Os jogos de Zelda que a Nintendo quer que você ESQUEÇA

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Quando pensamos em The Legend of Zelda, é natural associarmos a série a alguns dos maiores clássicos dos videogames, como Ocarina of Time e Breath of the Wild. No entanto, nem todos os títulos da franquia desfrutam dessa aclamação.

Um capítulo particularmente controverso na história de Zelda envolve os jogos lançados para o Phillips CD-i, um console que nunca conseguiu ganhar popularidade e que, infelizmente, deixou uma marca negativa na saga.

Como tudo começou: O acordo com a Phillips

Imagem: Reprodução

O nascimento desses jogos remonta a um acordo entre a Nintendo e a Phillips, na década de 1990. A Nintendo estava inicialmente em negociação com a Sony para criar um acessório de CD para o Super Nintendo, mas, após o colapso dessas negociações, a empresa fez um acordo com a Phillips para desenvolver um periférico semelhante.

Embora esse acessório nunca tenha sido lançado, o acordo deu à Phillips direitos limitados para produzir jogos usando personagens da Nintendo, resultando em três títulos de The Legend of Zelda para o Phillips CD-i.

Os jogos lançados

Link: The Faces of Evil e Zelda: The Wand of Gamelon (1993)

Imagem: Animation Magic

Os dois primeiros jogos, Link: The Faces of Evil e Zelda: The Wand of Gamelon, foram lançados simultaneamente em 1993. Ambos os títulos foram desenvolvidos pela Animation Magic, uma subsidiária da Phillips, e apresentavam uma jogabilidade em 2D, com gráficos e animações que foram amplamente criticados.

Ao contrário dos jogos tradicionais de Zelda, que são conhecidos por sua qualidade excepcional, esses títulos foram duramente criticados por seus controles desajeitados, enredo confuso e gráficos de baixa qualidade.

O estilo de arte dos jogos, particularmente as cutscenes animadas, tornou-se infame na internet anos depois, sendo frequentemente ridicularizado por sua má qualidade. As cutscenes apresentavam animações rudimentares e diálogos considerados ridículos, o que contribuiu para a má recepção dos jogos.

Zelda’s Adventure (1994)

Imagem: Viridis

O terceiro jogo, Zelda’s Adventure, foi lançado em 1994 e seguiu um caminho um pouco diferente. Desenvolvido pela Viridis Corporation, o jogo tentava imitar o estilo top-down clássico dos primeiros jogos da série Zelda, mas com gráficos digitalizados e uma jogabilidade extremamente lenta.

Ao contrário dos dois primeiros jogos, Zelda’s Adventure permitia que os jogadores controlassem Zelda, mas isso não foi suficiente para salvar o jogo das críticas. Problemas como longos tempos de carregamento, controles pobres e uma falta geral de polimento técnico mancharam ainda mais a reputação da série no CD-i.

A repercussão e o legado dos jogos de CD-i

A repercussão desses jogos foi extremamente negativa, tanto na época de seu lançamento quanto nos anos seguintes. Eles são frequentemente citados como exemplos de como não fazer um jogo de The Legend of Zelda e são vistos por muitos fãs como manchas na história de uma franquia geralmente impecável.

Esses títulos são lembrados mais pelo que representam na história da Nintendo – um raro erro em uma carreira repleta de sucessos. A própria Nintendo nunca os reconheceu como parte canônica da série, e eles permanecem como curiosidades, um lembrete de como a franquia quase foi comprometida por uma decisão de negócios equivocada.

Apesar de sua recepção, os jogos de Zelda para o Phillips CD-i se tornaram objetos de culto entre alguns colecionadores, justamente por sua infâmia e raridade. Hoje, eles servem como uma lição sobre os desafios e riscos de ceder controle criativo de personagens icônicos a outras empresas.

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Embora esses jogos de Zelda sejam vistos como um erro, eles são um capítulo importante na história dos videogames e um lembrete da importância de manter a visão criativa sob controle. Felizmente, a série continuou a evoluir e a redefinir os padrões do gênero de aventura, deixando os dias sombrios do Phillips CD-i para trás.

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