Agronegócio: um setor em constante crescimento

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O agronegócio tem papel fundamental no desenvolvimento da economia do Brasil e do mundo. Fonte de renda para milhares de famílias, o setor é responsável por diversos produtos que chegam aos lares brasileiros, dos ingredientes para as refeições até a matéria-prima usada em roupas, móveis e combustíveis.

Além das atividades relacionadas ao campo, o agronegócio interage com outras esferas sociais e econômicas. Novas práticas, pesquisas, tecnologias, maquinários e tantas outras inovações têm surgido a partir das necessidades e do avanço do setor.

A cada ano que passa, o agronegócio faz a diferença no dia a dia dos brasileiros. Confira indicadores, desafios e tendências para o agronegócio. Fique conosco!

O agronegócio no Brasil

Faz cerca de 40 anos que o Brasil registrou uma verdadeira revolução agrícola. Trata-se de um dos fatos mais importantes de nossa história recente.

A intensificação da produção levou as empresas a baratear custos e facilitar o acesso aos alimentos. Isso trouxe reflexos para a qualidade de vida dos cidadãos, que passaram a comer melhor.

Um ponto de relevância foi o excedente das safras, que também favoreceu as exportações. Ao conquistar o mercado internacional, o agronegócio brasileiro foi gerando superávit, o que significa mais dinheiro entrando no país

Hoje, o Brasil se destaca como um dos maiores produtores do mundo.  Os principais produtos agropecuários de nossas terras incluem soja, milho, algodão, feijão, café, arroz, açúcar, celulose, laranja e carnes, sendo essas bovina, suína e de frango.

Significado do agronegócio para a economia brasileira: empregos e fonte de renda

Com a expansão do agronegócio nas últimas décadas, o setor se tornou cada vez mais relevante para a economia do país, gerando renda e empregos para muitas famílias.

Conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a participação do agronegócio no PIB brasileiro foi de 23,8%. O crescimento do PIB, de maneira geral, foi de 2,9%. 

A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023. Duas das mais importantes lavouras do Brasil, soja e milho, tiveram produções recorde em 2023.

Os preços de culturas importantes, como algodão, café, milho, soja e trigo, bem como de bovinos, aves e leite, sofreram reduções significativas. Nas agroindústrias, observaram-se quedas nos preços de biocombustíveis, produtos de madeira, óleos vegetais, café, entre outros setores. 

Nas indústrias pecuárias, os preços mais baixos impactaram especialmente as indústrias de laticínios e de abate e processamento de carne e pescados — confira todos os dados aqui.

Em 2023, o agronegócio brasileiro registrou um superávit acumulado de US$ 148,58 bilhões, representando um aumento de 4,9% em comparação com o ano anterior. As exportações do setor atingiram US$ 165,05 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 16,47 bilhões. Esses dados foram levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A atuação dos brasileiros no campo teve uma alta considerável. Mais de 28,34 milhões de pessoas têm sua renda diretamente relacionada a atividades do agronegócio. É um aumento de 1,2% em comparação com o ano anterior.

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O desempenho do setor agropecuário em 2023

Apesar de números expressivos, assim como no ano anterior, em 2023, o PIB do agronegócio registrou uma queda de 2,99%. 

A queda de preços em todos os setores impactou negativamente o desempenho do agronegócio. Mas esse cenário poderia ser ainda pior: devido à excepcional produção agrícola, ao crescimento na produção pecuária e de laticínios e ao aumento no volume de abates, a queda manteve-se baixa.

Se olharmos em retrospectiva, apesar das quedas dos últimos anos, é possível avaliar o quanto o agronegócio cresceu na última década. De 2002 a 2022, o PIB agrícola passou de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões.

Perspectivas do agronegócio para 2024-2025

Olhando para o futuro a partir da ótica do presente, é possível perceber que o agro ainda é protagonista da nossa economia. Esse panorama pode ser analisado sob duas formas.

A primeira é celebrar que a diversidade agropecuária faz a diferença, tanto internamente quanto externamente. A segunda é que nosso país precisa, como prioridade, desenvolver outros setores a fim de não depender somente do agronegócio para continuar evoluindo.

Isso fica mais evidente ao observar o que dizem os especialistas da área: condições climáticas adversas, como excesso de chuvas e temperaturas altas, devem impactar grandemente a próxima safra.

A própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção de soja e milho, que foi destaque em 2023, sofra quedas relevantes nos próximos períodos. Vale destacar que o investimento massivo em tecnologias preditivas terão efeito positivo, minimizando esses possíveis estragos. 

Outro ponto de atenção é a diminuição da margem do produtor, que, devido a essas perdas e altos investimentos, acaba rentabilizando menos do que esperava.

Desafios para o setor

As previsões já indicam quais são os maiores desafios a serem enfrentados pelo agronegócio em 2024. No olhar climático, os possíveis efeitos do El Niño ainda terão consequências no ciclo produtivo.

Do ponto de vista político, há as eleições municipais, as quais também têm seu papel no desenvolvimento econômico do agronegócio. 

A regulamentação do mercado de carbono e a iminência da COP 30, em Belém (PA), em 2025, irão manter em destaque a discussão sobre este tema. Os debates sobre o marco temporal para fins de demarcação de terras indígenas, que já tem um histórico nos ambientes legais, também deverão gerar implicações sobre o agronegócio. 

Mais do que nunca, a eficiência energética ganha protagonismo no agronegócio, visando à prática da sustentabilidade. Desafios financeiros, de gestão de propriedades e recursos, também serão pauta dos produtores. 

Agronegócio e sustentabilidade: importância e tendências

Citamos anteriormente e aqui ela ganha maior importância: não somente no agronegócio, mas na sociedade em geral, a sustentabilidade tem seu papel resguardado. 

Projetar um futuro mais saudável e igual perpassa diretamente pela essência da sustentabilidade no campo. É por meio dessa premissa que se diminui o impacto ambiental, contribuindo na manutenção dos ecossistemas das nossas terras.

A sustentabilidade é um jeito de fazer as coisas pensando no futuro. É como cuidar do planeta para que ele continue sendo um lugar bom para se viver, não só para nós, mas também para as próximas gerações. Quando falamos de agronegócio e sustentabilidade juntos, estamos falando sobre produzir alimentos de uma maneira que não prejudique o meio ambiente, nem esgote os recursos naturais.

Algumas tendências no agronegócio e sustentabilidade incluem o uso de técnicas mais ecológicas, como a agricultura orgânica, que não usa produtos químicos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Outra tendência é o uso de tecnologias inteligentes, como drones e sensores, para monitorar a produção de forma mais eficiente e reduzir o desperdício.

Tecnologia no agronegócio: impactos no setor

A tecnologia está transformando o agronegócio de muitas maneiras, e os impactos são enormes. Vamos dar uma olhada em alguns deles.

Aumento da eficiência: com a introdução de tecnologias como GPS, drones e sensores, os produtores podem monitorar suas terras de forma mais precisa. Isso significa que eles podem otimizar o uso de recursos como água e fertilizantes, aplicando-os exatamente onde são necessários. Isso não apenas economiza dinheiro, mas também reduz o desperdício e minimiza o impacto ambiental.

Melhoria da produção: a tecnologia também está ajudando a aumentar a produção. Máquinas agrícolas modernas, como tratores e colheitadeiras, são mais eficientes e produtivas do que nunca. Além disso, novas técnicas de cultivo, como a agricultura de precisão e o uso de sementes geneticamente modificadas, estão permitindo que os produtores cultivem mais alimentos em menos espaço.

Gestão de dados inteligente: a coleta e a análise de dados estão se tornando cada vez mais importantes no agronegócio. Os produtores podem usar softwares especializados para rastrear tudo, desde o clima até a saúde das plantas, e usar essas informações para tomar decisões mais informadas. Isso pode incluir coisas como decidir quando plantar ou colher, ou quais culturas plantar em determinadas áreas.

Acesso à informação: a tecnologia também está facilitando o acesso à informação no agronegócio. Produtores em todo o mundo podem acessar recursos educacionais online, participar de fóruns e comunidades online e até mesmo usar aplicativos móveis para obter conselhos e suporte técnico. Isso pode ajudar a reduzir a lacuna de conhecimento e permitir que todos se beneficiem das inovações.

Financiamento e apoio ao crescimento do agronegócio

Sendo um impulsionador da economia brasileiro, o agronegócio recebe um olhar atencioso quando o assunto é o acesso a recursos. Linhas de créditos e criação de políticas que facilitam o desenvolvimento da atividade são apenas alguns exemplos. 

Falando especificamente sobre financiamentos, podemos destacar alguns pontos.

O crédito rural é uma das principais formas de financiamento para os agricultores brasileiros. O governo, por meio de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), oferece linhas de crédito com taxas de juros subsidiadas para financiar atividades agrícolas, como custeio da safra, investimentos em infraestrutura e aquisição de máquinas e equipamentos.

O governo também oferece programas de subsídio e seguro agrícola para proteger os agricultores contra perdas causadas por eventos climáticos adversos, como secas, enchentes e pragas. Isso ajuda a reduzir os riscos associados à atividade agrícola e a garantir a estabilidade financeira dos agricultores.

Há também a possibilidade da oferta de incentivos fiscais para estimular o investimento no agronegócio, como isenção de impostos sobre insumos agrícolas, redução de impostos sobre a renda obtida com atividades agrícolas e incentivos para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas.

Além do financiamento direto, o governo e instituições como a Cresol também podem oferecer programas de capacitação e assistência técnica para os agricultores, fornecendo treinamento em práticas agrícolas sustentáveis, gestão financeira e uso de tecnologias modernas. Essas iniciativas ajudam a melhorar a produtividade e a competitividade do setor agrícola.

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