Com a recente mudança nas regulamentações, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) começaram a ganhar espaço entre investidores de varejo. Esses fundos, até então mais acessíveis a investidores qualificados, surgem como uma alternativa para diversificação da carteira, principalmente para aqueles que já possuem investimentos tradicionais em renda fixa.
O Que São FIDCs e Como Funcionam?
Imagine que uma loja de eletrônicos tenha R$ 1 milhão a receber em vendas parceladas no cartão de crédito ao longo de um ano. No entanto, o proprietário da loja precisa do dinheiro imediatamente para movimentar o negócio. Em vez de esperar o prazo de recebimento, ele pode recorrer a um FIDC, que adiantará esse valor – descontado de uma taxa – em troca de assumir o direito de receber essas parcelas no futuro. Esse é o princípio básico do funcionamento de um FIDC: antecipar fluxos de recebíveis de empresas em troca de um prêmio para os investidores.
Os FIDCs podem adquirir diversos tipos de créditos, desde vendas no crediário até mensalidades escolares e tarifas de concessionárias. Por ser uma estrutura relativamente complexa, esse tipo de fundo ainda não é amplamente conhecido entre investidores pessoa física, mas está se tornando uma opção cada vez mais relevante.
Crescimento Recente e Potencial de Mercado
Nos últimos meses, os FIDCs têm atraído um número crescente de investidores. Entre dezembro de 2023 e maio de 2024, o número de pessoas físicas investindo nesses fundos aumentou cerca de 70%, atingindo 37,8 mil investidores, de acordo com dados da Anbima. O volume financeiro movimentado também teve um salto expressivo, com um crescimento de 17,7% no primeiro semestre de 2024, totalizando R$ 11,2 bilhões em aportes.
Historicamente, a maior parte desses investidores era composta por pessoas qualificadas, ou seja, aquelas com mais de R$ 1 milhão em investimentos. Porém, com a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em outubro de 2023, investidores de varejo agora também podem acessar essa modalidade de fundo.
Os Riscos e as Vantagens dos FIDCs
Embora os FIDCs ofereçam oportunidades interessantes de diversificação e retornos competitivos, é fundamental que o investidor entenda os riscos envolvidos, principalmente o de crédito privado. Isso significa que o retorno está diretamente relacionado à capacidade de pagamento dos créditos comprados pelo fundo.
Para mitigar esses riscos, a estrutura dos FIDCs conta com vários mecanismos de controle, como a presença de consultores, auditores independentes, classificadoras de risco e agentes de cobrança. No entanto, a qualidade da gestão do fundo e a seleção criteriosa dos créditos são aspectos cruciais para o sucesso do investimento, e aqui na Ouro Preto Investimentos levamos isso muito a sério.
O Papel da Gestão e a Escolha do Fundo
Na hora de escolher um FIDC, o investidor deve prestar atenção à experiência do gestor responsável pela análise e compra dos créditos. Avaliar o histórico da gestora nos mais variados cenários da historia da empresa.
Muitos dizem que para quem está começando nesse tipo de investimento, uma boa estratégia é optar por fundos que adquiram cotas de outros FIDCs. Essa abordagem oferece uma gestão especializada e, ao mesmo tempo, pulveriza o risco.
Afinal, existe aquela máxima de mercado: “Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.
Liquidez e Condições de Resgate
Outro ponto de atenção é a liquidez do fundo, ou seja, a facilidade com que o investidor pode resgatar seus recursos. Existem FIDCs abertos, que permitem resgates a qualquer momento (respeitando eventuais carências), e FIDCs fechados, nos quais os recursos só podem ser resgatados no término do fundo ou através da venda das cotas no mercado secundário.
Adicionalmente, os rendimentos dos FIDCs podem ser pós-fixados, atrelados a indicadores como o IPCA ou CDI, ou prefixados, com taxas já definidas no momento do investimento. Em ambos os casos, há incidência de 15% de Imposto de Renda sobre os rendimentos.
FIDCs de Varejo e a Segurança do Investidor
Os FIDCs voltados para o público de varejo seguem normas específicas que visam aumentar a segurança do investidor. Entre essas regras, está a obrigatoriedade de oferecer apenas cotas seniores, que possuem menor exposição ao risco de inadimplência. Além disso, esses créditos devem ser performados, ou seja, relativos a transações já realizadas, como a venda de um produto ou prestação de um serviço.
O número de FIDCs voltados para o varejo ainda está em expansão, mas já existem gestores adaptando seus fundos para atender esse público.
Perspectivas para o Futuro
O mercado de FIDCs está em pleno crescimento. Entre dezembro de 2020 e junho de 2024, o patrimônio líquido total dos fundos cresceu 160%, atingindo a marca de R$ 561 bilhões. Sem dúvidas, a autorização para o varejo investir nesses fundos foi um acerto da CVM e boa parte do mercado acredita que o número de produtos voltados a esse público deve aumentar nos próximos meses.
A expectativa é que, com o fim do prazo para adaptação dos fundos à nova regulamentação, muitas gestoras se interessem em estruturar FIDCs direcionados a investidores de varejo, ampliando ainda mais as opções disponíveis no mercado.
Com a Ouro Preto
Os FIDCs oferecem uma oportunidade interessante para diversificação de portfólio. Para investidores de varejo, é crucial fazer uma análise criteriosa dos fundos, da gestão e das condições de resgate antes de tomar qualquer decisão. Com o mercado em expansão e novas opções surgindo, esse pode ser um bom momento para explorar essa modalidade de investimento.
Dentro desse cenário, a Ouro Preto Investimentos se destaca por oferecer FIDCs de qualidade superior, com estratégias bem definidas, gestão de risco eficiente e diversificação inteligente.
Ao planejar seus próximos passos de investimento, considere a Ouro Preto Investimentos como seu parceiro estratégico. Optar por um dos fundos da Ouro Preto pode ser o diferencial que você precisa para atingir suas metas financeiras com mais segurança e eficiência.
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