A advocacia desempenha um papel fundamental na construção de instituições democráticas e livres em um estado de direito. Os advogados e as advogadas são defensores incansáveis da equidade e da verdade, em prol da lei como força unificadora
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Advogado é um profissional liberal, graduado em Direito e autorizado pelas instituições competentes de cada país a exercer o jus postulandi, ou seja, a representação dos legítimos interesses das pessoas físicas ou jurídicas em juízo ou fora dele, quer entre si, quer ante o Estado.
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Eles falam sobre masculinidade saudável, dão palestras sobre paternidade, pregam responsabilidade afetiva e posam como homens desconstruídos. São ovacionados, convidados para eventos, podcasts, entrevistas, mas por trás da fachada, muitos escondem histórias de hipocrisia, abusos e golpes.
São pais que falam sobre presença, mas estão ausentes na vida dos filhos. São “especialistas” em relacionamentos que não praticam a responsabilidade afetiva, e, em alguns casos, utilizam relações íntimas para se beneficiar financeira, acadêmica ou socialmente. Há ainda aqueles que chegaram ao ponto de roubar materiais acadêmicos de mulheres, as mesmas que frequentemente são ignoradas ou subestimadas enquanto eles lucram às custas de um discurso vazio.
Mesmo quando desmascarados, muitos conseguem abafar escândalos e manter sua posição. A sociedade, ainda tão condescendente com os erros masculinos, permite que sigam sendo referências, enquanto mulheres que fazem um trabalho sério lutam por visibilidade e reconhecimento.
O mercado, claro, seduzido pela ideia do homem que “mudou” e que “ensina aos outros”, pouco se questiona quem são esses homens de fato e se sua formação é real. Quem avalia suas práticas? Quem escuta as mulheres que apontam as incoerências, as mentiras e os abusos?
Essa dinâmica não é nova. É um reflexo de como o privilégio masculino se reinventa: mesmo no campo da desconstrução, eles conseguem ocupar os palcos e os feeds de redes sociais. Enquanto isso, mulheres especialistas, que muitas vezes abriram o caminho para que esses discursos fossem debatidos, enfrentam descrédito, desvalorização e o peso de estruturas que insistem em silenciá-las.
Conheci pessoalmente dois deles: um praticou todas as formas de violência contra uma ex namorada e hoje vende livros, dá palestras e fala sobre relacionamento para milhões de mulheres seguidoras; o outro namorou uma amiga, a fez passar por louca e se apropriou do trabalho acadêmico dela – descobrimos recentemente que fez mais de 5 vítimas dando golpes financeiros. Esse “alecrim” foi membro de um dos grupos mais conhecidos sobre masculinidade no Brasil, com cartilhas e palestras bem remuneradas por grandes empresas. Um estelionatário profissional, que não convive com a própria filha, mas adora discursar sobre paternidade. Fala sobre relações saudáveis, enquanto se envolve com mulheres — estudiosas, entusiastas ou conhecedoras da área de gênero — explorando o “capital feminino” para fortalecer sua fachada.
A pergunta que fica é: até quando vamos aplaudir os falsos desconstruídos enquanto ignoramos as verdadeiras vozes que precisam ser ouvidas?