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Acompanhe o sexto dia da Novena de Natal, um tempo especial marcado pela feliz espera do nascimento de Jesus.

Ouça o sexto dia da Novena na íntegra:

Há muitos que gostam de, neste tempo, montar o presépio na sala de casa para lembrar que o Natal se aproxima. E que alegria! Mas a maioria se esquece de preparar o presépio do coração com gestos de bondade, arrependimento, conversão, perdão e amor para receber, em sua alma, o Senhor da vida. Demos início ao sexto dia da Novena de Natal.

Sexto dia

Senhor Deus, que escolheste José para ser o guardião de Jesus, ajuda-nos a imitar sua fé e confiança em Ti. Amém!

Palavra de Deus

Mateus 1,18-25

Zacarias perguntou ao anjo: “Como terei certeza disso? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada”.

O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta feliz nova.

Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto que não deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo”.

No entanto, o povo estava esperando Zacarias; e admirava-se de que ele se demorasse tanto tempo no santuário.

Ao sair, não lhes podia falar, e compreenderam que tivera no santuário uma visão. Ele lhes explicava isto por acenos; e permaneceu mudo.

Decorridos os dias do seu ministério, retirou-se para sua casa.

Algum tempo depois Isabel, sua mulher, concebeu; e por cinco meses se ocultava, dizendo:

“Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu opróbrio dentre os homens”.

Palavra da salvação.
Glória a vós Senhor!

Reflexão e partilha da Palavra

“um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho dizendo: José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado provém do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e você o chamará com o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. (Mt 1, 20-21).

Jesus se fez homem e nasceu da Virgem Maria para nos salvar. Ele nos reconciliou com Deus: “O Pai enviou o Filho como Salvador do mundo” (1 Jo 4,11) e “Ele veio para tirar os nossos pecados. (1 Jo 3,5). Nós estávamos enfermos, feridos em nossa natureza, e precisávamos ser curados; estávamos decaídos. e precisávamos ser levantados; encontrávamo-nos mortos por causa de nossos pecados, e precisávamos ser ressuscitados.

Tínhamos perdido a graça de Deus, tínhamos perdido o céu e a posse do bem, de todo o bem, e precisávamos que nos fossem restituídos. Jazíamos trancados na escuridão, precisávamos de quem nos trouxesse à luz; acorrentados, esperávamos um Salvador. Seguíamos presos à espera de um auxílio. Havíamos sido escravizados e precisávamos de um libertador. Nossa situação era gravíssima, meus irmãos. E nada podíamos fazer por nós mesmos, mas Deus, que é rico em misericórdia, teve tal compaixão de nós, ao vermos em estado tão miserável, em estado tão infeliz, que desceu, assumiu a nossa condição e nos salvou.

Acolhendo Deus em nossos corações, o poder da companhia divina

Deus fez-se um de nós para que conhecêssemos o Seu amor. “Nisto se manifestou o amor de Deus, diz A Misericórdia que Transforma São João, em nos ter enviado ao mundo o Seu Filho Único, para que vivamos por Ele”. (1 Jo 4,9). “Pois Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Jesus veio para nos ensinar o caminho do céu, que é a santidade. Diz Ele: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”. (Mt 11,29) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo 14,6). E o Pai confirma isso quando diz: “Escutai-o!” (Mc 9,7). Sim, Jesus nos mostra o que devemos fazer para ter a vida eterna e como devemos agir como filhos de Deus, ou seja, amar como Ele amou, e segui-lo incondicionalmente.

Deus se tornou um de nós, veio participar da nossa vida a fim de que pudéssemos participar da vida dele. Ele quis que nos tornássemos divinos. Veio ser como nós, para que sejamos como Ele. Foi por isso que Jesus se encarnou. Veja que maravilha! O filho de Deus se fez homem, se fez filho do homem para que cada homem e cada mulher na face da Terra pudessem se tornar um com Ele, pudessem ser adotados por Deus e assim se tornassem filhos de Deus.

Acolhendo a presença de Deus, verdadeiro presente do Natal

Dizia Santo Atanásio já nos primeiros séculos: “O filho de Deus se fez homem para nos fazer Deus”. E tudo isso é dom, gente. É presente do Senhor para nós neste Natal. Nós não temos que dar nada em troca. Tudo o que Ele nos pede é que nós lhe abramos as portas do coração. “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e tomarei a refeição com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).

São José aceitou a vontade de Deus que batia na porta do seu coração e obedeceu. José abriu a porta de sua vida para o Senhor, mesmo sem entender completamente tudo que estava acontecendo. Hoje, Jesus está batendo à porta do coração de cada um de nós e nos oferecendo um recomeço, uma vida nova. Tudo o que Ele quer é que nós o convidemos a entrar. Ele está lhe dizendo para não ter medo de recebê-lo, tal como fez com São José e está lhe perguntando se você O aceita. Saiba que Jesus nunca obrigará você. Ele só entra no coração que se abre por livre e espontânea vontade.

A presença de Cristo, a misericórdia transformadora

Quantas e quantas vezes Jesus tem batido e esperado junto à sua porta? Dessa vez, abra-lhe. Não faça de conta que você não está ouvindo. Diga-lhe que entre. Você só tem a ganhar. Jesus não forçou São José, não forçou Nossa Senhora e também não vai forçar você. Ele não oprime ninguém. Ele quer amigos, não quer escravos. Cada um deve agir de acordo com o próprio coração. Mas é a sua grande chance. A oportunidade que há tanto tempo você esperava. Abra as portas a Jesus e convide-o a entrar no mais íntimo do seu ser.

A quem se decepcionou colocando a sua felicidade nas mãos de outra pessoa, a quem de repente descobriu que estava perseguindo um sonho vazio, eu gostaria de dizer, neste Natal, dê uma oportunidade a Jesus. Você verá que ele não trai, não engana e, quando ele entra, o mal tem que sair. Seja esse mal qual for: tristeza, angústia ou qualquer tipo de opressão. Abrir a porta do coração a Jesus que bate.

O primeiro e mais bonito gesto que podemos fazer no Natal não é oferecer algo a Deus, e sim receber, com admiração e gratidão, o presente que o Pai do céu nos dá, o seu filho Jesus Cristo.

Os desafios de acolher Jesus em nosso coração

Conta uma antiga história que entre os que visitaram Jesus na noite de Natal, havia um jovem pastorzinho de ovelhas muito pobre, que lá chegou sem nada para oferecer a Nossa Senhora. Envergonhado, ele se colocou num canto da gruta enquanto os outros disputavam entre si para poder chegar o mais perto possível da Virgem Maria. Cada um queria entregar em primeira mão o presente que havia trazido. Nossa Senhora não conseguia pegar todos os presentes que lhe entregavam, já que ela tinha que segurar o menino Jesus nos braços. Então, vendo ali do lado o pastorzinho com as mãos vazias, Nossa Senhora pega o menino Jesus e o entrega para que ele segure. A sorte do rapaz.

A sorte do pastorzinho foi estar de mãos vazias, por não ter nada a oferecer. Que o não termos nada a oferecer seja também a nossa sorte diante de Deus nesse dia. Talvez você não tenha nada para dar a Deus e talvez isso seja exatamente a sua sorte. Nesse momento vamos dizer de algum modo a nosso Senhor que as nossas mãos vazias anseiam por Ele.

Peçamos que Jesus venha habitar em nosso coração, que ele entre, que ele faça parte da nossa vida. Diga a Ele que você o reconhece como seu Deus. E se você até puder, nesse momento, agora, ajoelhe-se e faça o seu convite pessoal a Jesus. Permita que de uma maneira especial ele venha viver em seu coração. Peça-lhe o que você mais precisa. Peça-lhe. E diga-lhe com as suas palavras que quer experimentar o socorro e o amor d’Ele na sua vida ainda hoje. Fale com Ele. Faça a sua oração. E veja então o que acontece.

Eis que uma grande luz resplandece na noite escura. Esperança homens e anjos cantam. Nasceu o Salvador.

Transcrito e adaptado pela equipe do Formação Canção Nova
Reflexão: Márcio Mendes