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O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição de saúde que afeta uma parte significativa das mulheres em idade fértil. Ele é uma variante mais intensa da Síndrome Pré-Menstrual (SPM), com sintomas físicos, emocionais e comportamentais que interferem de forma significativa no funcionamento social, ocupacional e até sexual. A condição é identificada com o CID GA34 na Classificação Internacional de Doenças e pode ser tratada com uma combinação de acompanhamento médico, ajustes na rotina e, em alguns casos, medicamentos.
Este artigo aborda o que é o TDPM, quais são seus sintomas, o processo de diagnóstico, opções de tratamento e os direitos da mulher no ambiente de trabalho em relação à licença para tratamento do TDPM.
TDPM: o que é?
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma forma grave de Síndrome Pré-Menstrual (SPM) que envolve sintomas físicos, emocionais e comportamentais intensos e debilitantes. Embora a SPM seja relativamente comum, com sintomas como cólicas e desconforto emocional leves, o TDPM vai além, manifestando-se com sintomas que afetam profundamente a vida cotidiana da mulher.
Os sintomas de TDPM costumam aparecer de uma a duas semanas antes da menstruação e podem se prolongar até o início do ciclo menstrual. O quadro interfere significativamente nas atividades diárias, relacionamentos e trabalho, impactando de forma importante a qualidade de vida.
Sintomas do TDPM
Os sintomas do TDPM são variados e podem ser classificados em físicos e emocionais/comportamentais. A intensidade e a duração desses sintomas variam de mulher para mulher, mas todos tendem a causar sofrimento e dificuldades na rotina.
Sintomas físicos
Entre os sintomas físicos mais comuns estão:
- Inchaço e sensibilidade nas mamas
- Dores de cabeça frequentes
- Alterações no peso (inchaço ou retenção de líquidos)
- Cansaço excessivo
- Dores musculares e nas articulações
Sintomas emocionais e comportamentais
Os sintomas emocionais e comportamentais são os principais diferenciais entre a SPM e o TDPM. No TDPM, eles tendem a ser mais severos e incapacitantes, como:
- Tristeza intensa e crises de choro
- Pensamentos suicidas ou autodestrutivos
- Desânimo crônico e falta de energia
- Alta irritabilidade, com episódios de raiva
- Ansiedade e sensação de tensão constante
- Oscilações de humor e crises de depressão
- Alterações no apetite e compulsão alimentar
- Insônia ou aumento do sono
Esses sintomas não só afetam o bem-estar emocional, como também podem prejudicar as relações sociais e a performance no trabalho, uma vez que a mulher com TDPM pode se tornar mais sensível e menos produtiva durante o período.
CID do TDPM
O Código Internacional de Doenças (CID) para o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é GA34. O CID é uma classificação de diagnósticos utilizada pelos sistemas de saúde e previdência social para identificar condições médicas, auxiliar no tratamento e possibilitar a concessão de benefícios, como afastamentos temporários. O uso do CID é importante para que a condição seja reconhecida formalmente e para que a mulher tenha acesso aos recursos e cuidados devidos.
Quem pode diagnosticar o TDPM?
O diagnóstico de TDPM é clínico e pode ser realizado por um ginecologista ou por um psiquiatra, que são os profissionais especializados na área. O ginecologista avalia os sintomas físicos e hormonais, enquanto o psiquiatra ou psicólogo ajuda a avaliar e tratar os sintomas emocionais e comportamentais.
Para chegar ao diagnóstico de TDPM, é comum que o profissional de saúde solicite à paciente que mantenha um registro dos sintomas ao longo de vários ciclos menstruais. Isso ajuda a identificar um padrão e a distinguir o TDPM de outras condições, como a depressão, que pode ter sintomas semelhantes, mas não estão diretamente associados ao ciclo menstrual.
Diferença entre TPM e TDPM
A diferença entre TPM e TDPM está, principalmente, na intensidade e no impacto dos sintomas. A TPM é caracterizada por sintomas físicos e emocionais leves, que, embora possam ser desconfortáveis, não interferem de maneira tão significativa nas atividades diárias. Já o TDPM apresenta sintomas muito mais graves e incapacitantes, afetando o humor, o sono, o apetite e as relações sociais de maneira intensa.
No TDPM, os sintomas emocionais, como depressão, ansiedade e irritabilidade, são mais pronunciados e persistentes, tornando o cotidiano da mulher muito mais desafiador.
O que significa a sigla TDPM?
A sigla TDPM significa Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, que descreve uma forma intensificada de Síndrome Pré-Menstrual (SPM) com sintomas mais severos, especialmente emocionais e comportamentais, além dos sintomas físicos usuais.
Qual médico trata a TDPM?
O TDPM pode ser tratado por uma equipe multidisciplinar, composta principalmente por:
- Ginecologista: responsável por tratar os sintomas físicos, hormonais e ginecológicos.
- Psiquiatra: auxilia no tratamento dos sintomas emocionais e comportamentais, como depressão, ansiedade e irritabilidade.
- Psicólogo: fornece apoio emocional e técnicas de enfrentamento para lidar com os sintomas de maneira mais eficaz.
A combinação desses cuidados é ideal para abordar os sintomas de forma completa, ajudando a paciente a ter melhor qualidade de vida e maior controle sobre sua saúde.
Licença por TDPM: direitos trabalhistas
Embora não haja uma licença específica para o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) no Brasil, a legislação trabalhista permite que a funcionária se ausente mediante a apresentação de atestado médico que justifique a necessidade de afastamento.
Dada a intensidade dos sintomas de TDPM, a ausência pode ser essencial para que a mulher recupere o bem-estar físico e emocional. O afastamento é assegurado pela legislação trabalhista, que prevê a possibilidade de licença médica mediante atestado. Caso a necessidade de afastamento seja maior, a paciente pode solicitar um benefício previdenciário ao INSS, desde que o transtorno comprometa o exercício do trabalho de maneira prolongada.
Pode dar atestado por cólica menstrual?
Sim, o atestado médico por cólica menstrual é válido e pode ser emitido pelo ginecologista ou médico de confiança. O TDPM, sendo uma condição mais grave, também possibilita a emissão de atestados para os dias em que os sintomas são incapacitantes. Não há impedimento legal para o uso de atestado por cólica menstrual ou por sintomas relacionados ao TDPM, desde que seja emitido por um profissional de saúde habilitado.
Estou com muita cólica. Posso faltar no trabalho?
Sim, o direito ao afastamento em caso de cólicas incapacitantes está previsto na legislação trabalhista. O ideal é procurar um médico que possa avaliar a gravidade da condição e, se necessário, emitir um atestado. A empresa não pode recusar um atestado médico válido, e o trabalhador está amparado para se ausentar nesses casos.
Quantos dias de atestado para endometriose?
Para a endometriose, que também causa sintomas dolorosos intensos, o período de afastamento depende da gravidade do quadro e da indicação médica. Não há um limite específico fixado para endometriose, e o número de dias varia de acordo com a necessidade individual da paciente. No caso do TDPM, o atestado segue o mesmo critério, e a quantidade de dias é determinada pelo profissional de saúde, considerando a intensidade dos sintomas.
Perguntas e respostas sobre o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)
TDPM e TPM são a mesma coisa?
Não. Embora ambos ocorram no período pré-menstrual, o TDPM é uma forma mais grave, com sintomas emocionais e comportamentais mais intensos, afetando a qualidade de vida de forma mais significativa.
O que significa a sigla TDPM?
TDPM significa Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, uma condição de saúde que envolve sintomas severos antes do período menstrual.
Quem pode diagnosticar o TDPM?
Ginecologistas, psiquiatras e psicólogos podem diagnosticar o TDPM, especialmente em casos onde os sintomas emocionais e comportamentais são muito intensos.
Qual médico trata a TDPM?
O TDPM pode ser tratado por uma equipe de profissionais, incluindo ginecologistas para os sintomas físicos e psiquiatras e psicólogos para os sintomas emocionais e comportamentais.
Posso faltar ao trabalho por TDPM?
Sim, o TDPM, quando incapacita a funcionária, justifica a ausência com apresentação de atestado médico.
Quantos dias de atestado para TDPM?
O número de dias depende da intensidade dos sintomas e é determinado pelo médico, de acordo com a necessidade da paciente.
Conclusão
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição debilitante que vai além dos sintomas comuns da TPM, afetando tanto o aspecto físico quanto o emocional das mulheres. Com o diagnóstico correto e um tratamento multidisciplinar, é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O reconhecimento da condição é essencial, pois garante que as mulheres possam buscar atendimento médico adequado e usufruir de seus direitos trabalhistas, como o afastamento mediante atestado médico em dias de sintomas incapacitantes. Ao compreender melhor o TDPM, a mulher pode encontrar formas de controlar e lidar com a condição, tornando seu cotidiano mais leve e saudável.