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Se você já jogou algum game nos últimos anos, é bem provável que tenha se deparado com o termo Soulslike. Mas afinal, o que faz um jogo ser digno dessa classificação? Seria apenas o combate difícil e o fato de morrer o tempo todo?
Ou existe algo mais profundo por trás desse subgênero que parece nunca sair de moda? Prepare-se para descobrir o que define um Soulslike e por que tantos jogadores amam (e outros odeiam) esse estilo de jogo!
O que define um jogo como Soulslike?
Para entender o que é um Souls-like, precisamos voltar às raízes e falar do criador do termo sem querer: Hidetaka Miyazaki, o responsável pela franquia Dark Souls. Segundo ele, o que faz um jogo pertencer a esse gênero vai muito além da dificuldade.
De fato, existem quatro pilares essenciais: ação em terceira pessoa, ambientação de fantasia sombria, foco no combate corpo a corpo e, claro, o famoso “senso de realização”. Esse último ponto, em especial, é o que mais define a experiência de jogar um Soulslike: a sensação de vitória após superar desafios quase impossíveis.
As mecânicas que amamos odiar
Jogos Soulslike são conhecidos por não pegarem leve com o jogador. Desde os checkpoints limitados, chamados de bonfires, até inimigos que renascem sempre que você descansa, esses games não dão trégua.
A morte é um elemento central, e a punição por morrer não é nada leve: você perde recursos preciosos, como almas ou moedas, e precisa recuperá-los no local da sua morte, se morrer de novo antes disso, adeus para sempre!
Além disso, esqueça mapas detalhados ou qualquer tipo de orientação. A exploração é feita na base do instinto e da tentativa e erro. Os jogadores precisam memorizar o ambiente, descobrir atalhos e entender o layout dos cenários para progredir. E isso tudo enquanto gerenciam sua estamina, uma barra que controla desde os ataques até as esquivas, forçando você a planejar cada movimento com cuidado.
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Nioh: a originalidade dentro do Soulslike
Um dos grandes exemplos de um jogo que bebe da fonte Soulslike, mas traz sua própria identidade, é Nioh. Embora compartilhe muitas mecânicas com os títulos da FromSoftware, como checkpoints e gerenciamento de estamina, Nioh se destaca ao introduzir um sistema de loot inspirado em jogos como Diablo.
Nioh consegue equilibrar elementos de um Soulslike com sua própria originalidade. Seu sistema de combate, que inclui posturas e a possibilidade de recuperar estamina no meio da luta, dá ao jogador uma liberdade estratégica que não é vista em outros jogos do subgênero. Apesar disso, a base de Nioh é inegavelmente inspirada por Dark Souls, e muitos jogadores o consideram um exemplo sólido de como inovar em um estilo tão rígido.
O que define um Soulslike, afinal?
No final das contas, o que realmente faz um jogo ser considerado Soulslike? Miyazaki, em suas entrevistas, admite que o termo foi criado pelos fãs, e não por ele. Segundo o próprio criador, existem quatro elementos essenciais: ação em terceira pessoa, fantasia sombria, combate corpo a corpo e o senso de realização.
Porém, ele também reconhece que esses critérios podem ser subjetivos, e que cada jogador pode interpretar o termo de uma forma diferente. O que fica claro é que, quanto mais dessas características um jogo possui, maior a chance de ele ser chamado de Soulslike.
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