God of War – Porque a franquia mudou na Saga Nórdica?

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God of War sempre foi sinônimo de ação frenética, combates sangrentos e uma narrativa impulsionada pela fúria incontrolável de Kratos. Desde o seu lançamento em 2005, a série se destacou com sua jogabilidade hack and slash, repleta de quicktime events e uma câmera isométrica que se tornou a marca registrada da franquia.

No entanto, quando God of War de 2018 chegou, os fãs foram surpreendidos por uma mudança drástica. O jogo estava tão diferente que muitos acreditaram que a série havia sofrido um reboot completo. Mas por que essa transformação foi necessária? Vamos descobrir.

O cansaço de uma fórmula

Imagem: Santa Monica Studios

Desde o primeiro God of War até God of War Ascension, a franquia seguiu uma fórmula bem definida: batalhas intensas, puzzles desafiadores e uma narrativa focada na vingança de Kratos contra os deuses do Olimpo. Apesar do sucesso avassalador, essa abordagem começou a mostrar sinais de desgaste.

God of War Ascension, lançado em 2013, foi o primeiro a não atingir as expectativas. Embora fosse tecnicamente impressionante pra época, sua história sem brilho e jogabilidade repetitiva fizeram com que muitos fãs e críticos considerassem o jogo um retrocesso.

Esse foi o momento em que a Santa Monica Studio percebeu que algo precisava mudar. A fórmula que havia funcionado tão bem nos primeiros jogos agora parecia cansada, e o mercado de games também estava evoluindo.

A Sony até cogitou encerrar a franquia após o fracasso relativo de Ascension, mas a Santa Monica acreditava que Kratos ainda tinha histórias para contar – só precisavam encontrar uma nova direção.

A nova fase de Kratos

Foi então que Cory Barlog, diretor de God of War 2, voltou ao projeto com uma nova visão. Ao contrário do Kratos furioso e bidimensional dos primeiros jogos, Barlog queria explorar uma versão mais madura e introspectiva do personagem.

Inspirado por suas próprias experiências como pai, Barlog decidiu que Kratos deveria ter uma segunda chance na vida, e o relacionamento com seu novo filho, Atreus, se tornaria o núcleo emocional da nova narrativa.

Mas a mudança não foi apenas na história. A jogabilidade também passou por uma transformação significativa. A câmera foi aproximada, proporcionando uma perspectiva em terceira pessoa mais íntima e imersiva.

O combate foi reformulado, substituindo o estilo hack and slash por uma abordagem mais estratégica e deliberada. Nisso, com o fim da mitologia grega nessa franquia, foi decidido explorar algo novo. A mitologia grega foi deixada para trás, abrindo caminho para o rico mundo da mitologia nórdica, repleto de novas lendas, monstros e deuses para Kratos enfrentar.

A criação de Atreus e a Mitologia Nórdica

Inicialmente, a ideia era que o garoto que acompanharia Kratos não fosse seu filho biológico, mas sim alguém que ele assumiria como um mentor. A mitologia também não seria a nórdica, mas a egípcia.

No entanto, conforme o desenvolvimento do projeto avançava, a equipe decidiu que a relação pai-filho traria mais profundidade à narrativa, e a mitologia nórdica oferecia um pano de fundo mais adequado para essa nova fase da franquia.

Assim nasceu Atreus, o filho de Kratos, cuja relação com o pai não apenas humanizou o espartano, mas também adicionou novas camadas à história, explorando temas de redenção, paternidade e legado. Essa nova abordagem foi um sucesso estrondoso, revitalizando a franquia e conquistando tanto antigos fãs quanto novos jogadores.

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O futuro de God of War

Imagem: Santa Monica Studio

Com o lançamento de God of War Ragnarok, a série continuou a evoluir, embora alguns fãs tenham notado que as mudanças não foram tão significativas quanto as vistas em 2018. Isso levanta a questão: a franquia corre o risco de cair novamente na repetição?

A Santa Monica Studio aprendeu com os erros do passado, mas só o tempo dirá se os próximos jogos continuarão a inovar ou se será necessário mais uma reinvenção para manter Kratos relevante.

De qualquer forma, a transformação de God of War provou ser um exemplo brilhante de como uma franquia pode se reinventar e crescer com seu público. Kratos, o personagem que uma vez foi movido apenas pela vingança, agora luta para proteger e guiar seu filho, mostrando que até mesmo os deuses podem mudar.

Prepare-se para acompanhar os próximos passos de Kratos e Atreus, enquanto eles enfrentam novos desafios e exploram o vasto e perigoso mundo da mitologia nórdica. A jornada deles está longe de terminar, e nós estaremos aqui, prontos para ver o que o futuro reserva para o Bom de Guerra.

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