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No primeiro dia de encontro do G20 no Rio de Janeiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou em discurso nesta terça-feira (29/10) que a produção regional de insumos médicos é o objetivo principal da pasta junto ao fórum, no contexto da proposta brasileira de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
“Nós trazemos como prioridades, em consonância com essa meta maior do nosso país, a produção local e regional de vacinas, medicamentos e outros insumos para a saúde como parte da capacidade de resiliência dos sistemas de saúde frente a emergências”, disse.
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O discurso ocorreu em coletiva de imprensa, logo após as primeiras agendas da reunião de ministros do grupo formado pelas maiores economias do mundo. Em sua fala, Trindade lembrou a experiência com a pandemia de Covid-19 e disse que não é possível repetir a experiência de “dependência” de poucos atores de mercado para a produção de itens importantes.
“Temos trabalhado para reduzir a desigualdade entre os países e aumentar esse acesso. Essa é a principal medida que esperamos que seja aprovada, ainda está em negociação, mas estamos com muita segurança pelos debates já feitos até o momento”, afirmou.
Trindade lembrou que essa discussão está interligada a outra agenda internacional do Brasil na área, a criação de um instrumento para enfrentar novas pandemias, discutido junto à Organização Mundial de Saúde.
Desinformação
A ministra também participou de debate sobre desinformação no primeiro dia do encontro do G20 no Rio de Janeiro. Na apresentação, ela defendeu que o combate à desinformação em Saúde é um dos principais desafios para o setor atualmente. A ministra ainda apresentou o projeto do governo brasileiro para o tema, o Saúde com Ciência, como modelo de iniciativa.
“Eu quero deixar aqui um convite, e faço isso junto com o doutor Jarbas Barbosa e todos os que conosco coordenam essa iniciativa, para que nós possamos pensar na internacionalização de uma plataforma desse tipo porque eu creio que esse problema, esse desafio [de responder às fake News relacionadas à área], ele vai muito além de um país, de uma região”, destacou.
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Na mesa, a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, compartilhou a responsabilidade com as grandes empresas do ramo de tecnologia, sobretudo as responsáveis pelas redes sociais.
“É preciso que as bigs techs assumam suas responsabilidades sociais e tenham consciência do estrago que estão ocorrendo mundo afora”, declarou.
Segundo ela, além das iniciativas de oferta de informação verificada ao público, é necessário construir uma responsabilização legal para essas empresas pelo conteúdo veiculado. “Temos que lutar pela regulação e chamar as big techs à sua responsabilidade social”, enfatizou.