A volatilidade, no contexto financeiro, é uma medida que reflete a magnitude das flutuações dos preços de um ativo ao longo do tempo. Essa característica é essencial para compreender o risco associado a um investimento, bem como o seu potencial de retorno.
Uma análise cuidadosa da volatilidade permite a você avaliar a estabilidade e a previsibilidade de um ativo, além de ajudar na construção de estratégias de investimento mais sólidas e adaptáveis às condições do mercado.
Quer saber mais sobre o conceito e como usá-lo na hora de montar o seu portfólio? Então, continue a leitura e confira em detalhes!
O que é volatilidade?
A volatilidade nada mais é do que um indicador que serve para entender a intensidade e a frequência das oscilações de um determinado ativo. Nesse sentido, quando estamos analisando a volatilidade de um investimento, buscamos entender o quanto o preço dele se desvia de sua média ao longo de um período estabelecido na análise.
Assim, é possível compreender qual é o potencial de retorno de um ativo, bem como o grau de risco que ele apresenta. Desse modo, quanto mais volátil é um ativo, mais intensas são as suas variações, mais elevado são os riscos de incluí-lo em sua carteira.
Porém, investimentos mais voláteis estão, normalmente, associados a perspectivas de rentabilidade mais elevadas, o que tende a aumentar o potencial de retorno de um portfólio. Vale lembrar que apesar disso, é preciso considerar o seu perfil de investidor e tolerância a risco para encontrar ativos com grau de volatilidade que está disposto a aceitar.
Como funciona a volatilidade no mercado?
A volatilidade funciona como um indicador relevante que pode ajudar você a escolher ações e outros ativos conforme a sua tolerância ao risco e também objetivos, dado que ela oferece uma medida de previsibilidade.
Para exemplificar, imagine que você está observando o preço de uma ação no mercado financeiro. No início do dia, ela estava sendo negociada a US$ 50 por ação. Ao longo da manhã, devido a notícias positivas sobre a empresa, o preço subiu rapidamente para US$ 60.
Entretanto, durante a tarde, surgiram rumores de problemas financeiros na empresa, o que fez com que alguns investidores começassem a vender suas ações. Isso causou uma queda no preço, que chegou a US$ 45 no fim do dia.
Essas mudanças significativas no preço refletem a incerteza e o risco associado ao investimento nessa ação específica. Ou seja, ao saber a volatilidade dos ativos, é possível definir uma estratégia para montar uma carteira de investimentos adequada para você.
Quais os efeitos da volatilidade nos investimentos?
Ao entender o que é e como funciona a volatilidade, o próximo passo é saber como ela impacta o mercado e, consequentemente, os investimentos. A seguir, explicamos em mais detalhes os efeitos dela na renda variável e na renda fixa. Confira!
Renda variável
Quando você está montando a sua carteira de investimento, é preciso entender que os ativos de renda variável costumam ser mais voláteis. Nesse sentido, a volatilidade tem potencial para aumentar os riscos e também o potencial de rentabilidade.
Porém, seus impactos variam com o horizonte de investimento. Por exemplo, investimentos de longo prazo tendem a ser menos afetados, pois bons ativos geralmente se valorizam com o tempo, apesar das oscilações de curto prazo. Assim, considerar horizontes amplos reduzem esses impactos.
Para encontrar bons ativos ao optar por investir no longo prazo, vale usar análises fundamentalistas. Já aos investidores de médio ou curto prazo, a oscilação pode ser interessante, ajudando a definir a relação entre risco e retorno esperado. Porém, é preciso contar com um bom conhecimento técnico e de mercado para evitar perdas.
Renda fixa
A renda fixa é considerada geralmente segura e estável, apresentando baixo grau de volatilidade. Porém, esse indicador também pode afetar os investimentos, especialmente em relação aos resgates antecipados e à negociação no mercado secundário.
Isso significa que o investidor pode receber mais ou menos do que o esperado ao resgatar antecipadamente um título, podendo resultar em lucro ou prejuízo, respectivamente. Nesse sentido, optar por uma estratégia de investimento de longo prazo e fazer a diversificação da carteira de investimento pode ajudar a minimizar os riscos e maximizar o retorno potencial.
Como analisar a volatilidade de um ativo?
Existem vários indicadores que podem ser usados para calcular e analisar a volatilidade de um ativo. A partir deles, você consegue encontrar opções de investimentos adequados ao seu perfil e objetivos para montar uma carteira. A seguir, listamos alguns desses indicadores:
Desvio padrão histórico — ele serve para calcular a dispersão dos retornos passados do ativo em relação à sua média. Nesse sentido, quanto maior o desvio padrão, maior a volatilidade do ativo;
Índice Beta — ajuda a mensurar a sensibilidade de um ativo em relação a um índice de mercado, como o S&P 500. Quando o beta é maior que 1, o ativo é considerado mais volátil do que o mercado, enquanto um valor menor que 1 indica menor volatilidade;
Média móvel da volatilidade — permite calcular a volatilidade ao longo de um período específico, como uma média móvel de 30 dias. Essa prática pode ajudar a suavizar as flutuações de curto prazo e identificar tendências de volatilidade;
Índice de Sharpe — por fim, vale mencionar esse indicador, utilizado para calcular o retorno ajustado ao risco de um investimento, comparando o retorno excedente ao risco de um ativo em relação a uma opção livre de risco. Um valor mais alto indica um melhor retorno ajustado ao risco.
Ao utilizar cada um desses indicadores, você consegue entender qual é a volatilidade dos ativos para montar uma carteira de investimentos adequada para a sua tolerância ao risco e os objetivos que pretende alcançar. Ao contar com a Avenue, é possível ter mais de 8 mil ativos das principais bolsas de valores do mundo para selecionar, avaliar e incluir no seu portfólio.
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