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O subtítulo deste artigo é uma frase famosa, que possui destaque no livro de Marshall Goldsmith, obra reconhecida em 2016 pela Amazon como um dos ‘100 melhores livros sobre liderança e sucesso’. Em suma, o livro conta sobre como agir (e reagir) em cenários de conforto e conformismo. De fato, não podemos esperar nada novo se nós também não provocamos a mudança, não é verdade?
Conectado a esse ponto, dentro do jurídico corporativo – área de atuação a qual todos esses autores se conectam e se filiam atualmente – trazemos mais uma constatação: existem inúmeras áreas dentro da advocacia em que podemos fazer carreira e ainda são pouco exploradas. Uma dessas áreas, sem sombra de dúvidas, é a de Legal Business Partner, posição também conhecida como ‘parceiro de negócios’ ou como o consultor que faz a 1ª conexão entre o cliente e o time jurídico.
É verdade que o conceito de Business Partner não é novo. Surgiu na década de 80 e foi desenvolvido pelo professor David Ulrich[1], da Universidade de Michigan e especialista em Recursos Humanos. Ao pensar sobre o conceito, a ideia do professor era aproximar a área de RH às demais áreas de negócios, potencializando sua atuação. Segundo ele – vivo e ativo academicamente – ter uma área suporte como RH alinhada às necessidades que as áreas de negócio precisam é uma forma efetiva e inteligente de aumentar os resultados.
Como definido no Gartner Finance Glossary[2], “Uma parceria de negócios eficaz pode melhorar a velocidade e a qualidade das decisões que afetam os resultados da organização e, em última análise, geram valor comercial.”
Visando esta maior eficiência, trouxemos esse conceito para o nosso mundo jurídico. Em muitas organizações, é comum que a estrutura do Jurídico seja desenhada a partir do modelo de Business Partner por área ou diretoria estratégica. Assim, cada núcleo tem um “advogado para chamar de seu”, colocando os advogados verdadeiramente conectados com o negócio.
Em termos de organização, também pode acontecer de o Jurídico ter uma estrutura voltada exclusivamente a centros de experiência (“CoE” ou “Center of Expertise”), com a formação clássica em áreas trabalhista, tributária, contratos, contencioso ou até mesmo… uma atuação híbrida. Sim, pode ocorrer de uma determinada organização ter como 1º atendimento o Business Partner e, na impossibilidade de não conseguir ajudar ali e ter a necessidade de um envolvimento mais técnico e aprofundado, termos o direcionamento para o CoE. Essas atuações híbridas são muito comuns em grandes empresas.
Bem, para simplificar a narrativa, neste artigo vamos chamar o Business Partner de “BP Jurídico”. Sem sombra de dúvidas, enfatizamos e afirmamos: há muitas oportunidades nesta área – e ainda – pouca competição. Veja, por mais que cada um de nós possamos falar com facilidade pelo menos 20 profissionais os quais admiramos, o oceano da advocacia corporativa é ainda pouco explorado. Se você gosta de praia e analogias marítimas, podemos dizer que estamos no litoral, as oportunidades inexploradas e escondidas em águas abissais. Afirmamos isso apresentando dados: somos mais de 1,3 milhão[3] de colegas com a OAB ativa e que podem estar assessorando as mais de 1 milhão de empresas de médio e grande porte ativas[4]. Será que estamos fazendo isso da forma correta, direcionada e estruturada?
Então, se há inúmeras oportunidades em ser um BP Jurídico de excelência e, em virtude do exposto, pouca competição… por que não começar pelo básico? Sim, o óbvio precisa ser dito. Antes de ser um excelente BP no Jurídico e um advogado de destaque, você precisa ser, antes de mais nada, um bom ser humano. A partir deste momento, convidaremos você a fazer algumas reflexões:
Independentemente do seu momento de carreira, qual é o estilo de liderança que você gostaria de ser lembrado?
Quando surge uma notificação de mensagem no seu chat corporativo, você trata as pessoas de forma diferente conforme o cargo que elas ocupam?
Entende quais são as regras fundamentais para aplicar um bom feedback de acordo com a prática da liderança situacional?
Consegue fazer a gestão das atividades delegadas sem aplicar o microgerenciamento no time?
Ao surgir uma demanda de negócio, você procura entender de onde surgiu a demanda, questiona os motivos pelos quais a área está propondo determinada solução, traz obstáculos e aponta falhas no projeto ou de imediato se dispõe a pensar junto com a área de negócios alternativas seguras e eficientes para contornar os problemas e fazer o negócio acontecer?
Superadas essas reflexões profissionais e que guardam destaque com a narrativa que gostaríamos de apresentar, passemos unicamente ao título do ensaio: como começar? Como sair do contencioso e ir para o consultivo, como se aplicar para uma vaga business partner ou como se tornar um, naturalmente, algo que você carregará consigo e fará com que surja no cotidiano de suas atividades?
A seguir, daremos algumas ideias de como você pode se preparar. Todas elas possuem embasamento na nossa experiência profissional e esperamos que ajude na sua trajetória de alguma forma:
Conheça o setor: entenda quais são os desafios, as associações de classe, as dificuldades da atividade econômica, as leis e a regulação do setor e como o segmento está no Brasil e no mundo. Conheça quem são as pessoas chave, os competidores e entenda a dinâmica do mercado. Faça as suas próprias anotações, tire as suas próprias impressões e analise as opiniões de especialistas – elas são cruciais para a formação de novas conclusões.
Entenda o negócio: conheça a estrutura da organização, as principais áreas e como elas convergem para uma atuação estratégica na execução do plano de negócios. Quais são os produtos e/ou os serviços oferecidos? Como estão as vendas? Quais são as principais fontes de renda da empresa? Quais produtos e serviços possuem maior e menor margem de lucro? Quais são as metas da empresa? E a saúde financeira da organização? Esse tópico é fundamental, uma vez que você estará assessorando uma área de negócios e precisa entender quais são os indicadores que ajudará atingir para que as metas no final do ano sejam alcançadas.
Entenda seu cliente: esse é o ponto mais sensível, mas nada que você não esteja pronto para ir adiante. Aqui, especificamente, preparamos algumas ações que poderão ajudar no seu objetivo e desenvolvimento profissional em ser um BP Jurídico completo e focado em resultados desde o 1º contato.
Entenda quais são as metas do seu cliente interno, e por que tais metas são relevantes para ele.
Cocrie metas compartilhadas, que dependerão diretamente tanto do seu cliente quanto de você.
Defina fluxos de trabalho e prazos, ou alinhe as expectativas sobre prazo, qualidade e quantidade de trabalho. O combinado não sai caro!
Defina KPIs – Key Performance Indicators (indicadores de desempenho) que permitam monitorar a evolução dos trabalhos.
Elabore um planejamento anual, com entregas mensais, trimestrais, semestrais e, é claro, anuais.
Estabeleça encontros periódicos para análise de resultados e eventuais ajustes.
Marque recorrências periódicas de alinhamentos, buscando evitar inúmeras reuniões desnecessárias e prejuízo à saúde mental.
Peça feedbacks, ouça, analise os comentários e os aproveite para melhorar seu desempenho.
Estude. Ser um profissional generalista não é ser superficial e, sim, entender que para casos mais complexos vocês necessita da ajuda de um especialista em determinados temas.
Troque experiências de sucesso e de frustrações com profissionais que admira pelo perfil multidisciplinar e tomador de decisões. Conhecer histórias é um ótimo método para aprender.
Gere confiança no seu cliente.
Realize gestão embasada por dados: seus clientes são pressionados por entregas e, você, por ser um profissional jurídico que entrega segurança jurídica. É possível decidir com base em dados e probabilidade? Sim. Olhe para seu contencioso. Daremos um exemplo: não tenha medo de reduzir cláusulas ou remover disposições que nunca sequer foram discutidas na relação comercial entre as partes. Se o total de discussão for zero e o assunto nunca tiver sido objeto de uma ação no seu contencioso… remova ou reduza. Isso é decidir com base em dados e entregar um contrato mais simples e um processo de negociação mais ágil.
Seja proativo e preventivo: um bom BP Jurídico atua antecipando tendências e com foco em prevenção. Analise as tendências que podem ser aproveitadas pelo seu cliente e demonstre conhecimento do assunto para ajudá-lo no atingimento de metas. Essa atitude visionária não só ajudará na parceria e no clima organizacional, como também será o diferencial para você ser reconhecido como um BP Jurídico viabilizador de negócios, um profissional criativo, inovador e viabilizador de grandes resultados.
Realize análise crítica: verifique se as informações recebidas fazem sentido (se não fizerem ou se tiver dúvida, questione!). Quanto mais você entender a razão das coisas, mais conseguirá contribuir e agregar para a companhia.
“Sempre foi assim” não é resposta e nem justificativa: não é porque sempre foi assim que deverá continuar sendo. É necessário entender a razão das coisas, dos procedimentos e verificar se continuam adequados à atual realidade. Se não estiverem, ajuste-os, altere-os ou até mesmo remova-os. Este tipo de comportamento é essencial para a evolução, afinal, como bem diz o subtítulo deste artigo: “O que te trouxe até aqui não é o que vai te levar adiante”.
Aprenda continuamente: em um mundo de negócios dinâmico, com mudanças rápidas e constantes, o aprendizado continuado é vital para a formação, também contínua, de um BP Jurídico. A adaptação às evoluções do ambiente de negócios não aprimora somente as habilidades existentes, mas também permite a assimilação de novas perspectivas, o que é crucial para a tomada de decisões. A aprendizagem contínua não é apenas um processo individual, mas uma forma de promover uma cultura organizacional centrada no crescimento, em que inovação e excelência são estimuladas pelo comprometimento coletivo com o desenvolvimento constante. A forma mais simples de exercer o aprendizado contínuo é perguntando o “porquê” das coisas. E, lembre-se, a capacidade de adaptabilidade é o ouro da nova era profissional, em que flexibilidade e resiliência são os grandes destaques.
Desenvolva habilidades de comunicação: centrado no pilar que organizações e negócios são sempre sobre pessoas, o domínio da comunicação é o fio condutor para gerar sinergia e engajamento em qualquer projeto. Ser claro e conciso ao se comunicar, ouvir com atenção as necessidades e preocupações das partes interessadas – sim, ouvir é parte essencial da boa comunicação – e adaptação do estilo de linguagem escrita e oral para diferentes públicos vão catapultar seu sucesso profissional. Dê atenção, demonstre interesse em ouvir e ajudar o seu cliente. E tenha uma comunicação simples, evitando termos jurídicos que dificultem a compreensão.
Reflita sobre o seu valor: Um BP Jurídico que possui autoconsciência de sua importância para o negócio tem uma compreensão clara do seu valor e pode transmitir com mais facilidade sua relevância estratégica para a empresa. Esse reconhecimento gera um maior engajamento, estimulando a participação ativa nas discussões sobre a modelagem dos negócios e em temas estratégicos de alta relevância. Ao reconhecer e valorizar o papel do BP Jurídico, fortalecemos não apenas o departamento jurídico, mas também o sucesso e a sustentabilidade de toda a organização.
Aprimore suas habilidades de gestão: se você atua em multinacional, veja como seus pares atuam em outras unidades de negócio. Caso não, buscar melhores práticas com colegas do setor ou de outras empresas pode te inspirar a aperfeiçoar sua jornada de encantamento junto aos seus clientes.
Ainda que o objetivo desse artigo seja dividir experiências sobre o que fazer para tornar-se um Legal Business Partner, algumas reflexões ainda podem estar pairando se você fez isso tudo e nada aconteceu. Daí, as perguntas surgem: como movimentar minha zona de conforto para que eu também possa virar um parceiro de negócios? Quais atitudes devo tomar ou iniciativas devo endereçar para que a organização e a liderança confiem em mim para ser esse consultor jurídico de negócios da operação?
Olhe para dentro. As respostas certamente estão na sua estratégia de posicionamento profissional e na construção dos objetivos de baixo, médio e longo prazo. O alinhamento com seu gestor – e, é claro, com a organização – deve ser feito sem qualquer medo. Repetiremos a frase dita no início: às vezes o óbvio precisa ser dito. Verbalize que você quer uma experiência no consultivo e quer uma atuação como BP Jurídico. Sem medos!
Todos nós, autores deste pequeno texto, somos fãs deste modelo de atuação. Gostamos de respirar o negócio, vibrar com as entregas, nos apaixonamos pelo problema e sempre gostamos de ir além da atuação jurídica em si. Aqui, dividimos essa paixão.
Aliás… Imagina se, em vez de ouvir histórias de baixa produtividade, falta de entrosamento do Jurídico e não conhecimento do negócio pelos advogados… A gente conhecesse mais casos onde os profissionais desempenharam o ápice de sua função como BP no Jurídico, merecendo destaque pela atuação como líderes de negócio com visão, viabilizando projetos e parcerias?
Essa realidade não é difícil de chegar.
[1] Acesse o perfil do professor David Ulrich no LinkedIn. Disponível em <https://www.linkedin.com/in/daveulrichpro/>. Acesso em 05/02/2024.
[2] Definição de Business Partner do Gartner Finance Glossary. Disponível em <https://www.gartner.com/en/finance/glossary/business-partnering#:~:text=Business%20partnering%20is%20the%20application,business%20units%20throughout%20an%20organization.> Acesso em 25/05/2024.
[3] Informações extraídas do site Poder 360. Disponível em <https://www.poder360.com.br/justica/brasilia-e-unidade-da-federacao-com-mais-advogados-por-habitante/#:~:text=2023).,para%20cada%20100%20mil%20habitantes’>. Acesso em 26/01/2024.
[4] Informações extraídas do Jornal O Globo e do Portal Gov. Disponíveis, respectivamente, em <https://oglobo.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2023/12/13/brasil-tem-mais-de-2-milhoes-de-novas-empresas-em-2023.ghtml> e <https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2023/maio/brasil-teve-1-3-milhao-de-empresas-abertas-no-1o-quadrimestre-de-2023>. Ambas acessadas em 26/01/2024.