O que é IPO? Entenda o conceito!

O IPO é o evento que marca a entrada da empresa na Bolsa de Valores.

Mas… Como funciona o processo? O que precisa fazer para participar? Quanto custa ter uma empresa listada na Bolsa de Valores? Quais são as vantagens? E desvantagens?

Vamos responder essas e outras diversas dúvidas nesse artigo sobre o que é IPO. Continue a leitura…

O que é IPO e como funciona?

O IPO é o momento o qual a empresa privada abre o capital na Bolsa de Valores para o recebimento de novos sócios, disponibilizando suas ações para investidores pela primeira vez.

É como se o negócio se dividisse em pedaços (ações) e colocasse no mercado para quem quiser comprar.Esse processo não apenas injeta capital na empresa, mas também a coloca no mercado de ações, permitindo a negociação de suas ações publicamente.

Assim, a organização troca o título de companhia limitada (Ltda) e vira sociedade anônima, abrindo a possibilidade de investidores desconhecidos virarem sócios.

Quem faz o IPO de uma empresa?

Existem diversos responsáveis por atuar no processo de IPO de uma empresa, incluindo contadores, advogados, especialistas da CVM, bancos de investimentos, entre outros. Em especial, a equipe de auditoria tem o papel fundamental de garantir a transparência e o sucesso da abertura de capital.

Além da equipe interna da empresa, existem os subscritores, que funcionam como intermediários entre a empresa e os investidores. Eles definem os preços das ações, influenciam na distribuição e auxiliam no processo regulatório, por exemplo.

Quanto custa abrir um IPO na bolsa?

Segundo a estimativa da B3, a média é de 6% do valor da oferta pública inicial. Por exemplo, se a companhia captar R$200 milhões no IPO, o custo é estimado em R$6 milhões para abrir o capital.

No entanto, o valor varia conforme diversos fatores, como despesas regulatórias, contratação de profissionais e muito mais.

O que é preciso para fazer IPO?

Além da estimativa de 6% da captação estipulada de capital, o processo passa por uma série de etapas, como:

planejamento;

relatórios financeiros;

resolução de aspectos fiscais;

definição da estrutura societária;

registro e listagem na bolsa;

auditorias;

entre outros.

Quais são os tipos de ofertas de IPO?

Existem dois tipos de ofertas de IPO com abordagens distintas: primárias e secundárias. No primeiro, a oferta das ações é direcionada para o público geral, enquanto o segundo é oferecido para os próprios acionistas da empresa.

A seguir, vamos entender melhor sobre cada um:

Ofertas primárias

É a emissão de novas ações para o público pela primeira vez com o objetivo de captar recursos financeiros para o caixa da empresa. A partir do levantamento de capital, a organização pode para financiar suas operações, expansões, pagar dívidas ou outros fins que possam trazer lucro para a empresa.

Ofertas secundárias

É a disponibilização das ações já existentes de acionistas majoritários da empresa , como fundadores, investidores iniciais ou outros acionistas privados, para o público. É como se fosse uma redistribuição acionária da organização.

Costuma acontecer quando os sócios querem reduzir a sua participação na organização e disponibilizar mais ações para o público. Nesse caso, a companhia não capta mais capital, apenas muda a distribuição acionária.

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Por que as empresas fazem o IPO?

Existem diversos motivos para uma empresa fazer IPO. Na verdade, esse é um dos grandes sonhos de muitas organizações: atingir o grau de maturidade necessário para ser listada na Bolsa de Valores.

Além de servir como reconhecimento, ela também consegue captar recursos, obter benefícios fiscais, ganhar liquidez e aumentar a visibilidade do seu negócio!

A seguir, trouxemos um pouco mais sobre os principais benefícios:

Acesso a capital

Imagine ser uma empresa avaliada em US$ 3 trilhões em valor de mercado? É o caso da Apple, a empresa mais valiosa do mundo. Embora fosse possível alcançar esse valor com o capital fechado, seria muito mais desafiador e limitado do que a organização conseguiu com o capital aberto.

Quando a empresa faz IPO, ela pode ter acesso a um capital quase ilimitado, o que expande bastante as suas possibilidades. Além disso, diversifica suas fontes de financiamento, reduzindo a sua dependência de empréstimos bancários, por exemplo.

Benefícios fiscais

Segundo um estudo da FGV e da USP, a tributação do lucro das companhias de capital aberto no Brasil é estimada em cerca de 18%, enquanto a prevista por lei é de 34%.

Ou seja, os benefícios fiscais conseguem reduzir quase a metade das alíquotas que essas empresas deveriam pagar (dependendo do setor, pode até ser mais), o que é interessante para a manutenção do lucro.

Liquidez

Sem o IPO, o sócio que desejasse se desfazer da sua participação acionária teria que recorrer a busca de possíveis investidores interessados ou outras alternativas burocráticas.

Em contrapartida, com a empresa listada na Bolsa de Valores, é possível vender ou comprar ações em até segundos por causa da alta liquidez.

Presença na mídia e reforço da imagem

Quando a empresa é listada na Bolsa de Valores, ela passa a ser reconhecida como uma das principais do seu meio. Isso atrai a atenção da mídia, aumenta a visibilidade da marca e atrai a atenção de potenciais clientes, parceiros e investidores.

Vale a pena investir em IPOs?

Do ponto de vista do investidor, o IPO pode ser interessante, principalmente porque a empresa tende a se valorizar bastante no primeiro momento. No entanto, é importante ter cautela e avaliar:

Entender os motivos do IPO

Existem diversas razões para uma empresa decidir abrir capital, incluindo pagamento de dívidas, projetos de expansão, liquidez aos acionistas, entre outros. Nesse caso, você precisa saber se a motivação está alinhada com os seus objetivos de investimento.

Ver a análise fundamentalista da empresa

O ideal não é comprar ações de uma empresa apenas por causa do IPO, mas sim porque acredita nos fundamentos da companhia no longo prazo. Por isso, analise receitas, lucros, margens, crescimento, posição competitiva, governança corporativa, entre outros indicadores.

Analise o valuation do IPO

O preço das ações no IPO está coerente com o valor real da empresa? Esse é um fator importante para saber se vale a pena ou não. Você consegue descobrir analisando o índice preço/lucro (P/L) e comparando com outras empresas do setor.

Quais as vantagens de fazer um IPO

A abertura de capital pode ser benéfica para a empresa e para o investidor. Mas quais seriam essas vantagens? Confira:

Vantagens do IPO para a empresa

Captação rápida de recursos para financiar projetos de expansão, inovação, entre outros.

Redução da dependência de empréstimos e financiamentos tradicionais com alta taxa de juros.

Aumento da visibilidade da organização no mercado, atraindo novos investidores, clientes e parceiros.

Vantagens de abertura de capital para o investidor

Possibilidade de participar do crescimento de uma empresa — sem dispor de grandes recursos.

Liquidez e facilidade de negociação.

Facilidade de acesso a informações financeiras e operacionais.

Potencial de valorização da carteira de investimentos e recebimento de dividendos.

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Quais as desvantagens de fazer um IPO

Embora existam grandes vantagens, alguns pontos negativos também chamam a atenção:

Desvantagens do IPO para a empresa

Novos custos operacionais para manter a empresa na Bolsa de Valores.

Alta pressão externa por resultados financeiros.

Exposição à volatilidade em decorrência de fatores externos.

Limitação da confidencialidade do negócio.

Desvantagens do IPO para o investidor

Exposição aos riscos do negócio.

Conflito de interesses com acionistas majoritários.

Problemas com especulações excessivas do mercado.

Como fazer um IPO de uma empresa?

Para fazer IPO, a companhia precisa passar basicamente por 7 etapas:

Planejamento e auditoria

Criação de RI

Roadshow

Registro e listagem

Prospecto

Book building

Estreia na Bolsa

Planejamento e auditoria

A abertura de capital pode parecer um simples evento, mas o processo pode demorar meses ou até mais de um ano para realmente acontecer. Ao longo desse tempo, a companhia precisa passar por auditoria, avaliar a viabilidade, verificar a demanda, analisar tendências do mercado e diversas outras etapas.

Criação de RI

O departamento de Relações com Investidores vai cuidar de toda relação entre a empresa e seus acionistas, como a parte da documentação contábil e financeira.  São diversos profissionais envolvidos nessa equipe, incluindo contadores, advogados, consultores e muitos outros.

Roadshow

É uma grande apresentação que os representantes da empresa precisam fazer para investidores potenciais, evidenciando os pontos fortes do negócio, bem como a sua perspectiva futura. Além de despertar o interesse de possíveis investidores, o evento também serve como uma grande estratégia de marketing da companhia.

Registro e listagem

Esse é o processo de apresentação da documentação necessária à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) — órgão regulador do mercado acionário. Após isso, a entidade realiza uma revisão rigorosa para garantir conformidade com regulamentações e padrões contábeis.

Prospecto

É a montagem de um documento completo com todas as informações relacionadas ao funcionamento do negócio da empresa ou fundo. Ele inclui:

modelo de negócio da empresa;

setor de operação;

fontes de renda;

perspectivas da empresa;

riscos;

estrutura administrativa;

situação do mercado;

entre outros dados.

Basicamente, esses dados vão determinar a decisão do investidor se tornar sócio de uma empresa específica ou investir em um determinado fundo.

Book building

É o processo de coleta de informações sobre a demanda por suas ações junto a investidores institucionais. Nesse momento, os investidores indicam a quantidade de ações e o preço desejado. Ao final, a etapa encontra o equilíbrio entre oferta e demanda, que vai refletir o preço das ações.

Estreia na Bolsa

Após a conclusão dos processos, as ações da empresa são listadas na bolsa de valores e marcam o início da negociação pública das ações. É finalmente o IPO da companhia.

Como participar de um IPO?

Se você ficou interessado em participar de um IPO, saiba que qualquer investidor pode investir em empresas no processo de abertura de capital. É só seguir os seguintes passos:

1) Abra conta em uma corretora

Tudo começa abrindo a conta em uma boa corretora. De preferência, busque uma instituição com um procedimento simples e acessível para a abertura de contas, interface intuitiva e fácil, e suporte eficiente, como a Rico.

2) Veja quais empresas estão abrindo capital

Nos últimos anos, diversas companhias realizaram IPOs com destaque, como a Meliuz (CASH3), a  Armac (ARML3) e a Cury Construtora (RRRP3). Para saber as próximas,  acompanhe anúncios da própria empresa ou informações disponíveis nas corretoras.

3) Realize um pedido de reserva

Durante o período de reserva, os investidores podem expressar seu interesse em participar do IPO. Esse processo ocorre na própria corretora, onde os investidores indicam a quantidade e o preço desejado.

4) Faça o pagamento

Em seguida, basta seguir as instruções da corretora para o pagamento. No geral, você transfere o dinheiro para a conta da sua corretora e paga na própria plataforma.

5) Atente-se ao início das negociações

Pronto! Só salvar a data do início da abertura final de capital e acompanhar o seu novo investimento.

Exemplos de IPO de sucesso

Diversos IPOs fizeram sucesso nos últimos anos. Na B3, alguns dos maiores e mais recentes foram:

Locaweb (LWSA3)

A Locaweb, empresa brasileira de serviços de hospedagem na web, realizou seu IPO em fevereiro de 2020. Ela levantou mais de R$ 1 bilhão em sua oferta pública inicial!

Méliuz (CASH3)

A Méliuz, plataforma de cashback e programas de fidelidade, teve um IPO bem-sucedido em novembro de 2019. Movimentou mais de R$370 milhões.

E então? Entendeu o que é o IPO? Faça a sua conta na nossa corretora e fique por dentro das próximas aberturas de capital.

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