Like a Dragon vai ser o “próximo Assassin’s Creed”?

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Por muito tempo, a série Yakuza (agora conhecida como Like a Dragon) ofereceu uma experiência distinta das franquias de mundo aberto tradicionais, como Assassin’s Creed.

Enquanto os jogos da Ubisoft sempre nos levaram a diferentes períodos e locais históricos, como Grécia Antiga, Egito e América Colonial, Like a Dragon permaneceu firmemente enraizado no fictício distrito de Kamurochō, em Tóquio. Era uma série que, em vez de explorar o mundo, preferia espremer até a última gota de uma única localidade, mostrando como ela evoluía ao longo do tempo.

Explorando o próprio quintal vs. aventuras pelo mundo

A série Like a Dragon sempre se destacou por seu foco em Kamurochō. Desde o primeiro jogo até o mais recente Like a Dragon: Infinite Wealth, a série utilizou o mesmo cenário para mostrar sua evolução e contar suas histórias.

Até mesmo o enredo de Yakuza 0 girava em torno de um pedaço de terra vazio que, eventualmente, daria lugar à icônica Millennium Tower. A franquia adotou a abordagem de “um quarteirão” de Warren Spector, concentrando-se profundamente em um único local ao longo dos anos.

No entanto, isso está mudando. Com Like a Dragon: Infinite Wealth levando a série para fora do Japão, explorando o Havaí, e o recém-anunciado Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii ampliando ainda mais a ação para o oceano, a série está claramente adotando uma abordagem mais expansiva e global.

O trailer de Pirate Yakuza revela batalhas navais e combates em alto mar, algo que lembra fortemente Assassin’s Creed IV: Black Flag, onde os jogadores navegavam pelos mares no controle de um pirata.

Seguindo os passos de Assassin’s Creed

Imagem: Ryu Ga Gotoku Studios

As semelhanças com Assassin’s Creed não se limitam à adição de combate naval. Assim como a série da Ubisoft, Like a Dragon está mudando seu foco de um único lugar para múltiplos cenários, com cada jogo explorando uma nova região.

Em Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, Kiryu viajou de Tóquio a Osaka. Já Like a Dragon: Ishin!, lançado em 2023, transportou os jogadores para o Japão dos anos 1860. Essa mudança de cenários já era visível em Yakuza: Like a Dragon, que introduziu o protagonista Ichiban e a cidade de Yokohama.

Além disso, Like a Dragon agora segue uma cadência de lançamentos muito semelhante à de Assassin’s Creed nos seus primeiros anos. Desde 2018, a Ryu Ga Gotoku Studio lançou nada menos que nove jogos, incluindo remakes e remasters. Isso pode ser comparado ao ritmo intenso de Assassin’s Creed antes de sua pausa em 2016, que resultou no esgotamento dos fãs da franquia.

O risco de saturação

Embora a expansão para novos cenários seja empolgante, há um risco claro de saturação. O ritmo frenético de lançamentos pode levar a uma fadiga entre os fãs, como aconteceu com Assassin’s Creed após uma sequência de lançamentos anuais entre 2009 e 2015. Embora a Ryu Ga Gotoku Studio tenha mantido a qualidade de seus jogos até agora, o aumento no número de títulos em um curto período pode começar a diluir o impacto de cada lançamento.

Uma nova direção atraente ou ameaça às raízes?

Imagem: Ryu Ga Gotoku Studios

Pessoalmente, estou intrigado com essa nova direção de Like a Dragon. Como alguém que flertou com a série, mas nunca terminou um jogo, a proposta de Pirate Yakuza in Hawaii parece ser um ponto de entrada atraente.

No entanto, me pergunto como os fãs mais antigos da franquia se sentem em relação a essa mudança. A série, que antes se concentrava tanto em seu cenário familiar, agora está abraçando o mundo e deixando Kamurochō para trás.

Será que essa nova fase de Like a Dragon conseguirá atrair novos jogadores sem alienar os fãs de longa data? Só o tempo dirá, mas por enquanto, é fascinante ver como uma série tão enraizada em seu ambiente local está se transformando em uma aventura global, assim como Assassin’s Creed fez no passado.

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Com Like a Dragon cada vez mais se aproximando do modelo expansivo de Assassin’s Creed, os fãs da série terão a oportunidade de explorar novos cenários e mecânicas. Resta saber se esse novo rumo será tão bem-sucedido quanto o antigo, ou se a série corre o risco de perder sua essência ao tentar agradar um público mais amplo.

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