A advocacia desempenha um papel fundamental na construção de instituições democráticas e livres em um estado de direito. Os advogados e as advogadas são defensores incansáveis da equidade e da verdade, em prol da lei como força unificadora
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Advogado é um profissional liberal, graduado em Direito e autorizado pelas instituições competentes de cada país a exercer o jus postulandi, ou seja, a representação dos legítimos interesses das pessoas físicas ou jurídicas em juízo ou fora dele, quer entre si, quer ante o Estado.
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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por sintomas persistentes de desatenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade. Apesar de ser amplamente conhecido como um transtorno infantil, o TDAH pode persistir na vida adulta, afetando significativamente a vida social, educacional e profissional do indivíduo.
Em alguns casos, o TDAH pode causar limitações graves que tornam difícil ou até impossível para o indivíduo manter um emprego. Nessas situações, pode ser possível solicitar a aposentadoria ou outros benefícios previdenciários, desde que sejam cumpridos determinados critérios legais e médicos.
Quando o TDAH pode dar direito à aposentadoria
Pessoas com TDAH podem ter direito à aposentadoria se o transtorno resultar em incapacidade permanente ou se o indivíduo for enquadrado como pessoa com deficiência (PCD). Existem três principais situações que podem permitir o acesso à aposentadoria:
- Aposentadoria por invalidez
- Para casos em que o TDAH provoca uma incapacidade total e permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação para outra atividade.
- Aposentadoria para pessoa com deficiência (PCD)
- Disponível para pessoas com deficiência moderada ou grave, que comprovem limitação de longo prazo e o impacto do transtorno em sua vida profissional.
- Benefício assistencial (BPC)
- Para indivíduos com TDAH que não tenham contribuído ao INSS, mas que se encontrem em situação de baixa renda e comprovem incapacidade para viver de forma independente ou trabalhar.
Requisitos para a aposentadoria no caso de TDAH
Para que uma pessoa com TDAH tenha direito à aposentadoria, é necessário cumprir os seguintes requisitos:
- Incapacidade permanente ou deficiência
- É imprescindível que o transtorno seja grave o suficiente para causar incapacidade laboral permanente ou se enquadre como uma deficiência que dificulte o desempenho das atividades diárias e profissionais.
- Diagnóstico médico comprovado
- O diagnóstico deve ser emitido por um profissional de saúde especializado, como um psiquiatra ou neurologista. Esse diagnóstico deve incluir a descrição da gravidade do TDAH, a presença de comorbidades (como ansiedade ou depressão) e o impacto funcional na vida do indivíduo.
- Perícia médica do INSS
- A avaliação do INSS é obrigatória para confirmar a incapacidade ou deficiência e seu impacto no trabalho.
- Tempo mínimo de contribuição (para aposentadoria previdenciária)
- Para a aposentadoria por invalidez ou PCD, é necessário cumprir o tempo de contribuição, que varia de acordo com o grau da deficiência.
Como funciona o enquadramento do TDAH como deficiência
Para ser considerado uma pessoa com deficiência, o indivíduo com TDAH precisa comprovar que o transtorno causa uma limitação de longo prazo que dificulte significativamente a vida independente ou o desempenho no trabalho. Essa análise é feita com base em:
- Documentação médica
- Laudos, relatórios e exames que detalhem os sintomas e o impacto do TDAH na vida cotidiana e profissional.
- Avaliação biopsicossocial
- Realizada por peritos do INSS, essa avaliação considera fatores médicos, sociais e psicológicos para determinar o grau da deficiência.
Como solicitar a aposentadoria para pessoas com TDAH
O processo para solicitar a aposentadoria depende da modalidade de benefício. Abaixo estão os passos gerais:
- Reúna a documentação necessária
- Laudo médico detalhado e atualizado.
- Relatórios de tratamento, receitas médicas e exames complementares.
- Documentos pessoais (CPF, RG, comprovante de residência).
- Histórico de contribuições ao INSS (CNIS).
- Agende a solicitação no INSS
- Use o aplicativo ou site Meu INSS, ou ligue para a Central 135, para agendar a solicitação do benefício.
- Realize a perícia médica
- Compareça à perícia médica agendada, levando todos os documentos que comprovem o impacto do TDAH em sua capacidade de trabalho.
- Aguarde a decisão
- O INSS tem um prazo de até 45 dias para decidir sobre a aposentadoria por invalidez e 90 dias para a aposentadoria da pessoa com deficiência ou o benefício assistencial.
O que fazer se o benefício for negado
Se o pedido for negado, é possível:
- Recorrer administrativamente
- O segurado pode apresentar um recurso dentro do prazo estabelecido pelo INSS, anexando novos documentos e argumentos.
- Ingressar com ação judicial
- Caso o recurso administrativo não seja suficiente, é possível entrar com uma ação na Justiça para contestar a decisão do INSS. O processo judicial exige acompanhamento de um advogado especializado.
Quanto tempo demora para a análise do benefício
Os prazos estabelecidos para análise dos pedidos de aposentadoria relacionados ao TDAH são:
- Aposentadoria por invalidez: até 45 dias.
- Aposentadoria para PCD ou benefício assistencial: até 90 dias.
No entanto, atrasos podem ocorrer devido à alta demanda no INSS.
Como calcular o valor da aposentadoria
O valor do benefício varia conforme a modalidade:
- Aposentadoria por invalidez
- Corresponde a 60% da média de todos os salários de contribuição, mais 2% para cada ano que exceda 15 anos de contribuição (mulheres) ou 20 anos (homens).
- Aposentadoria para PCD
- Calculada com base na média dos 80% maiores salários de contribuição, podendo chegar a 100% para deficiência grave.
- Benefício assistencial (BPC)
- Valor fixo de um salário-mínimo, sem contribuições ou vínculo previdenciário.
Perguntas e respostas
Pessoas com TDAH podem se aposentar?
Sim, desde que o transtorno resulte em incapacidade permanente para o trabalho ou se enquadre como deficiência que dificulte significativamente a vida e o desempenho profissional.
Quais documentos são necessários para solicitar a aposentadoria por TDAH?
É necessário apresentar laudo médico atualizado, relatórios de tratamento, exames complementares, documentos pessoais e histórico de contribuições ao INSS.
O que fazer se o INSS negar o benefício?
O segurado pode recorrer administrativamente ou ingressar com uma ação judicial para contestar a decisão, anexando novos documentos e argumentos.
Qual é o prazo para análise do pedido?
O INSS tem 45 dias para analisar a aposentadoria por invalidez e 90 dias para aposentadoria da pessoa com deficiência ou benefício assistencial.
O TDAH é considerado uma deficiência?
O TDAH pode ser enquadrado como deficiência se for comprovado que causa uma limitação de longo prazo que afete significativamente a vida e a capacidade de trabalho do indivíduo.
Conclusão
Embora o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) seja amplamente conhecido, muitas pessoas desconhecem os direitos previdenciários e assistenciais que podem ser concedidos aos portadores dessa condição. Quando o TDAH afeta gravemente a capacidade de trabalho e a independência, a aposentadoria ou o benefício assistencial pode ser uma solução.
É essencial reunir toda a documentação médica, passar pela perícia do INSS e, se necessário, buscar apoio jurídico para garantir que seus direitos sejam respeitados. O acompanhamento de um advogado especializado em direito previdenciário é um diferencial importante para aumentar as chances de sucesso no pedido.