para alguns motoristas e nunca para outros.
Mas o objetivo deste singelo post não é discutir a importância (ou não) do estepe, mas sim provocar um pouco vocês sobre a “evolução” do estepe no mercado brasileiro.
Ao longo dos últimos dez anos algumas montadoras instaladas no Brasil começaram a entregar veículos com ESTEPE diferente dos demais 4 pneus do carro, claro, numa lógica óbvia de reduzir espaços no porta malas (sério, não é pra reduzir custos, pois estes pneus são um pouco mais caro que os “normais” produzidos em larga escala). É interessante mencionar que em alguns casos algumas montadoras, quando colocam o pneu e a roda do estepe igual aos outros 4 pneus, até “vendem” isto como diferencial (o que não deixa de ser verdade…).
Quase a totalidade das montadoras no Brasil instaladas são multinacionais, e lá fora a muito tempo o conceito de ESTEPE vem sendo substituído por PNEU DE EMERGÊNCIA, e isto também ajudou a provocar um pouco da mudança que vemos em muitos veículos montados em nosso país e importados pelas montadoras.
Como o próprio nome diz este pneu reserva é para situações de EMERGÊNCIA, geralmente limitados a rodar no máximo a 80km/h e numa distância não superior a 50km. Estes pneus emergenciais limitam por exemplo uma prática comum dos motoristas brasileiros, incluir o ESTEPE no processo de rodízio e desta forma dar uma “esticadinha” no momento da troca. Mas do outro lado você tem um pneu bem mais leve e de fácil manuseio na hora de trocar, sem falar no espaço bem menor ocupado pelo ESTEPINHO no porta malas.
Há o projeto de lei PL 82/15, que já está tramitando na câmara federal a mais de 2 anos, e que resumidamente “obriga os fornecedores de veículos a instalar nos modelos novos, nacionais e importados comercializados no País, estepe de dimensões idênticas às das outras rodas e pneus do carro”.
Este projeto de lei ainda vai enfrentar muita discussão e o lobby pesado das montadoras, e particularmente acreditamos que ainda teremos mais uns 2 anos até sua total validação (ou não).
E qual é sua opinião?
Fonte: CTTi
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