Resumo do texto
Entenda o que é IMA-B?
Conheça as categorias do índice;
Veja como calcular e o que influencia o IMA-B.
Quem começa a investir em renda fixa pode estar se perguntando quais são os índices nesse setor. Essa modalidade promete ser a mais simples das formas de aplicação, mas nem por isso você pode deixar de estudar suas características. E o IMA-B é uma delas.
O IMA-B é uma das responsabilidades da Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, instituição que fala em nome de bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras financeiras.
O objetivo da Anbima é representar os interesses do mercado econômico e desde sua fundação, em 2009, representa, autorregula, informa e educa os novos investidores.
Baseado nos títulos do tesouro, o IMA-B mede o retorno da dívida pública. Saiba mais sobre como esse índice funciona neste conteúdo!
O que é o IMA-B?
O IMA-B é um índice financeiro que pondera os títulos públicos atrelados à inflação. Ou seja, ele vai indicar como está o retorno do investimento em títulos do Tesouro Direto.
Na prática, o IMA-B tem a habilidade de medir a eficácia dos títulos públicos indexados à inflação, oferecendo um panorama claro para o investidor.
Os índices funcionam como “carteiras teóricas”. Nela, a Anbima calcula o valor de mercado de todos os títulos e cria uma carteira de investimentos, em que cada título de cada data de vencimento tem um peso. Esse índice é usado como uma média das expectativas do mercado sobre os títulos públicos brasileiros.
Categorias do índice
O IMA-B divide-se em categorias para auxiliar a análise dos investidores, oferecendo visões específicas sobre diferentes segmentos do mercado de títulos públicos:
IMA-B 5
O IMA-B 5 agrupa títulos do Tesouro IPCA com prazo de vencimento de até 5 anos. Esta categoria é relevante para investidores que buscam exposição a ativos de renda fixa com menor prazo, mantendo o foco na proteção contra a inflação.
A seleção cuidadosa desses títulos oferece uma alternativa de investimento com risco relativamente menor e com potencial de retorno ajustado pela inflação.
IMA-B 5+
Já o IMA-B 5+ contempla títulos com vencimento superior a 5 anos. Esta categoria atende investidores com uma visão de longo prazo, dispostos a aceitar maior volatilidade em troca da possibilidade de rendimentos ajustados à inflação mais elevados.
Os títulos de longa duração incluídos nesta categoria são essenciais para a construção de uma carteira diversificada de investimentos, alinhada com objetivos financeiros de longo prazo.
Como funciona o IMA-B, na prática?
Na prática, o IMA-B funciona como um benchmark para fundos de investimento que buscam replicar sua composição e performance e um instrumento de análise em geral. Os gestores desses fundos selecionam títulos públicos que compõem o índice para alcançar uma rentabilidade similar.
Isso significa que os fundos IMA-B são uma maneira direta dos investidores acessarem o mercado de títulos atrelados à inflação sem precisar adquirir individualmente esses ativos.
Além disso, o IMA-B serve como uma ferramenta de análise para o investidor monitorar o desempenho dos títulos indexados à inflação. Por meio desse índice, é possível identificar tendências do mercado, avaliar o impacto da inflação nos investimentos e tomar decisões baseadas em dados concretos.
Essa abordagem analítica e prática facilita a gestão de carteiras de investimento, especialmente para aqueles que visam proteger seu capital contra as variações inflacionárias.
O que influencia o IMA-B?
O IMA-B é influenciado por diversos fatores econômicos e financeiros. Primeiramente, a inflação tem um papel central, visto que os títulos que compõem o índice têm seus rendimentos ajustados pelo IPCA.
Alterações na taxa de inflação afetam diretamente os títulos públicos indexados a ela. Consequentemente, também impactam o IMA-B.
Outro fator relevante é a política monetária do Banco Central, especialmente as decisões sobre a taxa básica de juros, a SELIC. Mudanças na SELIC impactam as expectativas de inflação e, consequentemente, influenciam no valor e no desempenho dos títulos presentes no IMA-B.
Além disso, eventos econômicos nacionais e internacionais como crises financeiras ou políticas de estímulo econômico também podem afetar o índice.
Saiba como é calculado o IMA-B
O IMA-B segue um método específico para o cálculo de seu índice, que reflete a performance dos títulos do Tesouro IPCA+. Para começar, a Anbima utiliza o método de Laspeyres, que multiplica a quantidade de cada título pela sua respectiva cotação no mercado.
A Anbima realiza esse cálculo e disponibiliza os valores atualizados em seu site todo mês. É com base neles que o mercado opera e orienta investimentos e índices diferentes. A sua relação é diretamente proporcional à expectativa dos títulos públicos: se esperam que eles subam, o índice sobe, e vice-versa.
Como investir em fundos baseados no IMA-B?
Investir em fundos de IMA-B é uma maneira eficaz de acessar um portfólio diversificado de títulos públicos indexados à inflação sem a necessidade de comprar cada título individualmente. Embora o índice não seja diretamente negociado como renda fixa, você pode acessá-lo de duas formas:
Comprando ETFs como o IMAB11 ou o B5P211, que tentam replicar o comportamento do índice, mas são ativos de renda variável;
Investindo em fundos de investimento que tenham como benchmark, uma “expectativa de rendimento”, o IMA-B.
Para acessar esses fundos no PagBank, por exemplo, é só ir à área de fundos de investimento do seu app e, ao acessar, busque aqueles que tenham como benchmark o IMA-B. Normalmente, essa informação fica na primeira página.
Histórico de rentabilidade IMA-B 5 e IMA-B 5+
A rentabilidade dos índices IMA-B 5 e IMA-B 5+ é influenciada diretamente pelo comportamento da inflação e pelas taxas de juros do mercado. O IMA-B 5, que abrange títulos com vencimento de até 5 anos, tende a apresentar uma volatilidade menor e uma rentabilidade mais previsível em comparação ao IMA-B 5+.
O histórico de rentabilidade do IMA-B 5, até 2023, foi de 9,67% ao ano, enquanto o do IMA-B 5+ foi de 9,48% ao ano, analisando uma janela de seis anos. Os dados são atualizados mensalmente no site oficial da Anbima, onde você pode conferir os valores nas lâminas.
Entenda os riscos e as vantagens de investir com base no IMA-B
O IMA-B reflete títulos públicos, por isso os riscos e vantagens estão relacionados a esse tipo de ativo. Sua intenção é oferecer um equilíbrio entre segurança e rendimento ajustado pela inflação:
Vantagens
Apesar dos riscos, os investimentos baseados no IMA-B trazem vantagens significativas, especialmente para aqueles que buscam proteção contra a inflação e diversificação:
Diversificação de portfólio;
Rendimento potencialmente superior à poupança;
Baixo risco em comparação com investimentos de renda variável.
Essas vantagens tornam os títulos indexados ao IMA-B e fundos relacionados opções atrativas para investidores que desejam combinar segurança com a possibilidade de rendimentos ajustados pela inflação.
Riscos
Investir em fundos de IMA-B ou títulos que seguem este índice envolve certos riscos, principalmente relacionados às flutuações do mercado e mudanças na política econômica:
Volatilidade de mercado;
Mudanças na taxa de inflação;
Alterações na política monetária;
Risco fiscal do governo.
Estes fatores podem influenciar o preço dos títulos e, consequentemente, a rentabilidade do investimento. Assim, é essencial uma análise detalhada e uma estratégia de investimento alinhadas ao perfil de risco do investidor.
Outros índices de renda fixa da Anbima
Além do IMA-B, a ANBIMA oferece uma variedade de índices de renda fixa que servem como referência para diferentes estratégias de investimento:
IRF-M – Focado em títulos prefixados, com categorias que variam conforme o prazo de vencimento.
IMA-S – Reflete o desempenho dos títulos indexados à taxa Selic.
IDkA – Destinado a debêntures, dividido em subcategorias conforme o prazo e tipo de remuneração.
Estes índices complementam o IMA-B, oferecendo aos investidores uma visão ampla do mercado de renda fixa.
Eles permitem uma diversificação eficiente do portfólio, com opções que vão desde investimentos mais seguros e conservadores, como os indexados à Selic, até alternativas com diferentes perfis de risco e rentabilidade, como debêntures.