Recentemente, o desastre do jogo Concord trouxe à tona questões críticas sobre o estado atual da indústria de videogames. Como uma produção que prometia muito, mas que se revelou um fracasso colossal, Concord levanta perguntas inquietantes: como uma empresa como a Sony permitiu que um projeto desse porte fosse financiado, ignorando os apelos da comunidade?
Como tantos executivos podiam estar tão confiantes em um jogo que claramente não tinha o potencial de se destacar em um mercado saturado de jogos de heróis? O que aconteceu com as oportunidades desperdiçadas e os talentos que foram perdidos quando o estúdio Firewalk foi fechado apenas meses após o lançamento?
A realidade do mercado de jogos
A situação do Concord reflete um panorama mais amplo na indústria de jogos, onde as expectativas dos acionistas estão moldando decisões que nem sempre fazem sentido para os jogadores. Quando o jogo foi revelado, muitos fãs ficaram desanimados.
O trailer inicial encantou, mas a revelação de que se tratava de mais um shooter de heróis em um cenário já repleto desse gênero fez com que as esperanças desmoronassem. A Sony, que já havia cancelado projetos promissores como Factions 2, parecia mais uma vez seguir o caminho das live-services, gastando recursos preciosos em uma fórmula que não estava funcionando.
A ambição da Firewalk de criar sequências animadas semanais só poderia funcionar se o jogo tivesse um público cativo desde o início, algo que claramente não aconteceu. A indústria está repleta de jogos live-service, como Fortnite, Apex Legends e Destiny, que já conquistaram a lealdade dos jogadores. Para que Concord conseguisse romper essa barreira, seria necessário algo verdadeiramente inovador e surpreendente.
O fiasco do Concord e as lições não aprendidas
Com um custo estimado de 200 milhões de dólares, sem contar os gastos com marketing e outras despesas pós-lançamento, Concord se tornou um dos maiores fracassos da história da mídia.
A Sony reembolsou todos os jogadores após o fechamento dos servidores, deixando um rastro de consequências devastadoras. O que poderia ter sido feito com esse montante? Quantos projetos originais e criativos poderiam ter sido desenvolvidos se as prioridades da empresa fossem diferentes?
A verdade é que, embora jogos como Overwatch e Fortnite tenham construído suas bases de fãs ao longo de anos, os executivos da indústria parecem ignorar esse fato. Muitas vezes, as grandes corporações tentam replicar o sucesso de títulos populares sem compreender o que realmente os torna especiais. Isso leva a falhas recorrentes e a uma crescente insatisfação entre os jogadores.
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Um chamado à mudança
Estamos em um momento crítico na indústria de jogos, onde as expectativas financeiras e os altos custos de produção ameaçam a sustentabilidade do modelo de negócios atual. Os desenvolvedores e os estúdios precisam repensar suas abordagens e se concentrar na criação de experiências únicas e envolventes, em vez de seguir fórmulas desgastadas.
Concord deve ser um alerta para todos os envolvidos na indústria. Se não aprendermos com os erros cometidos, corremos o risco de um colapso semelhante ao que ocorreu no passado. É hora de trazer à tona as vozes dos jogadores e exigir mudanças. O futuro dos jogos depende disso, e, se Concord não for o começo de uma nova era, nos perguntamos: para onde estamos indo?
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