Análise Técnica: o que é e como usar no Day Trade?

Se você já leu um pouco sobre Bolsa de Valores, deve ter percebido que a Análise Técnica, também conhecida como Análise Gráfica, faz toda a diferença para quem realiza operações de trading.

Para começar, o ideal é escolher ativos com boas perspectivas de valorização. Em seguida, identificar o momento certo de comprar ou vender esses ativos e, com isso, potencializar seus lucros.

Por isso, quando falamos sobre identificar as melhores oportunidades da Bolsa no curto prazo, não há como ignorar a ferramenta mais poderosa: a Análise Técnica.

É possível que você já tenha ouvido falar da Análise Técnica, mas se ainda não sabe exatamente o que é e como ela funciona, neste artigo você vai descobrir:

O que é Análise Técnica.

A diferença entre Análise Técnica e Análise Fundamentalista.

Como funciona a Análise Técnica.

Como funciona o gráfico de ações.

Quais são os principais indicadores.

Cursos para aprender a operar Day Trade e usar os conceitos da Análise Gráfica.

Ao final, você vai ter entendido o básico de um dos temas mais importantes para quem deseja operar Day Trade, Swing Trade ou Position Trading. Vamos lá?

O que é Análise Técnica?

Análise Técnica, também chamada de Análise Gráfica, é uma ferramenta utilizada por traders para encontrar as melhores oportunidades na Bolsa de Valores, especialmente no curto e curtíssimo prazo, como no Day Trade e Swing Trade.

A partir dessa Análise, é possível identificar o melhor momento para comprar ou vender uma ação, aumentando as chances de sucesso e diminuindo os riscos de perda.

Isso é possível pois a Análise Técnica utiliza um conjunto de indicadores para observar o movimento de preço de um determinado ativo e, assim, determinar o cenário de maior probabilidade de ocorrer no futuro próximo.

Em outras palavras: a Análise Técnica é uma forma de examinar o movimento do mercado a partir de diversas informações e, então, determinar o que tem mais chances de acontecer em breve com os preços de uma ação, por exemplo.

Desse modo, ela consegue ver padrões e apontar com grande possibilidade de acerto se uma ação vai cair ou subir dali a alguns minutos, horas ou dias.

Percebeu uma questão importante aqui? A Análise Técnica não consegue prever o que vai acontecer na Bolsa com certeza. Não se trata de uma definição exata do que vai se desenrolar no futuro, mas sim de um direcionamento para o caminho com mais chances de acontecer e trazer bons resultados.

Porém, mesmo sem conseguir determinar o que o futuro aguarda para esse mercado, a Análise Técnica é uma excelente ferramenta para quem deseja fazer negociações no curto prazo. Antes de entender o porquê disso, que tal aprender a diferença entre Análise Técnica e Fundamentalista? Continue a leitura para saber mais. 

Análise Técnica x Análise Fundamentalista: qual é a diferença?

uem já ouviu falar em análise de ações, sabe que não existe apenas um tipo. Os dois mais conhecidos são a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista. Para te ajudar a entender as principais diferenças entre elas, veja abaixo as definições de cada uma:

Análise TécnicaAnálise FundamentalistaEstudo em gráfico do movimento do preço de uma ação, utilizando indicadores de curto prazo, para identificar o cenário de maior probabilidade de acontecer com aquele ativo nos próximos minutos, horas, dias, semanas e até mesmo meses.Pesquisa sobre as perspectivas de valorização de uma ação para um período mais longo, considerando não só seu preço, mas também a saúde financeira e a governança da empresa.

A Análise Técnica é usada por traders que buscam oportunidades de negócio em um curto espaço de tempo, enquanto a Fundamentalista é mais adequada para quem deseja investir pensando no longo prazo.

Assista ao vídeo a seguir para entender melhor as principais diferenças entre elas:

A Fundamentalista analisa, por exemplo, balanços financeiros, valor de mercado, desempenho frente aos concorrentes, cenário do setor em que a empresa atua, entre outras informações relevantes. Com isso, é possível apontar se as ações daquela empresa têm boas perspectivas de valorização para daqui a alguns meses ou anos.

A Análise Técnica, por sua vez, analisa dados que indicam tendências, padrões e movimentação de uma ação num curto espaço de tempo. Com isso, há a possibilidade de identificar o que tem mais chance de acontecer com aquela ação dali a alguns minutos, horas ou dias.

Devido às suas vantagens, a Análise Técnica é muito utilizada por “traders“, pessoas que já têm conhecimento avançado de Bolsa e, em alguns casos, vivem exclusivamente do lucro das negociações de curto e curtíssimo prazo.

Mas não pense que essa ferramenta é de uso exclusivo de quem entende muito de Bolsa de Valores. Ela  exige um conhecimento maior sobre o mercado, mas não necessariamente pode ser utilizada apenas por quem tem diploma em Economia.

Aqui na Toro, nós facilitamos esse processo para você. Você tem acesso às melhores plataformas de trading do mercado, que incluem inúmeras vantagens, do nível iniciante ao avançado.

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Entre outras várias possibilidades. Para saber qual é a ideal para você, confira o gráfico abaixo antes de partirmos para o próximo capítulo:

Como funciona a Análise Técnica na prática?

Que esse tipo de análise é muito utilizado por quem investe no curto prazo você já sabe. Também já aprendeu que ela é uma ferramenta muito eficiente para indicar uma oportunidade com grandes chances de sucesso. Mas, afinal, como isso é possível?

A Análise Técnica é tão eficiente para
traders porque se apoia no princípio
básico do mercado: a lei de oferta e procura.

Seja no supermercado, no mercado imobiliário ou na Bolsa de Valores, os preços são determinados, de certa forma, pelo interesse. Quer ver só? Digamos que você decidiu comprar um apartamento em um bairro que tem vários pontos positivos, como transporte, lazer, escolas, mercados, hospitais etc.

Por conta disso, a vizinhança é muito bem vista e desperta grande interesse de outros moradores da cidade. Então, é bem provável que o valor deste imóvel seja mais alto do que se comparado a um do mesmo tamanho localizado em outra parte da cidade.

O mesmo acontece no supermercado com produtos que estão em maior quantidade ou são menos procurados pelos consumidores. Na Bolsa de Valores, não é muito diferente disso. Ações mais visadas pelos investidores em determinado momento acabam vendo seu preço subir.

Por exemplo, se uma ação custa agora R$50 é porque há traders dispostos a pagar esse preço por ela. Se após algumas horas ela cai para R$40, por exemplo, provavelmente é porque boa parte dos traders decidiu vendê-la. Assim, o número de pessoas querendo comprar aquela ação diminuiu, fazendo seu preço cair.

Em resumo: o valor de uma ação é o reflexo da interação entre os compradores e os vendedores na Bolsa.

É claro que nessa negociação, tudo acontece bem rápido e a tendência de uma ação pode mudar de alta para baixa, ou vice-versa, em muito pouco tempo. E por causa disso que a Análise Técnica é tão necessária: ela compreende que o mercado é feito de pessoas e que nós tendemos a repetir alguns padrões de comportamento.

A Análise Técnica, portanto, utiliza os dados que o mercado expressa continuamente para interpretar a interação entre compradores e vendedores naquele momento.

Com isso, o trader adquire agilidade para se posicionar ao lado do cenário de maior probabilidade de ocorrer, aumentando suas chances de sucesso. Por outro lado, caso haja uma mudança de planos e o mercado não reaja como esperado, essa Análise Gráfica também oferece o poder de reação necessário para lidar com imprevistos antes que seja tarde demais.

O que determina o preço de uma ação na Bolsa de Valores não é a situação do país, as notícias do exterior, nem a declaração polêmica de alguém. O que forma o valor dos ativos na Bolsa, na verdade, é o modo com que os traders interpretam esses fatos na hora de realizar suas negociações.

É por isso que às vezes você pode se deparar por aí com a expressão “o mercado viu tal situação com otimismo”. Isso significa que a maioria dos investidores interpretou determinado acontecimento com bons olhos e isso teve reflexos na Bolsa de Valores.

Agora que você já conhece o básico da Análise Técnica, vamos aos pormenores: como usar os gráficos de ações. Veja mais no próximo capítulo.

Como usar os gráficos de ações?

Vamos prosseguir para entender quais os instrumentos indispensáveis para se observar o mercado com eficiência. Um deles é com certeza o gráfico de ações.

Para esse tipo de análise, o gráfico é fundamental para estudar os movimentos dos preços. Podemos dizer que ele serve como uma janela, onde podemos assistir em tempo real o que está acontecendo com os compradores e vendedores da Bolsa.

No caso do gráfico de ações, seu papel é basicamente mostrar a movimentação dos preços de uma determinada ação ao longo do tempo. O período pode variar entre minutos, horas, dias, semanas, meses e até anos, dependendo do que você quer analisar.

O gráfico normalmente é composto por dois eixos. Na horizontal, fica o tempo, ou seja, o intervalo entre cada informação que aparece. E na vertical, temos a variação dos preços daquela ação, isto é, seu valor a cada período.

Essa é uma configuração básica, pois existem vários tipos de gráficos de ações. Eles podem ser, por exemplo em:

Linhas.

Barras.

Candlesticks.

Entenda um pouco mais sobre cada um deles a seguir.

Gráfico de linha

O gráfico de linha tem o visual mais básico e funciona de forma muito parecida com os gráficos que você já deve ter utilizado alguma vez na vida para demonstrar um processo de evolução – no trabalho, na academia, nas suas finanças etc.

Por ser mais simples, ele acaba sendo o mais fácil de utilizar e de entender a interação entre compradores e vendedores.

Ele costuma apresentar apenas o preço de fechamento da ação (quanto ela valia quando encerraram as negociações). Mas, em alguns casos, também pode dar mais alguma informação importante.

Veja abaixo um exemplo de gráfico de linha:

Porém, embora ofereça muita praticidade, esse gráfico deixa a desejar em comparação a outros tipos que você verá na sequência.

Gráfico de barras

O gráfico de ações em barras é uma espécie de gráfico de linha mais elaborado, porque oferece mais informações ao trader. Além de mostrar o preço de fechamento da ação, ele também apresenta a evolução dela em determinado período.

O gráfico de barras também pode demonstrar o preço de abertura (quanto a ação valia quando as negociações começaram), além de valores máximos e mínimos que ela atingiu durante o tempo observado.

Ou seja, em comparação ao gráfico de linha, o de barras oferece mais detalhes. Confira um exemplo desse tipo de gráfico:

Gráfico de candlesticks

O gráfico de candlesticks é ainda mais completo do que os dois tipos que acabamos de mostrar. Ele fornece basicamente as mesmas informações que o gráfico em barra, a grande diferença é que seu visual é muito mais didático e fácil de entender.

Justamente por isso, o gráfico de candlestick é o tipo mais popular entre os traders que utilizam a Análise Técnica de ações.

O nome candlestick é por causa de seus elementos principais: os candles, retângulos que têm seu formato mais achatado ou mais alongado de acordo com a movimentação do mercado. Vamos explicar sobre eles logo mais.

No gráfico de candlesticks, os candles que indicam a alta da ação podem ser mostrados sem preenchimento ou pintados de verde. Enquanto os de queda, costumam ser ilustrados em vermelho. Entenda essa configuração no exemplo a seguir:

No próximo capítulo, vamos entrar no detalhe sobre os candles e explicar como funciona esse gráfico nas operações de trading. 

O que são Candles na Análise Técnica?

Um candle representa a movimentação dos preços de uma ação no mercado por um determinado período. Esse período pode ser de apenas alguns minutos, algumas horas, dias, semanas, meses e até anos. Por exemplo:

Em um gráfico configurado para um período de um dia, ou seja, diário, cada candle representa um dia de negociação de uma ação. Assim, cada um informa o preço de abertura, de fechamento, a máxima e a mínima daquele dia.

Em um gráfico configurado para um período de uma semana, isto é, semanal, cada candle representa uma semana de negociação. Portanto, cada um informa o preço de abertura, de fechamento, a máxima e a mínima registradas naquela semana por uma ação.

Os candles conseguem mostrar, do jeito mais prático e didático possível, o máximo de informações sobre os preços de uma ação. Dessa forma, traders conseguem identificar o lado mais forte da interação que ocorre entre compradores e vendedores na Bolsa.

No vídeo abaixo, o nosso Analista de Investimentos Helder Wakabayashi explica como funcionam os candlesticks:

Como ler o formato e cor do candle?

O corpo do candle é formado por um retângulo e indica os valores registrados pela ação na abertura e no fechamento das negociações. Ou seja, mostra qual era o preço da ação no momento em que começaram as negociações e também qual era o valor quando elas terminaram.

Além disso, o candle possui linhas verticais em seu topo e também na sua base. No mercado, elas são chamadas de “sombras” pelos traders e analistas. A de cima indica o preço máximo que aquela ação atingiu no período e a de baixo indica o preço mínimo registrado.

Entenda a configuração de um candle na imagem a seguir:

Percebeu algo diferente no esquema aqui de cima? O preço de encerramento e de abertura podem vir tanto em cima quanto embaixo do candle. Isso acontece porque, como você verá logo mais, um candle pode indicar tanto que uma ação caiu quanto que uma ação subiu.

O preço de encerramento aparece na parte de cima do candle se houve alta de preços e na parte de baixo se ocorreu uma queda. No caso do preço de abertura, a dinâmica é o contrário. Na alta, o valor de abertura vem embaixo e quando houve queda, o preço de abertura aparece em cima do candle.

É importante saber que um candle pode ser mais alongado ou achatado de acordo com a diferença dos preços de abertura e de fechamento. Ou seja, se uma ação começou o período com um preço de R$20 e encerrou em R$100, o formato do candle vai ser mais comprido do que o de um candle em que a ação iniciou em R$20 e fechou em R$21,50.

As sombras também seguem a mesma lógica. Se a ação atinge um valor máximo ou mínimo muito distante do preço de abertura ou de fechamento, a sombra tende a ficar mais comprida. Por outro lado, se a máxima e a mínima ficam próximas dos valores de abertura e encerramento, as sombras costumam ser mais curtas. É por isso que no gráfico os candles têm comprimentos e sombras de tamanhos diferentes. 

Para facilitar ainda mais esse raciocínio, conheça agora os tipos de candle e suas principais características.

Tipos de candles

Na hora de analisar o gráfico de candlestick, é preciso saber as diferenças entre dois tipos de candle: de alta e de baixa. A diferença entre eles é que, no candle de alta, o preço de fechamento (o último valor registrado no período) ultrapassa o preço de abertura do mercado (o preço do primeiro negócio que ocorreu).

Por exemplo: vamos imaginar que, quando o mercado abriu, uma ação foi negociada pela primeira vez por R$15 e pela última vez a R$17. Ou seja, ela fechou o período em alta, já que subiu R$2.

Nesse caso, essa situação seria representada por um candle de alta. Como este aqui:

No candle de baixa ocorre o contrário. Digamos que, quando o mercado abriu, uma ação foi negociada pela primeira vez no preço de R$ 17 e teve seu último negócio fechado por R$ 15. Dessa forma, houve queda de R$2. Então o candle seria de baixa, como este a seguir:

Candle de reversão

Como já deve ter percebido, o preço de uma ação não sobe ou cai em linha reta. O gráfico geralmente mostra uma movimentação irregular e ela acaba permitindo o surgimento de candles de reversão.

Os candles de reversão são candles em um gráfico que indicam que o preço de uma ação que estava caindo pode voltar a subir. O contrário também vale: esse candle também pode indicar que o preço que estava subindo, mas logo mais pode começar a cair.

Fazendo uma comparação bem simples esse movimento é parecido com o que vemos quando jogamos uma bolinha de tênis no chão. Sabemos que ela cai, bate no chão e tende a subir em seguida.

Você pode estar se perguntando como identificar esse tipo de candle. A resposta é simples: no caso em que uma ação que estava caindo pode voltar a subir, o candle é chamado de “reversão para alta” e tem como característica principal uma sombra inferior longa.

Lembra que explicamos o que é uma sombra? É aquela linha acima e abaixo do candle que indica o preço máximo e mínimo que a ação atingiu naquele minuto, hora, dia, semana, mês ou ano. No caso do candle de reversão para alta, a sombra de baixo é maior, isto é, indica que o preço mínimo registrado para aquela ação no momento está mais distante do preço de encerramento.

É como se uma ação que já estava caindo há algum tempo, fosse negociada a R$5, registrando esse valor como o menor preço durante um certo período. Mas antes do pregão terminar, ela tivesse se recuperado e conseguido encerrar no preço de R$15. Ou seja, ela chegou a ser negociada a R$5, mas se recuperou a tempo e fechou o período valendo o triplo.

Veja no gráfico a seguir como uma ação que estava em queda registra um candle com sombra inferior maior e depois acaba apresentando candles em tendência de alta.

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No candle de reversão para baixa, o movimento é o contrário do que acabamos de explicar. A ação que estava subindo apresenta um candle com sombra de cima maior, ou seja, preço máximo mais distante do preço de abertura, e logo em seguida indica uma tendência de queda.

Nesse caso, o gráfico seria como este aqui:

Essas possíveis mudanças de trajetória de uma ação podem assustar à primeira vista, porque mostram como o mercado é dinâmico e pode mudar a qualquer momento.

Por isso a Análise Técnica é tão importante, já que com ela conseguimos observar essa movimentação, identificar o momento certo de aproveitar uma boa oportunidade de negociação e reagir a tempo caso algo não aconteça como esperado.

É por isso que aqui na Toro nós temos uma excelente equipe de Analistas de olho no mercado fazendo análises e indicando a você as melhores oportunidades da Bolsa. 

Candle de força

Um candle de força, ao contrário do que acabamos de ver, não indica uma mudança de cenário. Na verdade, ele mostra que a tendência que estamos vendo no gráfico de ações tem grandes chances de continuar.

Os candles de força também têm dois tipos, de alta e de baixa. O candle de força de alta demonstra que uma ação que já estava subindo tem grandes possibilidades de continuar subindo. Ou seja, ele confirma a tendência de
alta que estamos observando naquele momento.

Podemos verificar isso pela linha (ou sombra) curta que se forma em cima do candle. Isto é, o preço máximo da ação está muito próximo do preço de encerramento. Outro aspecto que ajuda a reforçar a tendência de alta é a diferença entre o preço de abertura e de encerramento no candle.

Isso mostra que a ação abriu com um valor e foi se valorizando até fechar bem próximo da máxima atingida no período, indicando que há uma força maior para comprar aquela ação no momento.

Quer um exemplo? Imagine que a ação de uma empresa abriu com o preço de R$10, chegou a valer R$ 10,52, mas encerrou em R$ 10,50. Seu candle de força de alta seria assim:

Quando ocorre o candle de força de baixa, o movimento é inverso. Ele indica que uma ação que estava caindo tem grandes chances de continuar desse jeito por um tempo.

Dessa forma, esse tipo de candle tem a linha inferior curta, mostrando que o preço de encerramento daquela ação foi bem próximo do preço mínimo que ela atingiu no período. Além disso, o preço de abertura tem uma diferença maior em relação ao preço de encerramento, fato que indica que a ação caiu de preço com mais intensidade.

Por exemplo, uma ação iniciou o dia com valor de R$10, atingiu a mínima de R$ 9,70 e fechou com preço de R$ 9,72. Isso mostra que há um movimento mais forte do mercado para vender aquela ação, fazendo seu preço cair.

Veja o candle de força de baixa deste exemplo:

Bom, agora você já conhece os candlesticks e como eles funcionam na Análise Técnica. Agora, vamos entender um pouco mais sobre os principais indicadores que você precisa conhecer.

Quais são os principais indicadores da Análise Técnica?

Apresentaremos a seguir os principais padrões gráficos e conceitos de Análise Técnica:

Topos e Fundos

Lembra quando falamos que os preços de uma ação não se movem em linha reta? De fato, o movimento é bem menos linear e se parece bastante com um zigue-zague, pois pode flutuar para cima ou para baixo. Essas oscilações colaboram para formar os topos e os fundos no gráfico de ações.

Esses topos e fundos que são registrados no gráfico são um indicador importante para a Análise Técnica, pois ajudam a apontar a tendência principal de uma ação, se ela está caindo ou subindo por exemplo.

Desse modo, quando ocorre uma tendência de alta, conseguimos ver no gráfico de ações a formação de topos e fundos em preços cada vez maiores. Por isso, para constatar que uma determinada ação está em tendência de alta, precisamos observar pelo menos alguns topos e fundos seguidos que estejam subindo.

Veja no exemplo a seguir como eles formam uma espécie de escada, com movimento para cima:

Por outro lado, quando a ação está com uma tendência de baixa, os topos e fundos se formam em níveis gradualmente menores. Então, para identificar uma tendência de baixa para uma ação, é preciso observar pelo menos alguns topos e fundos seguidos que estejam descendo.

Veja no exemplo a seguir como os topos e fundos formam uma espécie de escada, com movimento para baixo:

Por ser tão fácil de identificar visualmente, podemos dizer que os topos e fundos vistos no gráfico são um método extremamente simples e eficaz de apontar a tendência principal de uma ação em um certo período.

Suporte

Para explicar de um jeito bem prático o que é suporte, vamos comparar a relação entre compradores e vendedores na Bolsa de Valores a uma guerra entre dois exércitos, sendo que o resultado do embate entre eles é o que forma o preço de uma ação.

No caso do suporte, podemos imaginar que ele se comporta como uma trincheira do exército de compradores. Dessa forma, quando uma ação atinge um certo valor de suporte, podemos dizer que ela chegou a uma região em que há maior concentração de pessoas interessadas a comprá-la naquele valor.

Com isso, seu valor tende a subir, já que agora existe um número maior de traders querendo comprar essa ação.

O suporte é um patamar de preço que uma ação em queda atinge e logo depois volta a subir. Isso acontece porque quando ela chega a esse valor uma grande quantidade de compradores volta a se interessar em comprá-la, fazendo seu preço aumentar.

Encontrar suportes por meio da Análise Técnica é um método interessante para identificar bons pontos para comprar ações, pois será possível adquiri-la por um valor baixo, sabendo que ela tem grandes chances de se valorizar em breve.

Mas como fazer para encontrar um suporte? A solução é simples: basta traçar uma linha horizontal no gráfico tocando os fundos formados pela tendência de queda que a ação está apresentando no momento. Você consegue ver essa linha traçada em verde no gráfico abaixo:

Viu que, nesse zigue-zague do mercado, a ação atingiu o mesmo suporte mais de uma vez e começou a subir logo em seguida? Esse é um bom sinal, já que quanto mais vezes a ação atingir esse preço e se valorizar depois, mais confiável será esse suporte.

Isso também indica que, se comprarmos uma ação com os preços bem próximos do suporte, estaremos entrando na guerra ao lado de um exército de compradores, o que pode incentivar os preços daquela ação se valorizar.

Resistência

Resistências têm um funcionamento bem parecido ao dos suportes. A grande diferença é que uma resistência indica um patamar de preço para uma ação parar de subir e então começar a cair.

Ou seja, ao contrário do suporte, resistência é o ponto alto que uma ação atinge enquanto está se valorizando para, logo em seguida, apresentar queda no seu preço.

Para identificar a resistência de uma ação é bem simples. Basta traçar uma linha horizontal ligando os topos formados por ela recentemente. Veja só:

Essa linha horizontal vermelha que você vê atravessando o gráfico de ações, é a resistência dessa ação naquele momento.

Como você pode perceber, há vários pontos em que a ação sobe, toca a linha de resistência e depois volta a cair. Isso mostra que quando a ação chega a determinado valor, surgem mais traders querendo vender a ação por aquele preço, fazendo ela se desvalorizar devido ao aumento de oferta.

Utilizar a Análise Técnica para identificar uma resistência é muito importante para agirmos de acordo com a vontade do exército de vendedores. Isso porque a resistência indica o momento em que a força dos vendedores aumenta e pode provocar queda dos preços em breve, apontando o momento mais oportuno para vender uma ação antes que ela se desvalorize.

Bandas de Bollinger

Apesar de muitas pessoas que não entendem como a Bolsa de Valores funciona acharem que o preço das ações sobe e desce de forma descontrolada, a realidade não é bem assim.

As bandas de Bollinger são uma ótima forma de provar que o valor de uma determinada ação costuma variar dentro de um limite.

Podemos pensar nesse indicador como a média de temperatura de uma cidade. Você provavelmente sabe dizer a temperatura que sua cidade costuma ter no verão. Ela pode oscilar, por exemplo, entre 27 e 31 graus nessa época do ano. Talvez um dia ou outro, ela chegue a 32 graus, mas a média sempre acaba ficando abaixo disso.

Essa lógica é muito parecida com as bandas de Bollinger. Digamos que uma ação costuma variar de preço entre R$20 e R$60. Em alguns momentos, ela pode valer R$18 ou R$65, mas no fim das contas ela sempre acaba voltando para sua faixa média de preço.

Então, quando delimitamos essa faixa, temos uma ferramenta muito boa em mãos. Veja só: se a ação que acabamos de citar ultrapassa sua máxima de costume e chega a valer R$63, nós temos a vantagem de saber que ela logo mais poderá voltar a valer menos que isso.

Portanto, se você tinha comprado a ação por R$45, por exemplo, seria interessante vender essa ação enquanto ela ainda vale R$63 e, assim, ter um bom lucro.

As bandas de Bollinger são formadas por duas linhas: uma inferior e outra superior. A de baixo, indica o valor mínimo que uma ação costuma registrar, enquanto a de cima indica o preço máximo que ela costuma valer.

Dessa forma, quando a ação chega próximo do valor mínimo, podemos identificar um bom momento para comprá-la a um preço menor e aguardar sua valorização para vendê-la, especialmente se ela chegar perto da linha de limite máximo.

Na imagem abaixo, podemos ver as bandas de Bollinger bem definidas pela área em cinza:

Índice de Força Relativa (IFR)

Podemos entender este indicador como uma pausa do mercado antes de continuar na sua tendência principal. É como se você estivesse fazendo uma viagem longa de carro em que, em determinado momento, precisasse parar para colocar mais combustível e poder seguir viajando.

Na Bolsa de Valores, podemos identificar o IFR a partir dessa indicação de que o mercado está prestes a tomar fôlego, antes de continuar caindo ou subindo.

Para medir esse indicador, utilizamos uma linha que varia entre 0 e 100. Esse número pode aumentar ou diminuir de acordo com o movimento do mercado. Por exemplo: se o valor chega a 95, podemos entender que os compradores estão avançando, mas precisam parar para respirar um pouquinho antes de continuar empurrando os preços da ação para cima.

Assim sendo, quando ocorre essa pausa rápida, o IFR aponta que a ação pode cair no curto prazo, antes de voltar a subir. No dicionário do mercado, chamamos esse momento de sobrecompra.

Veja a indicação dessa situação na imagem abaixo:

Por outro lado, algo parecido acontece quando uma ação está caindo. Só que, nesse caso, quando o valor do IFR chega a 5, temos a indicação de que a ação que estava em queda pode subir no curto prazo, para depois voltar a cair, mostrando que os vendedores em breve darão uma pausa antes de continuar pressionando o preço da ação para baixo.

Veja esse momento, chamado de sobrevenda, ilustrado no gráfico abaixo:

Por ser fácil de aplicar e observar no gráfico, o Índice de Força Relativa é um indicador bastante utilizado pelos traders, especialmente para identificar uma mudança, mesmo que breve, na tendência de uma ação.

Médias móveis

O próprio nome das médias móveis já indicam o que elas significam. Elas são uma forma de identificar o equilíbrio dos preços no mercado, indicando a tendência de alta, neutra ou baixa para uma ação.

A palavra média está ligada ao fato de utilizarmos duas médias de períodos diferentes, normalmente uma de curto prazo e outra com um prazo maior. Elas também são chamadas móveis porque de tempos em tempos renovamos os dados e passamos a usar dados mais recentes.

Vale dizer que este é um tipo de indicador de Análise Gráfica de ações bastante utilizado por iniciantes, por ser mais simples de usar.

No entanto, aqui vai um lembrete: as médias móveis costumam ser mais indicadas para observar a movimentação dos preços de uma ação no mercado por um certo período, mostrando uma tendência, do que para indicar um momento exato de comprar ou vender aquela ação.

É como se você estivesse querendo perder peso e resolvesse fazer um acompanhamento na balança com uma boa frequência. Quando você analisa seu peso de um dia para o outro, pode ser que não consiga perceber uma tendência para emagrecer.

Por outro lado, depois de pelo menos uma semana, você já consegue comparar os valores do ponteiro da balança anotados durante esse tempo e fazer uma média. Aí fica mais fácil confirmar se você perdeu peso mesmo, engordou ou ficou na mesma.

Voltando para o ambiente de trading, as médias móveis no gráfico de ações aparecem em linhas. Igual a esta imagem:

Volume financeiro

Para entender como esse indicador funciona, vamos pensar de novo na interação entre traders na Bolsa de Valores como uma guerra entre dois exércitos. Um deles pode estar em maior número, enquanto o outro pode ter bem menos soldados.

Na Bolsa, a relação entre compradores e vendedores pode ser entendida nessa lógica, onde o número de soldados de cada exército é representado pelo volume financeiro.

O volume financeiro, portanto, é o indicador da Análise Técnica que aponta a quantidade de dinheiro negociada na Bolsa de Valores durante um certo período.

Podemos ver essa informação na parte de baixo do gráfico de ações, bem próximo da linha do tempo. O volume é apresentado em barras e cada uma delas se refere a um candle específico. Veja na figura a seguir:

É muito importante observar esses dados pois uma tendência de alta junto a um volume financeiro alto, tem mais força. Afinal, a chance de um exército mais numeroso ganhar a guerra é muito maior, concorda?

A boa notícia é que não precisamos ficar assistindo essa batalha de fora, sem conseguir tirar proveito disso. Com esses indicadores da Análise Técnica, podemos enxergar como os traders estão se posicionando naquele momento e, então, definir nossa posição de acordo com isso.

Essa é atitude de muitas pessoas que se dedicam à Bolsa diariamente. Os traders conhecem bastante o mercado e conseguem aproveitar o melhor da Bolsa, independentemente se ela está em alta ou em baixa.

A importância de estudar Análise Técnica

Depois de tantas informações, imagino que esteja se perguntando como utilizar todos esses indicadores da Análise Técnica para decidir onde e quando começar a operar na Bolsa de Valores.

Com essas definições bem frescas na sua cabeça, não se esqueça do mais importante que ensinamos aqui:

Análise Técnica: uma das ferramentas mais poderosas utilizadas por operadores inteligentes na hora de encontrar oportunidades no curto e curtíssimo prazos.

Preço de uma ação: formado pela interação entre compradores e vendedores na Bolsa. Além disso, permite verificar o lado predominante em cada momento. 

Gráfico de ações: janela em que é possível observar o leilão entre compradores e vendedores. Também ilustra a variação de preços em relação ao tempo. 

Como você viu durante a leitura, a Análise Técnica é uma ferramenta essencial para encontrar boas oportunidades na Bolsa de Valores. No entanto, precisamos lembrar mais uma vez: apesar de muito eficiente, ela não consegue prever o futuro com 100% de acerto.

Para aumentar suas chances de sucesso, além de conhecer os indicadores da Análise Técnica, é fundamental fazer aulas para aprofundar seu conhecimento no assunto. E é justamente sobre isso que vamos falar no próximo tópico. Vamos lá?

Curso de Análise Técnica: como aprender a fazer análise de ações?

Olhando para tudo o que conversamos até aqui, muitas pessoas podem acabar querendo desistir de dominar a Análise Técnica como os profissionais do mercado.

À primeira vista, quem é iniciante pode se sentir confuso com tanta informação que precisa ser absorvida. Mas não desanime. Nós da Toro estamos aqui para te ajudar a aprender a dominar a Bolsa de Valores e a usar a análise de ações a favor do seu bolso.

O caminho rumo ao sucesso passa pelo conhecimento. Mas para isso, você precisa aprender com profissionais qualificados.

Normalmente, quem quer aprender a dominar a Análise Técnica está em busca de uma formação que vai do básico ao avançado para operar Day Trade. Pensando nisso, criamos um espaço com foco no seu sucesso, onde você vai aprender com nossos profissionais certificados a:

Sair do zero a zero e dominar uma das modalidades mais fascinantes e lucrativas da Bolsa de Valores.

Ir do básico ao avançado para operar Day Trade, Swing Trade e Position Trading com a ajuda de profissionais que realmente dominam o assunto.

Usar as mesmas técnicas que o time da Toro usa para encontrar as melhores oportunidades do mercado todos os dias.

Aprender a lucrar em pouco tempo sem se expor a riscos desnecessários.

Viver da Bolsa levando o Day Trade a sério e se tornar um trader profissional.

Saber como agir diante de cenários desafiadores e controlar a emoção para não tomar decisões por impulso.

Conquistar a sonhada consistência no trading, ganhando mais e perdendo menos.

Operar na Bolsa de Valores com mais segurança, utilizando as melhores ferramentas e plataformas do mercado.

Dominar a Análise Técnica para saber a hora certa de entrar e sair de uma operação, colocando o lucro no bolso.

Tudo isso e muito mais, você encontra aqui na Toro. Nossos experts podem te ajudar a vencer na Bolsa, do jeito certo, sem ter que se expor a riscos desnecessários e tomando decisões inteligentes com ajuda da Análise Técnica.

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Dúvidas frequentes sobre Análise Técnica

1. Qual a diferença entre Análise Técnica e Análise Fundamentalista?

A diferença básica entre essas duas análises é: a Análise Técnica observa o movimento do preço de uma ação ou ativo da Bolsa, por meio de um gráfico, para determinar o cenário de maior probabilidade de acontecer nas próximas semanas, horas, minutos, ou dias.

A Análise Fundamentalista, por outro lado, estuda as perspectivas de preço de uma ação para o futuro, considerando não só seu valor no momento, mas principalmente a saúde financeira e a possibilidade de crescimento do negócio.

2. Existe diferença entre Análise Técnica e Análise Gráfica?

As duas, na verdade, são a mesma coisa. Análise Gráfica é basicamente outra forma de nomear a Análise Técnica.

3. Como a Análise Técnica funciona?

A Análise Técnica utiliza os dados que o mercado expressa continuamente para interpretar a interação entre compradores e vendedores na Bolsa, naquele momento. É por isso que, para esse tipo de análise, o gráfico é fundamental. Ele é peça-chave para estudar padrões e tendências e, assim, determinar a partir de dados qual o cenário de maior probabilidade de ocorrer em breve.

4. Quais são os principais indicadores utilizados pela Análise Técnica?

Esse tipo de análise pode fazer uso de vários indicadores e, principalmente, conjugá-los para encontrar boas oportunidades de investimento no curto prazo. Alguns exemplos são:

– Índice de Força Relativa (IFR).
– Volume financeiro.
– Suportes e resistências.
– Topos e fundos.
– Médias móveis.
– Bandas de bollinger.

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