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O Brasil, que ocupa a terceira posição no ranking global de populações carcerárias, exibe um sistema prisional que espelha as intensas desigualdades sociais, raciais e educacionais do país. A maioria dos detentos é composta por pessoas negras, jovens e de baixa escolaridade. Para ex-detentos, a libertação não representa o fim dos desafios, mas o início de uma nova série de provações que se estendem desde antes de sua prisão até muito depois de sua liberação. Assim, como se reintegram à sociedade aqueles que deixam a prisão?
Muitos dos egressos já viviam em condições de vulnerabilidade antes da prisão e, durante o encarceramento, enfrentam a falta de oportunidades para qualificação profissional ou educacional, além de um enfraquecimento de seus laços sociais e familiares. Ao serem liberados, esses indivíduos não encontram suporte governamental para sua reintegração na sociedade.
Na maioria dos casos, egressos retornam a ambientes problemáticos, sem o respaldo familiar e sem recursos financeiros, muitas vezes recorrendo a empregos de baixo prestígio. Além disso, problemas de saúde física e mental, incluindo dependência química, complicam ainda mais a situação, sem que haja orientação ou apoio estatal adequado para enfrentar tais desafios.
Os investimentos públicos em segurança são prioritariamente direcionados ao policiamento e à manutenção do sistema prisional, com bilhões de reais alocados anualmente. Em contraste, programas de reintegração social recebem apenas uma pequena parcela desses fundos.
Dados de 2022 da plataforma Justa indicam que o policiamento recebeu R$ 35,9 bilhões, as prisões R$ 8,8 bilhões, enquanto apenas R$ 13 milhões foram destinados ao suporte pós-liberdade. Essa disparidade de recursos enfatiza a contínua exclusão social e marginalização dos ex-detentos, deixando-os sem suporte necessário para alterar suas circunstâncias de vida.
Frequentemente, as únicas oportunidades de trabalho disponíveis para ex-detentos provêm do crime, o que contribui para altas taxas de reincidência. O retorno ao crime acarreta elevados custos sociais, agravando situações de pobreza e estigmatização, gerando ainda despesas significativas com investigações, julgamentos e procedimentos legais e prisionais. Para enfrentar esse complexo desafio social, é fundamental a colaboração entre diversos setores.
Existem sinais positivos nesse sentido, com vários países adotando iniciativas colaborativas que promovem a reintegração social, uma questão que transcende fronteiras nacionais. Recentemente, o Instituto Igarapé analisou cinco dessas iniciativas, implementadas em diferentes partes do mundo e que oferecem inspiração e alguns caminhos. Ao unir esforços dos setores público, privado e da sociedade civil, estas redes buscam otimizar recursos e superar os obstáculos comuns, promovendo a otimização da participação social, do encaminhamento para políticas públicas e do financiamento destes esforços.
As iniciativas também se destacam por suas abordagens inovadoras frente às dificuldades enfrentadas pelos egressos. Atuando coletivamente em áreas como advocacy, captação de recursos, monitoramento de dados, capacitação e campanhas de comunicação social, elas demonstram que a cooperação entre diferentes atores pode resultar em impactos positivos e sustentáveis. O Portal para Liberdade, uma iniciativa do Instituto Igarapé que disponibiliza informações, dados e recursos sobre os desafios enfrentados pelos ex-detentos, também reforça e incentiva a ação coordenada entre diferentes atores.
A reintegração social é mais do que um direito humano fundamental; é uma necessidade premente para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e segura. Cada um de nós tem um papel crucial a desempenhar para alcançar esse objetivo. Unindo esforços, temos o poder de amplificar significativamente os impactos dessas ações, promovendo mudanças substanciais e duradouras na maneira como reintegramos aqueles que retornam do sistema prisional à sociedade.