Ao pesquisar alternativas de investimento, é comum se deparar com diferentes tipos de ativos. Nesse cenário, uma dúvida recorrente é saber como funciona o mercado de ações, principalmente para quem está em busca de oportunidades para fazer aportes. Afinal, por meio dele os investidores têm acesso a ativos de diversas companhias e fundos, como ETFs e REITs.
Portanto, se você tem interesse no assunto, continue a leitura deste conteúdo para esclarecer algumas dúvidas sobre como funciona o mercado de ações.
O que é o mercado de ações?
O mercado de ações se refere ao ambiente em que são negociadas as ações das empresas de capital aberto, que disponibilizam os ativos na bolsa de valores ou em mercados de balcão.
Em poucas palavras, é um modo de investir em empresas, tornando-se sócio delas – embora, em meio aos movimentos de mercado, seja comum as pessoas se esquecerem de que a Bolsa se trata de um investimento em empresas.
Desse modo, essa é uma renda variável, que proporciona a oportunidade de investidores se tornarem acionistas de diversas companhias.
Para compreender melhor esse tema, também é indicado entender o conceito de ação. Ela é a fração do capital social de uma empresa, permitindo que o investidor explore o potencial da companhia. Diante de cenários positivos, ele pode obter retorno com os dividendos e outros proventos, ou com a venda do ativo após sua valorização.
Por outro lado, ele também pode sofrer perdas em caso de desvalorização da ação. Então, lembre-se de que investir em renda variável exige estudos, uma vez que é possível arcar com desvalorizações no valor investido.
Como funciona o mercado de ações?
No mercado de ações os ativos são negociados de duas formas. Há o mercado primário, quando as empresas colocam as ações em circulação no mercado. Isso pode acontecer por meio de IPO (Initial Public Offering) ou Oferta Pública Inicial, quando a empresa faz a abertura do capital e disponibiliza as ações pela primeira vez, ou por meio do follow-on, quando a companhia faz uma nova oferta de ações.
O outro modo é pelo mercado secundário, quando as negociações são feitas entre investidores que possuem as ações e desejam vender, e aqueles que querem comprar. Esse é o modo mais comum de negociação no mercado. Os preços oscilam conforme a lei da oferta e da demanda, o que exige certo controle emocional do investidor para lidar com a volatilidade.
O mercado de ações no exterior
Até há pouco tempo, o único modo de investir no mercado de ações era por meio da B3, a bolsa de valores no Brasil. Mas este cenário vem mudando rapidamente nos últimos anos.
Agora, investidores pessoa física também têm acesso, direto do Brasil, aos maiores mercados de ações do mundo: a New York Stock Exchange (NYSE) e a Nasdaq, nos Estados Unidos.
Apesar do acesso direto ao mercado internacional ser facilitado, ainda muitos investidores mantêm o foco apenas no mercado nacional e nas opções disponibilizadas pela bolsa de valores brasileira. No entanto, a B3 representa apenas 1,3% do mercado global de ações, ou seja, é possível encontrar um número muito maior de oportunidades em outros países.
Nesse cenário, um mercado que se destaca é o dos Estados Unidos: como falamos acima, ele concentra as duas maiores bolsas de valores mundiais — a NYSE e a NASDAQ, que, juntas, levam o mercado americano à posição de maior mercado do mundo, respondendo por cerca de metade do valor de mercado de ativos a nível global.
Outro número importante para observar é quantas empresas estão disponíveis para os investidores aplicarem – afinal, quanto maior o número, também maior é a chance de encontrar opções para diversificar a carteira. Enquanto a B3 apresenta menos de 400 empresas listadas, a NYSE e a NASDAQ somam mais de 5.400 empresas listadas – ou seja, o número supera mais de 13x.
Nos Estados Unidos, existem quatro classes de ativos principais disponíveis para investir nas bolsas:
Os brasileiros já estão acostumados com as ações. Já os ADRs, ou American Depositary Receipts, são recibos de ações de empresas ao redor do mundo negociadas nos Estados Unidos.
Quanto aos REITs, os brasileiros talvez estejam mais familiarizados com o termo Fundo Imobiliário de Investimento (FII). A lógica dos dois produtos é semelhante, mas há uma diferença importante: nos Estados Unidos, os REITs são constituídos como empresas, não fundos.
Desses, um tipo de produto muito conhecido entre os americanos e que vem ganhando ainda mais popularidade nos últimos anos é o ETF (Exchange Traded Fund).
Na prática, são fundos de investimento negociados no ambiente da Bolsa. São centenas deles listados nos mercados, dos mais variados tipos – desde ETFs setoriais, temáticos ou para investir nas maiores ações da bolsa – e costumam ter como vantagem as baixas taxas de administração e facilidade para investir, uma vez que é possível comprar ou vender um pacote de ações em um único produto.
O mercado americano oferece oportunidades muito além daquelas oferecidas no Brasil, por isso vale a pena considerar expandir os investimentos para o exterior.
É preciso lembrar que quando um investimento é denominado em uma moeda que não seja a moeda do investidor, as mudanças nas taxas de câmbio podem ter um efeito positivo ou negativo no valor, preço ou receita derivada do investimento. Normalmente, em momentos de estresse nos mercados, o dólar costuma se valorizar diante do real, enquanto em cenários positivos para o mercado brasileiro pode ocorrer o contrário – e, por isso, o dólar tem uma característica de proteção para os brasileiros.
Custos para investir no mercado de ações
Também é preciso conhecer os custos envolvidos para entender como funciona o mercado de ações.
O primeiro é a corretagem, cobrada pelas corretoras para custear o serviço disponibilizado ao investidor para adquirir os ativos. Pode haver outros custos, como taxa de custódia, emolumentos e a tributação.
Logo, os custos variam conforme a corretora e o país onde são feitos os investimentos.
Na Avenue, existem dois planos disponíveis para os investidores que desejam acessar o mercado internacional: corretagem zero e plano premium – em nenhum desses planos é cobrada taxa de custódia.
Tanto para investimentos no Brasil quanto no exterior, é importante consultar as regras de tributação específicas, para não cometer erros no momento de fazer a sua declaração de Imposto de Renda.
Por exemplo, em investimentos feitos em ações no Brasil, o imposto incidirá sobre o retorno dos ativos sempre que forem negociados mais de R$ 20 mil. A alíquota será de 15%, caso as compras e vendas ocorram em dias diferentes. Se a negociação de ativos acontecer em operações de day trade (que são finalizadas no mesmo pregão), não há faixa de isenção e a alíquota é de 20%.
Nos EUA, o imposto é de 15% sobre o lucro obtido nas operações no decorrer do ano. Ou seja, será contabilizado rendimentos auferidos no exterior na DIRPF do ano subsequente.
A declaração de brasileiros que investem nos Estados Unidos deve ser feita apenas à Receita Federal do Brasil — ou seja, não é preciso declarar esses valores nos EUA. E não precisa se preocupar, a Avenue envia um relatório com informações detalhadas sobre as negociações realizadas, facilitando a declaração. Esse é um grande diferencial da Avenue, o qual você provavelmente não encontrará em outras corretoras.
No Brasil a apuração e o pagamento de DARF são feitos em bases mensais. Agora sobre os investimentos nos EUA a apuração passou a ser anual, assim como o pagamento de DARF, no momento da DIRPF do ano seguinte das operações.
Quais são as vantagens e os cuidados com esse tipo de investimento?
A busca pelo mercado de ações ocorre principalmente entre os investidores que procuram aumentar o ganho potencial de longo prazo. Confira os principais benefícios que o mercado de ações, com foco nos Estados Unidos, pode oferecer:
potencial de rentabilidade, que não são limitados por determinados índices. Ao se tornar sócio de empresas, o risco é maior do que na renda fixa, por exemplo, mas é possível buscar resultados superiores – e, nos EUA, o mercado historicamente tem uma volatilidade menor que o mercado brasileiro;
maiores possibilidades de diversificação, ao investir em ações nos Estados Unidos, há muito mais possibilidades de setores, portes de empresas e outras características para escolher investimentos que você se identifica.
proteção do dólar, muito específico dos investimentos internacionais. O dólar é visto como reserva de valor ao redor do mundo, por isso, em momentos de estresse no cenário local ou global, o dólar tende a se valorizar.
Lembre-se que, embora a diversificação possa ajudar a “espalhar os riscos”, ela não garante retorno, nem protege contra perdas.
Os investidores devem sempre considerar seus objetivos de investimento para montar uma carteira e escolher os ativos adequados para compor. Assim, é possível montar um portfólio com o potencial de retorno desejado, respeitando sua tolerância a risco.
Ao investir em ações, você será um “sócio da empresa”, então está exposto aos fatores existentes em qualquer negócio, tanto em termos de crescimento quanto em relação aos riscos.
Outro fator importante para se considerar ao investir em renda variável é a liquidez das ações, que depende da procura por outros investidores. No caso do mercado americano, embora possam existir ativos com menor procura, o risco de liquidez é menor do que comparado ao brasileiro, por exemplo, uma vez que é o maior mercado do mundo. Ao investir nos Estados Unidos, você está em contato com os principais investidores globais.
Stocks (ações) nos Estados Unidos
Há uma diferença importante entre os tipos de ações nos Estados Unidos e no Brasil. No mercado brasileiro, é comum observamos a divisão entre ações ordinárias, com direito a voto, e preferenciais, que têm preferência no recebimento de dividendos.
No mercado americano também existem essas duas classes principais: “common stocks”, que podem ser traduzidas como ações comuns, e as ações preferenciais. As ações comuns se comparam às ações ordinárias no Brasil e predominam no mercado americano, enquanto as ações preferenciais muitas vezes são comparadas a um título de renda fixa, uma vez que costumam ter uma distribuição fixa de dividendo.
As ações também podem ser divididas entre muitos grupos diferentes, que consideram o valor de mercado, o tamanho da companhia, o preço do ativo e outras características do investimento. Por exemplo: pelo valor de mercado, existem as blue chips, large caps, mid caps, small caps e penny stocks.
Existem muitas outras classificações possíveis. Recentemente, por exemplo, tornou-se comum debater ações que são classificadas como value ou growth – ou seja, empresas que são consideradas mais consolidadas versus empresas voltadas ao crescimento.
Portanto, vale a pena se aprofundar no assunto para entender o que muda entre cada uma e identificar, também, quais se encaixam melhor em suas estratégias de investimentos. Assim, vai auxiliar a montar uma carteira de ações adequada ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
Leve em conta também que para investir nesses ativos, você precisa ter uma conta em uma corretora de valores, pois ela dará acesso ao home broker, com o ambiente da bolsa de valores para negociar as ações. A partir daí, basta enviar dinheiro para a sua conta e iniciar as suas negociações.
No caso do investimento internacional, existe uma etapa adicional: a remessa de câmbio. Mas esse processo pode ser rápido e simples.
A Avenue conta com um processo de câmbio integrado, o que possibilita, inclusive, a conversão de reais para dólares de modo instantâneo. Não se esqueça que toda operação de câmbio deve ser registrada no Banco Central, e você pode consultar se o câmbio foi feito de modo correto por meio do Registrato.
Conseguiu entender como funciona o mercado de ações? Como você viu, ele pode trazer oportunidades interessantes, especialmente no mercado americano. E o melhor: investir no exterior pode ser tão simples quanto investir no Brasil.
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Disclaimers:
Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.
Manter ações para o longo prazo não garante um resultado rentável. Investir em ações sempre envolve risco, inclusive a possibilidade de perder todo o investimento.
*Regras vigentes na data de publicação desse artigo
*O presente conteúdo tem caráter meramente informativo e não constitui qualquer tipo de aconselhamento ou consultoria, não devendo, portanto, ser utilizado com este propósito.
Embora estejamos familiarizados com os aspectos aqui apresentados, não prestamos assessoria tributária ou jurídica. Você deve discutir questões fiscais ou jurídicas com o seu próprio assessor e contador.
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