Trabalhadores das empresas estão gastando mais com plano de saúde, diz pesquisa

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Funcionários de empresas privadas estão enfrentando um aumento nos gastos com plano de saúde neste ano, segundo a “Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-Estar 2024”, realizada pela corretora Pipo Saúde, em parceria com a MIT Management Sloan Review Brasil, da universidade americana Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Segundo a pesquisa, que está em sua terceira edição, houve um aumento expressivo da participação dos funcionários no custeio do plano de saúde, passando de 40% em 2023 para 55% em 2024.

Além disso, observou-se um crescimento no número de empresas que adotam a coparticipação em planos de saúde, saltando de 52% para 65%, enquanto houve uma redução de 15% no número de empresas que ofereciam o plano sem contribuição.

O estudo também constatou que o plano de saúde permanece como benefício de saúde mais oferecido pelas empresas (88%), pelo terceiro ano consecutivo. Para os funcionários, o plano de saúde continua sendo o benefício mais relevante, com uma taxa de 69,5% de preferência.

Outra tendência observada foi a redução da modalidade compulsória, na qual as empresas incluem os colaboradores obrigatoriamente no benefício, que caiu de 52% em 2023 para 37% neste ano.

Em casos de internação, 65% dos colaboradores escolheram o apartamento como formato preferencial, enquanto 35% optaram pela enfermaria. Com relação ao upgrade – a possibilidade de aumentar a cobertura ou abrangência do plano –, 57% das empresas não oferecem a opção.

Quanto aos benefícios oferecidos pelas empresas, 72% oferecem plano odontológico, 66% oferecem seguro de vida e 58% oferecem os três benefícios, incluindo o plano de saúde. A maioria das empresas (94%) oferecem, no plano de saúde, a cobertura completa (ambulatorial, hospitalar e obstetrícia), e 6% oferecem apenas a cobertura hospitalar.

A pesquisa identificou que as dificuldades recentes do mercado de planos de saúde, marcada por prejuízos e reajustes, é atribuída às demandas represadas durante a pandemia, especialmente em tratamentos e terapias eletivos, além da insegurança regulatória.

“Nos últimos 12 a 18 meses, com o fim da pandemia, vimos um aumento na frequência de utilização de serviços de saúde. Houve ainda alta inflação na área da saúde, explicada por novas tecnologias e tratamentos. Isso fez com que o mercado de saúde suplementar tivesse um alto prejuízo em 2022 e início de 2023, que está sendo revertido através de reajustes de preços elevados. Este alto reajuste nos planos de saúde impactam tanto contratantes, as empresas, como beneficiários, seus colaboradores”, explica Thiago Torres, cofundador e Chief Revenue Officer da Pipo Saúde.

Além disso, foram destacadas as mudanças pró-consumidor, a alta inflação do custo médico hospitalar e a maior frequência de utilização de serviços de saúde, devido ao envelhecimento populacional, como fatores relevantes.

A pesquisa consultou 800 mil colaboradores de 536 empresas, de 17 segmentos Entre os principais segmentos dessas empresas, destacam-se serviços (20,3%), tecnologia e telecomunicação (17,7) e educação (13,4%). 62,6% dos funcionários consultados estão concentrados no Sudeste, seguidos do Sul (16,9%) e do Centro-Oeste (9,1%).

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