Como investir em ouro? Conheça o ETF GOLD11 e outras possibilidades

Em momentos de incerteza e grandes crises econômicas, o ouro volta a despontar no noticiário econômico como um dos ativos mais procurados pelos investidores. Por isso, muitos procuram sobre como investir em ouro nesses períodos.

Esse tipo de aplicação tem se tornado mais popular, pratica e acessível nos últimos tempos, possibilitando novas maneiras de diversificar e proteger as carteiras de investimentos. 

Neste conteúdo, você vai conhecer os principais meios para investir em ouro, que não se resume a comprar barras de outro, além das vantagens de fazer isso para a sua carteira e como se deu a valorização desse metal precioso nas últimas décadas.

Vamos conhecê-las?

Vale a pena investir em ouro?

O metal reluzente é usado como objeto de riqueza há milênios na história humana, mas recentemente ele ainda conserva as mesmas vantagens? A resposta é sim!

O ouro é um ativo que ainda guarda importantes características das moedas: reserva de valor, unidade de conta e instrumento de troca.

Nos investimentos, ele pode oferecer ainda um meio de proteção à carteira quando o mercado está avesso ao risco, sobretudo por ter descorrelação com outros ativos, importante mecanismo para aumentar a diversificação, o ideal para equilibrar os riscos de uma carteira de investimentos.

Confira algumas outras vantagens de ter aplicações expostas ao ouro na sua carteira:

Reserva de valor durável: torna-se uma alternativa para preservar o valor do patrimônio em épocas de crise financeira.

Liquidez: o ouro é um produto com ótima liquidez de mercado e grande aceitação internacional.

Diversificação e proteção: esse investimento também possibilita diversificar ainda mais a carteira e incluir um elemento de proteção.

Descorrelação: o ativo tem pouca correlação com outros ativos de Renda Variável, como as ações e os Fundos Imobiliários.

Facilidade: hoje, não é mais preciso ter ouro físico para investir no metal. É possível investir na sua valorização sem guardar o ouro em casa ou no banco.

Em geral, o ouro é amplamente reconhecido como um refúgio seguro na economia global. Durante períodos de grande incerteza e crises, quando os preços dos ativos estão altamente voláteis e a inflação é elevada, a demanda pelo ouro tende a aumentar.

Os participantes do mercado recorrem a ele como uma reserva de valor e proteção para seus patrimônios, visando preservar seus recursos diante de fortes quedas nos preços dos ativos reais e do impacto corrosivo da inflação.

O mais indicado é que o investidor conte com uma assessoria de investimentos especializada para começar a investir.

Cotação da onça do ouro: histórico de valorização do metal

Você deve estar se perguntando qual é a valorização do ouro no longo prazo, não é mesmo? Confira abaixo um gráfico do valor dos futuros de 1 onça troy (28,3495 gramas) de ouro desde a década de 1980.

O interessante na análise do gráfico do ouro é observar o que ocorre com o valor do metal dourado em períodos de crises econômicas marcantes como as recentes crise de 2008 e a pandemia de Covid-19 em 2020.

Lembrando que a valorização do passado não é garantia de que o mesmo irá ocorrer no futuro, mas pode fornecer insights de como os investidores se comportam em relação ao ativo em momentos de crise ou crescimento econômico.

SAIBA MAIS:
➡️ Ouro futuro: o que é e como operar?
➡️ Fundo de ouro: entenda como funciona esse investimento
➡️ Como montar uma carteira focada em ações de dividendos?

Como investir em ouro no Brasil e na Bolsa? Veja as melhores formas!

Para diversificar a sua carteira com posições atreladas ao ouro, o investidor brasileiro conta com boas possibilidades sem ter a necessidade de enviar o seu dinheiro para fora do Brasil. Ou, seja consegue fazer tudo na B3 e por meio da sua corretora nacional.

Entre as vantagens dos produtos a seguir, você notará que há ganhos em termos de simplicidade, acessibilidade, baixas taxas de administração e facilidade na diversificação.

⚠️ Vale ressaltar que os exemplos a seguir não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião do time de Análise da Toro. São eles:

1. GOLD11, o ETF de ouro na B3

A primeira alternativa para o investidor que deseja ter parte do seu patrimônio exposta às variações da cotação do ouro é o ETF GOLD11.

Este é um Fundo de Índice que visa replicar a performance do preço do ouro, em dólar, por meio do iShares Gold Trust (IAU), um ETF negociado no mercado americano que, por sua vez, tem gerência pela BlackRock.

Resumindo, a política de investimento desse ETF estipula que ao menos 95% do patrimônio dos cotistas esteja alocado em cotas do IAU (o ETF americano que acompanha a cotação do ouro), listado em Nova Iorque. 

Este é o primeiro ETF da Bolsa brasileira com esse objetivo e sua taxa de administração é de 0,30% ao ano. 

É importante frisar que, aqui na Toro, você não paga corretagem para comprar ETFs. Confira o tutorial em vídeo a seguir e veja como adquirir as suas primeiras cotas desse tipo de investimento.

2. BDR de ETF de ouro (BIAU39)

Ainda falando de ETFs, uma alternativa para investir também no IAU se dá por meio do BDR de ETF BIAU39, que também é fácil de entender.

Esse é um BDR (Brazilian Depositary Receipt), emitido no Brasil, que está lastreado no ETF americano IAU que, como vimos, visa refletir as variações do preço do ouro.

Então, ao adquirir esse BDR, você estaria comprando indiretamente cotas do ETF iShares Gold Trust (IAU), ampliando e internacionalizando o seu portfólio de Renda Variável.

Isso acontece porque o investimento fica “dolarizado”, isto é, além da valorização do preço da cota, também está sujeito às oscilações da cotação do dólar. 

Em relação ao GOLD11, há a vantagem de pagar a taxa de administração apenas uma vez, já que o investidor paga a taxa ao GOLD11 que, por sua vez, já a pagou a tarifa ao IAU.

Sobre os proventos, já abordamos aqui no blog que os BDRs pagam dividendos, enquanto os ETFs brasileiros retém os proventos para reinvestir no próprio Fundo. Mas atente-se que o IAU não distribui dividendos, então, essa vantagem não existe em relação ao GOLD11.

3. BDR da Aura Minerals (AURA33)

Por falar em BDR, você ainda tem à sua disposição na Bolsa de Valores o BDR da Aura Minerals, cujo código de negociação é o AURA33. 

A Aura é uma mineradora canadense de ouro, cobre e outros metais fundada em 1946. Ela é uma companhia focada no desenvolvimento de projeto de tamanho intermediário para a exploração desses metais principalmente nas Américas.

Portanto, ao comprar esses BDRs, você estaria indiretamente se tornando sócio da companhia. Logo, com esse produto, o investidor não aplica diretamente na variação do preço do ouro, mas em uma empresa que obtém receitas e lucros com a mineração do metal amarelo.

Assim sendo, o mercado tem a expectativa de que a Aura se torne mais lucrativa e apresente melhores resultados quando a cotação do ouro sobe.

4. Contratos futuros de ouro

Já para quem realiza operações de trading, pode traçar estratégias com os contratos futuros de ouro, em que estipula ganhos com a expectativa de queda ou subida no valor do ouro.

Vale ressaltar que trading não é investimento, mas sim forma de obter lucros com as diferenças entre os valores de compra e venda.

Uma diferença importante é que, no Brasil, o contrato é negociado em reais por grama, diferentemente do exterior, onde a negociação é por onça troy.

Confira algumas características técnicas dos contratos futuros de ouro:

Característica
Descrição

Objeto de negociação
Ouro fino, sob forma de lingote, fundido por empresa refinadora e custodiado em instituição depositária, ambas credenciadas.

Código de negociação
OZ1

Tamanho do contrato
250g de ouro fino

Cotação
Reais por grama, com até 3 casas decimais

Lote padr/ão
1 contrato

Meses de vencimento
Todos os meses, sendo que a data de vencimento é a última sessão de negociação do mês anterior ao vencimento

Fonte: B3

Neste tipo de operação, é importante estar atento que a volatilidade é muito dependente da variação do interesse dos investidores no ouro como ativo de proteção, o que naturalmente tende a se intensificar em momentos de crises profundas.

5. Fundos de Investimentos em ouro

Uma alternativa para quem prefere delegar a administração de seus investimentos a gestores profissionais é realizar a aplicação por meio dos Fundos de Investimentos.

Para exposição ao ouro, o investidor conta com os Fundos Multimercados, em que a estratégia é acompanhar a cotação do metal com ou sem proteção cambial, a depender das características e objetivos definidos no regulamento e política. 

Alguns exemplos de Fundos de Investimentos Multimercados para investir em ouro são:

Nome do Fundo
Objetivo
Aplicação inicial
Taxa de administração

Bradesco FIC FIM Ouro
Acompanhar a cotação do ouro sem exposição cambial, portanto, sujeito à variação do dólar.
R$ 100,00
0,50% ao ano

BTG Pactual Ouro FIC FI Multimercado
Valorização das cotas pela exposição ao ouro. Não possui exposição à variação cambial, portanto, a rentabilidade será a variação do ouro somado ao CDI, descontados os custos operacionais e demais encargos do Fundo.
R$ 500,00
0,10% ao ano

BTG Pactual Ouro USD FIC FI Multimercado
Acompanhar a variação do ouro sem proteção cambial, portanto, com exposição à variação do dólar.
R$ 500,00
0,20% ao ano

Itaú Gold Distribuidores Multimercado FIC FI

Fundo oferece exposição ao preço do ouro com proteção cambial, pois o gestor realiza operações de derivativos com o objetivo de mitigar o risco associado à oscilação da taxa de câmbio.
R$ 100,00
0,80% ao ano

Órama Ouro FIM
Proporcionar ao cotista a valorização das cotas por meio da aplicação recursos em contratos de swap, ouro e dólar. Não tem proteção cambial, portanto, está exposto também à variação do dólar.
R$ 100,00 
0,60% ao ano

Fique atento, pois as taxas de administração e o valor mínimo de aplicação podem mudar. Então, confira as informações mais atualizadas nos documentos de cada Fundo. 

Lembrando que todos esses Fundos Multimercados você encontra na plataforma da Toro e ainda ganha Cashback na taxa de administração.

Funciona assim: toda gestora repassa uma porcentagem da taxa para as corretoras. A Toro abriu mão desse dinheiro para que você e todos os clientes possam ganhar mais. O valor varia de acordo com cada Fundo e você recebe integralmente em dinheiro, direto na sua conta, para usar como quiser.

6. Como investir em prata: BDR de ETF (BSLV39)

Por fim, para o investidor que deseja diversificar ainda mais os investimentos nos metais preciosos, tem a possibilidade de investir na valorização da prata por meio do BDR de ETF BSLV39.

Assim como o BIAU39 que vimos antes, esse é um BDR também gerido pela BlackRock que visa possibilitar o investidor brasileiro a exposição ao ETF iShares Silver Trust, cujo código de negociação em Nova Iorque é o SLV e existe desde 2006.

Esse Fundo de Índice tem como referência o LBMA Silver Price, um índice de mercado que reflete a cotação da prata. A vantagem maior é que, ao contrário do ouro, as possibilidades de investir na prata são bem mais restritas e este ETF abre as portas ao investidor a este mercado.

Para terminar, se você se interessa por internacionalizar seu patrimônio com os BDRs, precisa conhecer a carteira recomendada de BDRs da Toro, em que nossos experts analisam e selecionam os melhores investimentos com esses ativos do mercado gratuitamente.

Vale a pena comprar ouro físico?

Além dos ativos lastreados em ouro, os investidores também se perguntam se vale a pena ter uma reserva em material físico e comprar barras de ouro, joias ou relógios. 

Ao investir em ouro físico, é crucial considerar o custo de manutenção do metal, incluindo os gastos de armazenamento em um local seguro para evitar perdas significativas devido a roubos.

Além disso, a negociação do ouro físico pode ser mais complexa e demorada, o que pode afetar a liquidez do investimento.

É importante lembrar que a posse de grandes quantidades de ouro pode chamar a atenção das autoridades fiscais, caso não seja declarado corretamente no Imposto de Renda.

Portanto, como investimento, é aconselhável evitar o ouro físico e considerar outras alternativas, como os ativos mencionados anteriormente.

É melhor investir em ouro ou dólar?

A escolha entre investir em ouro ou dólar depende dos seus objetivos financeiros, tolerância ao risco e condições do mercado. Vamos entender melhor:

Ouro:

O ouro é frequentemente considerado um ativo de refúgio seguro, o que significa que muitos investidores recorrem a ele em tempos de incerteza econômica ou instabilidade geopolítica.

O preço do ouro pode ser influenciado por diversos fatores, como inflação, desvalorização da moeda, instabilidade política e eventos globais.

Investir em ouro pode proporcionar uma proteção contra a desvalorização da moeda e a perda de valor dos ativos financeiros durante crises econômicas.

Dólar:

O dólar americano é considerado a moeda de reserva global e é amplamente utilizada em transações internacionais.

Os investimentos em dólar podem ser influenciados por políticas econômicas dos EUA, como decisões sobre taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) e políticas fiscais.

Em tempos de turbulência nos mercados internacionais, o dólar pode ser valorizado, tornando-se também um ativo de refúgio para muitos investidores.

Na prática, a escolha entre ouro e dólar como investimento depende de vários fatores, incluindo seus objetivos financeiros, horizonte de investimento, tolerância ao risco e condições de mercado.

Diversificar seu portfólio é essencial para reduzir riscos e proteger seu capital. Buscar orientação de um consultor financeiro é recomendável para decisões de investimento adequadas.

Toro e Santander: onde investir para ganhar mais?

Para encerrar, os investidores que buscam sair da Poupança e alcançar melhores rendimentos em seus investimentos, além de desfrutar dos melhores serviços bancários e cartões de crédito, tem muito a ganhar com as vantagens da parceria entre a Toro e o Santander.

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