Por Claudio Prandoni

Você conhece o primeiro e único videogame oficial das Paralimpíadas?

The Pegasus Dream Tour saiu em julho de 2021 para smartphones com Android e iOS, cerca de um mês antes dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. Antes disso, em 2019, o anúncio da produção do game já tinha chamado atenção por dois motivos: ser a estreia da competição nos videogames e ter como diretor o japonês Hajime Tabata, de ampla experiência na Square Enix, especialmente no projeto multimídia de Final Fantasy XV.

De proposta ousada, Pegasus Dream Tour chegou como uma espécie de MMO mobile futurista. Você criava um atleta, morador da cidade Pegasus – que tinha o gatinho robô Doraemon como prefeito – e podia participar de competições de bocha, futebol de 5, atletismo e basquete em cadeira de rodas.

Neste caso, porém e infelizmente, a fantasia foi breve e teve fim. Em menos de um ano, em 31 de janeiro de 2022, o jogo foi removido das lojas e deixou de funcionar por conta do fim do contrato com o Comitê Paralímpico Internacional.

A promessa foi maior do que o legado deixado, visto que o jogo trouxe algumas barreiras que dificultaram o acesso. Pegasus Dream Tour exigia um smartphone muito avançado para rodar de forma satisfatória. Além disso, mesmo com conexão rápida à internet a resposta aos comandos era incômoda aqui no Brasil. Fica a impressão de que não havia servidores próprios para a nossa região.

Para fechar, a seleção de idiomas era bem restrita: japonês, inglês, francês, alemão e espanhol. Nada de português do Brasil, o que provavelmente explica a total ausência de astros paralímpicos brasileiros na campanha de divulgação de lançamento do game.

Sobre Paris 2024, não encontrei qualquer informação sobre um novo game oficial da competição, mesmo no site oficial do Comitê Paralímpico Internacional.