Durante uma entrevista ao portal ASCII, Takuro Mizobe, CEO da Pocketpair, revelou que a empresa está considerando a possibilidade de transformar Palworld em um jogo live service. No entanto, ele destacou que a transição para o modelo Games as a Service (GaaS) não seria simples, pois o jogo foi desenvolvido originalmente como um título “compre para jogar” e não com a estrutura de um live service em mente.

Desafios de transformar Palworld em um Live Service

Mizobe admitiu que, do ponto de vista de negócios, o modelo live service poderia prolongar a vida útil de Palworld e garantir uma estabilidade maior em termos de rentabilidade. No entanto, ele também enfatizou que nada está decidido e que qualquer mudança precisaria ser cuidadosamente planejada.

Segundo o CEO, Palworld foi projetado como um jogo tradicional, sem foco em microtransações típicas de jogos free to play, como skins e passes de batalha.

Mudar para um modelo live service significaria não apenas alterar a estrutura central do jogo, mas também lidar com a reação dos jogadores que já compraram o título. Mizobe expressou preocupação de que essa mudança poderia desagradar a base de fãs que investiu no jogo sob o modelo atual.

Lucro e estabilidade: Os benefícios e riscos do modelo Live Service

Apesar dos desafios, Mizobe reconhece os benefícios de um modelo live service, especialmente em termos de aumentar a longevidade e a estabilidade financeira do jogo. Jogos como Fortnite e Genshin Impact têm demonstrado o potencial lucrativo de live services bem executados, mas Mizobe está ciente de que Palworld não foi construído com essa visão desde o início.

A Pocketpair está em uma posição confortável em termos de vendas, o que lhes dá tempo para considerar cuidadosamente qualquer transição para o modelo GaaS. “Estamos seguros em termos de vendas, então não vamos transformar o jogo em um live service sem pensar bem no assunto”, afirmou Mizobe, destacando que a decisão não deve ser tomada precipitadamente.

Parceria com a Sony e expansão para o PlayStation 5

Enquanto avalia o futuro modelo de negócios de Palworld, a Pocketpair já anunciou uma parceria com a Sony para trazer o jogo ao PlayStation 5. Esta expansão para novas plataformas é um passo significativo para a empresa, ampliando o alcance de Palworld e potencialmente atraindo uma nova base de jogadores.

Ao mesmo tempo, Mizobe destacou que a Pocketpair está se mantendo distante de controvérsias associadas a tecnologias emergentes, como IA generativa, preferindo focar na experiência central do jogo e na satisfação dos jogadores.

Reação dos jogadores e próximos passos

Uma das maiores preocupações de Mizobe é a reação dos jogadores que já adquiriram Palworld. Muitos live services começam como jogos gratuitos com elementos pagos, mas como Palworld já é um título pago, a transição para um modelo diferente poderia causar descontentamento.

“Seria bastante complicado alternar o modelo agora”, admitiu o CEO, refletindo sobre os desafios em equilibrar as expectativas dos jogadores com as oportunidades de mercado.

Ainda que a possibilidade de um Palworld como live service esteja sendo considerada, Mizobe e sua equipe continuarão avaliando todas as opções antes de tomar uma decisão final. A companhia japonesa deve levar algum tempo até definir o futuro do jogo, que se tornou um sucesso no início do ano.

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A Pocketpair está em um momento crucial de decisão sobre o futuro de Palworld. A transformação para um modelo live service poderia trazer benefícios financeiros e de longevidade, mas não sem enfrentar desafios significativos na estrutura do jogo e na satisfação dos jogadores.

Enquanto a empresa continua a expandir Palworld para novas plataformas e considera cuidadosamente seu próximo passo, os fãs aguardam para ver se o jogo seguirá a tendência de live services ou se manterá sua abordagem tradicional.

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