Os fãs de videogames têm visto de tudo, mas a recente iniciativa da Fntastic, conhecida pelo seu jogo não lançado The Day Before, gerou controvérsias nas redes sociais.

A desenvolvedora lançou um concurso em seu servidor do Discord, convidando os jogadores a projetarem mapas para seu novo projeto, “ITEMS”. O grande problema? O vencedor não receberá nenhum pagamento pelo trabalho realizado.

O concurso e seus requisitos

Em uma postagem no Discord, a Fntastic descreveu o concurso como uma oportunidade para os participantes liberarem sua criatividade. Segundo a desenvolvedora, o mapa vencedor será incluído em atualizações futuras do jogo.

No entanto, não há compensação financeira para o trabalho do vencedor, apenas uma cópia do jogo (caso ele seja lançado), o mapa incorporado e, de forma vaga, a promessa de que o nome do criador será exibido “em algum lugar” no mapa.

As regras do concurso estipulam que as inscrições podem ser feitas em várias formas, incluindo desenhos 2D, modelos 3D ou qualquer outro estilo criativo. Além do design do mapa, os participantes devem enviar imagens e arte, uma descrição completa, o tema do mapa, o layout e “considerações de balanceamento”.

A reação da comunidade

Assim que a notícia do concurso se espalhou, os jogadores começaram a expressar seu descontentamento. Muitos questionam a ética da desenvolvedora em pedir trabalho criativo sem oferecer uma compensação adequada.

Até o momento da publicação, apenas seis mapas foram submetidos, o que pode indicar uma resposta tímida da comunidade a essa proposta.

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O histórico da Fntastic com submissões de fãs

Essa não é a primeira vez que a Fntastic busca contribuições da comunidade. Durante o desenvolvimento de “The Day Before”, a empresa recorreu a mais de 100 voluntários de diversas partes do mundo, incluindo Rússia, Bielorrússia, Ucrânia e Finlândia, todos trabalhando sem remuneração.

Essa prática de usar colaboradores não pagos tem levantado questões sobre a sustentabilidade e a ética das práticas de desenvolvimento de jogos.

Enquanto o mundo dos videogames continua a evoluir, iniciativas como esta podem trazer à tona debates sobre a valorização do trabalho criativo. O que muitos se perguntam é: até que ponto a comunidade deve se envolver em projetos de grandes estúdios sem receber uma compensação justa?

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