Fachin se declara suspeito para relatar caso de bets no STF

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),  se declarou suspeito para relatar a Ação Cível Originária (ACO) 3696, que trata de um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para proibir a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) de autorizar casas de apostas online em âmbito nacional. Dessa forma, a Corte terá que realizar um novo sorteio para selecionar um relator.

“Nos termos do artigo 145, §1º, do CPC, e do artigo 277, do RISTF, diante das petições supervenientes, declaro minha suspeição para atuar no presente feito. À Secretaria Judiciária para as providências cabíveis, nos termos do art. 67, § 3º, do RISTF”, escreveu Fachin.

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Na ação da AGU, pede-se que as atividades de bets no Rio de Janeiro cessem imediatamente. A Advocacia argumenta que as regras de credenciamento das casas de apostas pela Loterj são frouxas e não restringem apostas online apenas ao Estado, abrindo espaço para lavagem de dinheiro e financiamento de ações terroristas.

Já a Loterj diz que uma eventual suspensão das bets fluminenses viola o princípio da segurança jurídica. A Loteria afirma que o fim das autorizações poderia resultar em indenizações milionárias, além de perda significativa de arrecadação.

Na prática, a autarquia fura a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, que adotou critérios específicos para o funcionamento das bets no Brasil, e autoriza 11 sites que não tiveram a anuência do governo federal. São eles: Vai de Bet; Ganhabet; Betvip; Caesar Sports; Rio Jogos; Apostou; Pix Hora; PixBet; MarjoSports; Loto Legal; e BestBet.

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