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A expectativa por sequências de jogos populares é sempre alta. Recentemente, rumores sobre uma sequência de Starfield têm se intensificado, com ex-desenvolvedores da Bethesda expressando sua confiança no potencial do próximo título. No entanto, é necessário refletir se Starfield realmente merece essa continuidade.
Um jogo mediano em debate
Starfield, lançado no ano passado, foi uma das principais apostas da Bethesda, mas, pessoalmente, não consegui me empolgar. Após 40 horas jogando, a sensação de que o jogo poderia melhorar nunca se concretizou.
A maioria dos personagens não me prendeu, exceto um, e diversos sistemas de mecânica, como o de encumbrância e de ferimentos, tornaram a experiência frustrante. As viagens espaciais, longe de serem emocionantes, e os planetas visitados, sem graça, não contribuíram para um enredo que já parecia enfadonho desde o início.
Essa impressão não é única; as análises no Steam revelam que tanto Starfield quanto seu DLC possuem avaliações mistas. Apesar do nome Bethesda, que traz um peso enorme no mundo dos games, Starfield não conseguiu corresponder às expectativas criadas, e ainda assim parece estar sendo preparado para se tornar uma das grandes franquias da empresa.
A lógica questionável da indústria
A indagação que fica é: por que Starfield parece ter uma proteção inabalável em comparação a outras IPs que têm mais mérito? Enquanto várias studios sob a bandeira da Bethesda, como Arkane Austin e Tango Gameworks, foram fechadas, o foco em títulos de alto orçamento como Starfield se mantém. Isso levanta a questão da viabilidade e do que realmente faz um jogo merecer uma sequência.
Infelizmente, jogos de menor orçamento e que apresentam um design inovador frequentemente não recebem a mesma atenção, mesmo que tenham potencial para se tornarem favoritos do público. O exemplo do estúdio que criou Prince of Persia: The Lost Crown é uma prova disso.
Mesmo com um resultado crítico positivo, ele foi desmantelado, enquanto jogos medianos, mas com uma marca reconhecida, continuam recebendo apoio financeiro e criativo.
O futuro da indústria de jogos
A realidade é que o dinheiro no setor de jogos está, em grande parte, sendo direcionado para produções grandiosas que prometem lucros garantidos, enquanto estúdios independentes e jogos criativos são deixados de lado. Isso gera um ciclo vicioso que prioriza a repetição de fórmulas conhecidas, ao invés de incentivar a inovação.
O futuro de Starfield e de sua sequência pode estar garantido pela reputação da Bethesda, mas isso levanta uma questão crucial: seria melhor que os recursos fossem investidos em novas ideias e projetos originais? O que está em jogo é não apenas o futuro de uma franquia, mas a própria saúde da indústria de jogos, que precisa urgentemente repensar suas prioridades.
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Se Starfield se tornar uma série de sucesso, a reflexão necessária sobre o que realmente merece um espaço na indústria de jogos deve ser mais rigorosa. A criatividade e a inovação não podem ser sacrificadas em nome do reconhecimento de marca. É hora de repensar a forma como os jogos são desenvolvidos, promovidos e, sobretudo, quais histórias são contadas no universo dos videogames.
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