No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Recuperação judicial ‘não pode ser banalizada’, diz Fávaro

Spread the love

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) medidas para conter o aumento no número de pedidos de recuperação judicial (RJ) por parte de produtores rurais pessoas físicas.

Nesta segunda-feira (11), Fávaro participou de uma reunião com o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, em Brasília.

Uma das propostas apresentadas por Fávaro foi o apoio do CNJ na orientação da adoção dos critérios previstos na Lei de Recuperação Judicial e Falências, especialmente em relação à Lei nº 14.112/2020.

Há uma preocupação com o uso e a interpretação das disposições legais relativas às recuperações judiciais e falências.

“A recuperação judicial é um instrumento legítimo, importante, e não pode ser banalizado”, disse Fávaro.

Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!

“É para casos extremos, mas foi desvirtuada. Não só produtores, mas também corretoras e empresários se beneficiam desse instrumento para negar a conta. A verdade é essa. Sempre fui a favor de que contrato que se assina tem que ser cumprido. Se tem dificuldade, senta-se com o credor e renegocia. Quebra de contrato é pior coisa que pode existir, pois traz insegurança jurídica para o campo”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, em entrevista à Rádio Cultura FM, nesta segunda-feira (11).

O Ministério da Agricultura afirma que a recuperação judicial, embora legal, pode gerar efeitos negativos para o agronegócio como um todo, especialmente na confiança do capital privado no setor e no encarecimento do crédito.

Pedidos de RJ crescem 535%

De acordo com a Serasa Experian, os pedidos de recuperação judicial de produtores rurais pessoas físicas tiveram um aumento significativo em 2023.

Os dados revelam um salto de 535% em comparação com o ano anterior. Desde 2017, tem havido um crescimento constante nesses pedidos, com o ápice alcançado em 2019, com 145 casos.

Instrumento pode trazer efeitos negativos, diz entidade

Líder nacional em produção agrícola, Mato Grosso também lidera o ranking nacional de pedidos de recuperação judicial.

Nos primeiros nove meses de 2023, foram feitos 80 pedidos, em comparação com 20 em 2022, representando um crescimento de 300%.

A Organização das Cooperativas do Brasil em Mato Grosso (OCB/MT) adverte que a recuperação judicial, embora possa parecer uma solução para redução de dívidas, traz consigo uma série de desafios e riscos para os produtores.

Frederico Azevedo, superintendente da OCB/MT, ressalta que a entrada nesse processo pode resultar em restrições de crédito a médio prazo, além de limitar a autonomia do produtor sobre seu próprio negócio.

“Aparentemente, a recuperação judicial é apresentada como a solução para redução de dívidas, mas isso passa longe da verdade. Fato é que o produtor passa a não ser mais gestor de seu negócio, a ter o crédito restrito seja por custo ou por não concessão, e todos os seus credores – sejam agentes de crédito ou um pequeno comerciante da cidade – passa pelo mesmo problema”, ressaltou.

Diante desse cenário, a OCB/MT tem buscado alternativas para fortalecer a cadeia agroindustrial e mitigar os impactos da crise.

Algumas das estratégias recomendadas incluem renegociar dívidas, diversificar as fontes de crédito e investir em tecnologias que aumentem a eficiência produtiva.

A reestruturação extrajudicial do negócio, aliada a uma gestão financeira eficiente e à busca por soluções sustentáveis, pode oferecer uma saída mais viável.

“O produtor que, eventualmente, tenha tido problemas na safra 2023/2024 pode se valer de iniciativas de renegociação direta com seus fornecedores de crédito e, no caso de recursos tomados com crédito oficial, a apresentação de laudo agronômico informando a gravidade do problema possibilita a prorrogação do vencimento da parcela. No caso de entrega de produtos, tem-se observado que as tradings e indústria estão sensíveis com os produtores que estejam atravessando qualquer problema”, reforçou Frederico Azevedo.

O post Recuperação judicial ‘não pode ser banalizada’, diz Fávaro apareceu primeiro em Canal Rural.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *