Chegamos ao dia 5 de novembro de 2024, data em que os Estados Unidos realizam suas eleições gerais, um evento que mobiliza milhões de eleitores e gera expectativa no mundo todo. E como já discutido em artigos anteriores, o processo eleitoral nos EUA é bastante diferente do brasileiro – comentamos mais sobre o assunto aqui: Delegados e Convenções Nacionais: Eleições Americanas.
Vale lembrar que a votação nos EUA é majoritariamente realizada em cédulas de papel, e a data das eleições gerais é o prazo final para que os cidadãos votem. Muitos estados oferecem a opção de votação antecipada e permitem que os eleitores enviem seus votos pelo correio. Isso resulta em um processo de contagem que pode ser mais demorado do que estamos acostumados no Brasil, onde utilizamos urnas eletrônicas e sabemos quem foi eleito ao final do dia de votação.
Outro aspecto a ressaltar é que o voto nos EUA não é obrigatório. Isso significa que as pesquisas de intenção de voto podem não refletir com precisão a realidade no dia das eleições. Se os resultados iniciais começarem a mostrar uma disputa acirrada entre Trump e Kamala, especialmente nos chamados “swing-states” que são considerados estados-chaves para as eleições, é bastante provável que não tenhamos um resultado definitivo até amanhã. Inclusive, pode-se levar dias até essa definição. Nas últimas eleições, por exemplo, levou-se quatro dias para que Joe Biden fosse confirmado como vencedor. Além disso, contestações legais podem atrasar ainda mais o anúncio dos resultados, embora, historicamente, essas contestações nunca tenham alterado o resultado final.
Sendo assim, agora é hora de aguardar. Contudo, é importante lembrar que a escolha do presidente não é o único fator a se considerar. A configuração do Congresso americano é igualmente relevante, pois muitas das propostas do novo presidente precisam da aprovação legislativa. Um Congresso que seja favorável ao presidente, com maioria na Câmara e no Senado, facilitaria a aprovação de medidas mais radicais. Por outro lado, um Congresso dividido ou controlado pela oposição poderia dificultar a implementação de reformas significativas.
Se você está pensando em como as eleições podem afetar os seus investimentos, é bom lembrar que, historicamente, o desempenho do mercado tende a ser bastante similar, independentemente de o governo ser democrata ou republicano. Além disso, estudos mostram que, em média, o S&P 500 apresentou um retorno levemente superior no ano que se seguiu às eleições presidenciais, com um desempenho médio de cerca de 10,7%, comparado à média histórica do índice de aproximadamente 10,2%. Já a média de retorno em anos eleitorais foi de 11,6% – comentamos mais sobre o assunto aqui:
O mercado financeiro pode apresentar volatilidade no curto prazo, mas um portfólio bem diversificado tende a se beneficiar ao longo do tempo, sem sofrer muito impacto com as possíveis mudanças políticas. Assim, independentemente de quem venha a ser o novo presidente, lembre-se sempre que a diversificação e visão de longo prazo podem ser suas melhores aliadas.
Portanto, enquanto aguardamos o resultado das eleições, é importante manter a calma e se preparar para um futuro que, independentemente da composição política, poderá oferecer oportunidades de crescimento e investimento.
Afinal, nos EUA, a cédula mais importante não é a da urna: é a do dólar.
- https://www.nbcnews.com/politics/2024-election/when-race-called-election-2024-harris-trump-president-rcna175473;
- https://creativeplanning.com/insights/investment/presidential-elections-market/.
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