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Conforme dados do Painel de Informações do Seguro-Desemprego, gerado pelo Governo Federal, em agosto de 2024, mais de 300 mil trabalhadores solicitaram o seguro-desemprego.
Esse é um direito essencial para quem foi demitido sem justa causa, garantindo um apoio financeiro enquanto a pessoa busca uma nova oportunidade de trabalho. Assim, é importante saber todos os detalhes de como acessar esse benefício.
Aqui, vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o seguro-desemprego, quem tem direito, valores e muito mais. Confira nosso conteúdo e boa leitura!
Quem tem direito ao seguro-desemprego?
O seguro-desemprego é um benefício oferecido para quem foi demitido sem justa causa, ou seja, quando a decisão de encerrar o contrato de trabalho foi da empresa e não do trabalhador. Para ter direito ao benefício, é preciso atender a alguns critérios. Além da demissão sem justa causa, é necessário que a pessoa tenha trabalhado por um período mínimo antes de solicitar o seguro.
Para a primeira vez que o trabalhador solicita o seguro, ele precisa ter trabalhado, com carteira assinada, por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses antes da demissão. Na segunda vez, o tempo de contribuição exigido é de 9 meses nos últimos 12 meses. A partir da terceira vez, é preciso ter trabalhado por pelo menos 6 meses antes da demissão.
Esses períodos são importantes para garantir que o benefício seja destinado a quem realmente depende dele para se reerguer enquanto procura uma nova oportunidade no mercado de trabalho.
Como funciona o processo de solicitação?
Solicitar o seguro-desemprego pode parecer complicado no início, mas o processo é bem simples e foi pensado para facilitar o acesso ao benefício. Organizamos um passo a passo simples e fácil. Confira!
Documentos em mãos: antes de mais nada, você precisa reunir alguns documentos importantes, como o número do PIS (ou Pasep/NIT), carteira de trabalho, CPF, documento de identidade, e o termo de rescisão do contrato de trabalho, que a empresa deve fornecer.
Escolha o canal de solicitação: atualmente, você pode solicitar o seguro-desemprego de forma online, sem precisar sair de casa, ou presencialmente, caso prefira.
Pela internet (portal gov.br ou app): a maneira mais prática é acessar o portal gov.br (ou baixar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital no celular). Após fazer login, vá até a seção de “Trabalho e Emprego”, escolha “Solicitar Seguro-Desemprego” e siga os passos indicados. O sistema vai pedir algumas informações e, ao final, você já poderá acompanhar o andamento do seu pedido.
Presencialmente (Unidades de atendimento): se preferir, você também pode fazer o pedido em uma unidade de atendimento do trabalho, como as agências do SINE (Sistema Nacional de Emprego) ou Superintendências Regionais do Trabalho. Basta levar seus documentos e um atendente vai te orientar no processo.
Acompanhamento e pagamento: depois de fazer o pedido, é importante acompanhar o status da solicitação, o que pode ser feito tanto pelo portal quanto pelo aplicativo. Se tudo estiver certo, o pagamento será liberado nas datas indicadas.
Prazos e requisitos para receber o seguro
Os prazos para solicitar o seguro-desemprego são muito importantes e devem ser respeitados para garantir o recebimento do benefício.
Após ser demitido sem justa causa, o trabalhador tem um prazo de 7 a 120 dias corridos para fazer o pedido. Isso significa que você pode solicitar o seguro logo na primeira semana após a demissão ou até, no máximo, quatro meses depois.
Se você é trabalhador doméstico, o prazo para solicitar o seguro-desemprego é um pouco menor, de 7 a 90 dias corridos após a demissão. Para que o seu pedido seja aprovado, além de respeitar esse prazo, você também precisa atender aos requisitos básicos, como:
Ter sido demitido sem justa causa.
Cumprir o tempo mínimo de trabalho exigido, que varia conforme quantas vezes você já solicitou o benefício (12 meses na primeira vez, 9 na segunda e 6 meses nas demais), conforme mencionamos anteriormente.
Sobre a documentação necessária, é importante ter todos os papéis em mãos para que o processo seja mais rápido e tranquilo. Veja os principais documentos que você vai precisar:
Documento de identidade (RG ou CNH, por exemplo).
CPF.
Carteira de trabalho (para comprovar o tempo de serviço).
Termo de rescisão do contrato de trabalho (fornecido pela empresa no momento da demissão).
Número do PIS/Pasep/NIT (consta na carteira de trabalho).
Seguindo esses prazos e reunindo toda a documentação, o processo fica bem mais fácil, e você pode garantir esse suporte financeiro que vai te ajudar enquanto busca uma nova oportunidade de recolocação profissional.
Valores e quantidade de parcelas do benefício
Agora que você sabe mais sobre o seguro-desemprego, quem tem direito e como solicitá-lo, pode entender como funciona a definição de valores e número de parcelas a ser recebido pelo trabalhador.
O valor do seguro-desemprego é calculado com base no salário que você recebia antes de ser demitido. O governo faz uma média dos seus últimos três salários e, a partir dessa média, define o valor da sua parcela mensal.
Mas, atenção: há um valor máximo que pode ser pago, mesmo que sua média salarial seja maior. Atualmente, esse teto é reajustado todo ano, então é importante verificar o valor atualizado na hora de solicitar o benefício.
Confira a tabela do seguro-desemprego 2024, vigente desde 11 de janeiro de 2024:
Quantas parcelas posso receber?
A quantidade de parcelas depende de quanto tempo você trabalhou com carteira assinada nos últimos 36 meses. Veja como funciona:
3 parcelas: se você trabalhou entre 6 e 11 meses (válido a partir da terceira solicitação).
4 parcelas: se trabalhou entre 12 e 23 meses.
5 parcelas: se trabalhou 24 meses ou mais.
Entender como o valor é calculado e quantas parcelas você pode receber é essencial para se planejar financeiramente durante a busca por uma nova oportunidade. O seguro-desemprego é uma rede de proteção, e saber como ele funciona vai te ajudar a passar por esse período com mais tranquilidade.
Recursos e revisões no seguro-desemprego
Se o seu pedido de seguro-desemprego foi negado ou o valor que você recebeu não parece correto, é importante saber que você pode solicitar uma revisão. Esse processo é bem simples e está disponível para te ajudar a garantir que seus direitos sejam respeitados.
Se o benefício foi negado, o primeiro passo é verificar o motivo da recusa. Isso pode ser feito pelo portal gov.br ou no aplicativo Carteira de Trabalho Digital. Muitas vezes, a negativa acontece por erros no sistema ou falta de informações que podem ser corrigidas.
Reúna os documentos, vá até uma agência do SINE ou uma Superintendência Regional do Trabalho com seus documentos e peça uma revisão do seu caso. Após solicitar a revisão, fique de olho no andamento do pedido pelos mesmos canais digitais ou na unidade de atendimento onde fez o pedido.
Dica: Calendário PIS 2024: confira as datas
Se o valor das parcelas que você está recebendo não parece correto, você também pode pedir uma revisão. Isso pode acontecer, por exemplo, se a média salarial não foi calculada de maneira adequada ou se houve erro nos seus dados.
Consulte a média dos seus três últimos salários para ter certeza de que o valor está certo. O valor de cada parcela deve seguir as faixas salariais, como explicamos anteriormente.
Caso identifique um erro no valor, vá até uma unidade de atendimento do trabalho, como as do SINE, ou faça a solicitação de correção pelo portal gov.br ou pelo app Carteira de Trabalho Digital. Leve ou anexe os documentos que comprovam o valor correto dos seus salários.
Assim como no caso de uma negativa, você poderá acompanhar o andamento da correção pelos canais digitais.
Seguro-desemprego: apoio financeiro para o trabalhador
Compreender todos os aspectos do seguro-desemprego é fundamental para garantir que você tenha acesso a esse suporte financeiro essencial durante a busca por novas oportunidades. Informar-se sobre os critérios, prazos e o processo de solicitação pode fazer toda a diferença na hora de se reerguer após uma demissão.
Lembre-se de que, em caso de dúvidas, você pode sempre buscar orientação em fontes confiáveis, garantindo que seus direitos sejam respeitados.
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O post Seguro desemprego: quem tem direito e qual o valor? foi publicado por primeiro em Blog da Cresol.