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Durante a Rio Innovation Week 2024, os games ganharam bastante espaço. Principalmente esports. Muito se foi discutido sobre o assunto, desde anúncio de campeonatos, até competições rolando no próprio evento, entre outras coisas.
Porém, entre as atrações do evento foram as palestras, e uma dessas palestras abordou, justamente, as questões do ecossistema do esports, em especial no Brasil. A conversa foi protagonizada por Felipe Campos, da BTS Brasil TV, e Filipe Behrends, do Treta Championship.
Nos últimos anos, o Brasil emergiu como uma das potências globais no cenário dos esports, atraindo cada vez mais atenção e investimentos.
Com milhões de fãs apaixonados, uma cena competitiva ativa e organizações profissionais de destaque, o ecossistema de esports no Brasil vive um momento de ascensão, mas ainda enfrenta desafios significativos que precisam ser superados para garantir um crescimento sustentável.
Crescimento explosivo e comunidade engajada
O Brasil é atualmente um dos maiores mercados de esports no mundo, com uma base de fãs que cresce ano após ano. Jogos como Free Fire, Counter-Strike 2 (CS2) e League of Legends (LoL) lideram a popularidade, com milhões de jogadores e espectadores acompanhando competições regionais e internacionais.
O país tem se destacado especialmente em Free Fire, onde equipes brasileiras conquistaram títulos mundiais e se estabeleceram como algumas das melhores do mundo.
Além dos jogos mais populares, outros títulos como Rainbow Six Siege e Valorant também têm ganhado espaço, ampliando o leque de opções para jogadores e espectadores.
A popularidade dos esports no Brasil é alimentada por uma comunidade extremamente engajada, que participa ativamente de torneios, eventos e transmissões ao vivo, muitas vezes organizados por influenciadores e personalidades do cenário, tal como os palestrantes da Rio Innovation Week.
Profissionalização e investimentos
O crescimento do ecossistema de esports no Brasil tem atraído investimentos significativos, tanto de empresas nacionais quanto internacionais. Organizações como LOUD, paiN Gaming e FURIA se destacam não apenas pelos seus resultados dentro dos jogos, mas também pela estrutura profissional que oferecem aos seus atletas, incluindo treinadores, analistas e psicólogos esportivos.
Essas organizações também têm fechado parcerias com marcas de renome, aumentando a visibilidade do setor e criando novas oportunidades de monetização. A entrada de patrocinadores não endêmicos, como bancos e marcas de consumo, reflete a crescente aceitação e reconhecimento dos esports como uma plataforma de marketing eficaz e moderna.
Desafios e oportunidades
Apesar do crescimento, o ecossistema de esports no Brasil ainda enfrenta desafios importantes. A falta de infraestrutura adequada em algumas regiões, questões relacionadas à conectividade com a internet e a desigualdade de acesso ao hardware de ponta são obstáculos que precisam ser superados para que mais talentos possam emergir de diferentes partes do país.
Os palestrantes destacaram, mais especificamente, o potencial que o Rio de Janeiro tem como cidade que poderia sediar campeonatos e eventos de esports, até mesmo por conta do seu apelo internacional. No entanto, muitas empresas que apoiam esse cenário estão em cidades como São Paulo e Curitiba.
Segundo os palestrantes, o desafio maior em fomentar ainda mais o esports não só no Rio de Janeiro, mas nas demais cidades, é o apoio tanto público como privado. Não adianta ser apenas uma iniciativa pública ou apenas uma iniciativa privada. Se não houver os dois lados desse negócio, os eventos tenderão a não ter os recursos necessários para crescer e se tornar relevante pro cenário.
Além disso, a sustentabilidade financeira das organizações e jogadores ainda é uma preocupação. Embora alguns jogadores de ponta e equipes estejam conseguindo lucrar com patrocínios e premiações, muitos outros lutam para se manter competitivos em um cenário que exige investimentos contínuos.
Por outro lado, as oportunidades de crescimento são vastas. O aumento da popularidade dos jogos mobile, como Free Fire, tem democratizado o acesso aos esports, permitindo que jogadores de todas as classes sociais possam competir.
Além disso, o Brasil tem um potencial inexplorado no desenvolvimento de talentos femininos e em outras comunidades sub-representadas nos esports, o que pode trazer uma diversidade maior ao cenário competitivo.
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O ecossistema de esports no Brasil está em um ponto de inflexão. Com uma base de fãs sólida, investimentos crescentes e uma comunidade engajada, o futuro promete ser promissor. No entanto, para que o Brasil continue a se destacar no cenário global, será necessário enfrentar os desafios com estratégia e inovação, garantindo que o crescimento seja inclusivo e sustentável.
O post A importância de um ecossistema saudável pros esports – Rio Innovation Week 2024 apareceu primeiro em PSBlog.