Ao montar uma carteira de investimentos, é essencial considerar não apenas o perfil de risco, os prazos e os objetivos, mas também as estratégias fundamentais de análise de ações, como a bottom-up e top-down. Elas podem ajudar a melhorar as suas avaliações na hora de encontrar ativos para compor o seu portfólio.
Além disso, tais estratégias aplicam conceitos importantes da análise fundamentalista, auxiliando a examinar detalhadamente os fundamentos das empresas, setores, condições econômicas e muito mais.
Quer entender como aplicar as estratégias buttom-up e top-down para montar a sua carteira? Então, continue a leitura e confira mais neste texto!
O que é top-down e bottom-up?
Top-down é uma técnica dentro da análise fundamentalista que serve para montar uma carteira de investimento. A partir dela, é possível utilizar fatores macroeconômicos e condições de determinados setores do mercado para encontrar oportunidades para investir e ter retornos financeiros.
Por exemplo, para quem deseja investir em ativos internacionais, observar países emergentes, setores fortes das maiores economias do mundo e até mesmo mercados desenvolvidos é uma opção para buscar alternativas para compor a carteira.
É comum nesse tipo de técnica observar aspectos como juros, PIB e solidez fiscal para encontrar investimentos. Por exemplo, é possível usar a estratégia top-down na hora de avaliar o crescimento de um setor econômico e encontrar uma empresa para investir, considerando o cenário macroeconômico.
Outra estratégia relacionada à análise fundamentalista que pode ser usada na hora de montar uma carteira de ações é a bottom-up. Esse conceito tem um foco na individualidade de cada ativo.
Nesse sentido, ao empregar essa estratégia é possível avaliar se as ações de uma companhia são escolhas adequadas ao seu perfil considerando os fundamentos que ela apresenta. Para isso, a ação é avaliada em relação ao seu histórico e perspectivas.
Desse modo, torna-se viável verificar se o negócio tem uma boa condução corporativa, além de ter expectativas de bom desempenho futuro. Em geral, as avaliações são realizadas com base no balanço, estado atual, dividendos e valorização da companhia, sendo que os fatores econômicos ficam em segundo plano.
Quais são as diferenças entre top-down e bottom up?
Após compreender esses conceitos, vale aprofundar o entendimento sobre as principais diferenças entre eles. Por isso, apresentamos, a seguir, algumas das distinções:
Foco da análise — ao usar o bottom-up, o objetivo é observar características individuais das empresas, como sua saúde financeira, gestão e vantagens competitivas, enquanto a top-down tem seu foco na análise de fatores macroeconômicos, como taxas de juros, indicadores econômicos;
Seleção de ativos — na abordagem buttom-up, a seleção de ações é feita com base nas métricas da empresa, como crescimento de lucro e margens, enquanto na top-down, a escolha é baseada em análises macroeconômicas para encontrar empresas dentro de setores que podem se beneficiar das condições econômicas favoráveis;
Horizonte temporal — os investidores que optam pela estratégia bottom-up geralmente tem uma visão de longo prazo, procurando empresas com fundamentos sólidos e potencial de crescimento a longo prazo. Já a top-down tende a ser com um horizonte de médio prazo, dado que a busca é por capitalizar tendências e eventos específicos de setores.
Vale lembrar que é possível combinar essas estratégias para montar a carteira e rebalanceá-la sempre que necessário.
Como montar uma carteira considerando esses conceitos?
Essas estratégias podem ser eficientes na hora de escolher os ativos para montar e diversificar uma carteira de investimentos. Por isso, listamos algumas dicas que podem ajudar a aplicá-las na hora de criar o seu portfólio. Confira!
Invista em autoconhecimento
O primeiro passo para montar uma carteira de investimentos a partir dos conceitos de buttom-up e top-down é ter autoconhecimento. Ele pode ajudar a encontrar ações e outros ativos que vão proporcionar um portfólio personalizado.
Por isso, vale fazer uma avaliação do seu perfil de investidor, dos objetivos financeiros que pretende alcançar e da tolerância ao risco. Além disso, determine seu prazo de investimento e disponibilidade de tempo para acompanhar e analisar investimentos. Assim, a tarefa de criar uma carteira adequada para ajudar no crescimento de capital tende a ser simplificada.
Faça análises cautelosas
Para aplicar tanto a estratégia bottom-up, quanto a top-down, é preciso fazer análises cautelosas de cada cenário. Por exemplo, ao aplicar a segunda abordagem, é preciso observar as condições macroeconômicas para identificar tendências globais e regionais que possam afetar os mercados financeiros.
A partir disso, você pode escolher empresas específicas de setores que se beneficiam das tendências identificadas na sua avaliação. Já na estratégia bottom-up, é preciso avaliar os fundamentos individuais das companhias para fazer a montagem da carteira.
Para isso, busque por empresas com um balanço sólido, gerenciamento eficaz e diversificação de setores. Esse cuidado vai permitir diversificar os investimentos, reduzindo riscos e melhorando a rentabilidade do portfólio.
Realize o rebalanceamento periódico
Por fim, é válido realizar o rebalanceamento da carteira de investimentos a cada três ou seis meses para garantir que ela permaneça alinhada com seus objetivos e tolerância ao risco. Esse cuidado permite uma melhor gestão do portfólio e adequação dos ativos escolhidos ao que você pretende alcançar.
Considere fazer esses ajustes com a ajuda de profissionais qualificados para obter um ganho real acima da inflação e manter a diversificação da carteira. Além disso, abrir uma conta na Avenue permite que você tenha acesso a mais de 8 mil ativos nas maiores bolsas do mundo.
Ao entender como utilizar as estratégias buttom-up e top-down, fica mais fácil fazer a montagem da carteira de ações de maneira alinhada aos seus objetivos e perfil de investidor. Além disso, ao contar com a Avenue você tem a disposição várias empresas e ativos que podem simplificar a sua vida na hora de construir um bom portfólio.
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