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“Compartilhar conhecimento não é sobre dar algo às pessoas ou obter algo delas. Isso só é válido para a troca de informações. O compartilhamento de conhecimento ocorre quando as pessoas estão genuinamente interessadas em ajudar umas às outras a desenvolver novas capacidades para agir; é sobre criar processos de aprendizagem”.
Citação atribuída à Peter Senge
A busca contínua por aprendizado e conhecimento ao longo da vida, independentemente da idade ou fase da carreira, pode se dar de diversas formas e por meio de inúmeras atividades. O aprendizado não se limita ao conhecimento conteudista ou didático e, especialmente no ambiente corporativo, se atualizar, aperfeiçoar ou adquirir novas habilidades e competências comportamentais a partir da experiência do outro pode ser muito eficiente.
A mentoria[1] se mostra como um exemplo prático de aprendizagem por meio da experiência. Ela pode ser uma enriquecedora e gratificante relação com potencial de impactar positivamente mentora e mentorada.
O objetivo desse artigo é apresentar os benefícios de um programa de mentoria para as mulheres, inspirar um universo maior de profissionais a utilizarem esse recurso como forma de potencializar suas carreiras e seu desenvolvimento pessoal e, também, incentivar mais líderes mulheres a se dedicar ao tema, se qualificando como mentoras.
De início, é importante esclarecer que a mentoria é uma ferramenta de desenvolvimento que possibilita, por meio de conversas estruturadas e qualificadas, que profissionais das mais diversas áreas e independentemente de sua senioridade, aprendam e se desenvolvam com a experiência de outras pessoas que já vivenciaram desafios semelhantes.
Trata-se de uma prática milenar de compartilhamento de conhecimento que tem ganhado cada vez mais visibilidade no mercado corporativo e tem se firmado como uma ferramenta eficaz de desenvolvimento pessoal e de carreira no setor privado para promoção e desenvolvimento de profissionais, especialmente entre o público feminino.
O processo tem sua etapa inicial com a formação da dupla mentora e mentorada. A mentora atua como uma facilitadora do processo de aprendizagem. A mentorada, por sua vez, é quem busca se desenvolver, alcançar maturidade e ganhar experiência no uso de suas habilidades e competências comportamentais para atingir seus objetivos profissionais.
Recentemente tive a oportunidade de participar de um programa de mentoria feminina e pude concluir que estabelecer um ambiente de segurança e confidencialidade é essencial para possibilitar uma conversa transparente e franca, sobretudo porque, muitas vezes, tais conversas passam por vulnerabilidades e inseguranças pessoais. A construção de uma relação de confiança é a chave para o sucesso da jornada.
Por este motivo, o primeiro passo para que um programa de mentoria alcance resultados positivos é cuidar da escolha da equipe de mentoras e estabelecer critérios para formação das duplas que levem em consideração o objetivo do programa e a necessidade das mentoradas[2]. No meu caso, o fato de a minha mentora ter um perfil diferente potencializou o meu processo, tanto pela complementariedade de soft skills quanto pela ampliação de perspectivas.
Reforço que um processo bem estruturado de mentoria é uma clara fonte de aprendizado para a mentorada. Nada como aprender com alguém que já vivenciou os mesmos desafios pelos quais se está passando, ou que já acertou e errou bastante até alcançar uma posição de liderança ou senioridade, e que poderá ajudar a mentorada como uma referência para a sua própria jornada, encurtando todo um caminho de aprendizado.
Os conselhos práticos, os insights, as provocações e os relatos profissionais e histórias de vida da mentora contribuem para que a mentorada enfrente os desafios de forma mais preparada e confiante. Na minha experiência, por exemplo, as perspectivas trazidas despertaram interesses antes adormecidos em mim e me impulsionaram a realizar e me envolver em novas iniciativas na corporação que faço parte, tendo ido muito além da minha expectativa inicial.
As demandas a serem trazidas na mentoria podem ser diversas: desenvolver ou aprimorar uma habilidade específica, atingir determinadas metas para alcançar seu plano de carreira, obter orientação e direcionamento profissional ou de vida, buscar autoconhecimento, aumentar sua rede de conexões (networking), dentre inúmeros outros. O que importa realmente é ter um objetivo desde o início e dividir de forma clara com sua mentora.
Neste contexto, cito algumas práticas que, sob a perspectiva da mentorada, são essenciais para o melhor aproveitamento de qualquer processo de mentoria feminina. São elas:
uma vez definida a sua demanda, se preparar antes de cada encontro buscando levar suas questões já planejadas à sua mentora (assim, você torna o encontro mais eficiente);
cumprir com os compromissos assumidos durante os encontros (ou seja, fazer o seu dever de casa e, se possível, ir além!);
dedicar um breve tempo após os encontros para reflexão dos tópicos discutidos e definir as ações a serem colocadas em prática com prazo para implementação (dedicar tempo para si mesma é essencial para absorver o conhecimento e, depois, partir para ação!);
estar aberta para feedbacks (disposta para mudanças e a sair da zona de conforto); e
ter energia e entusiasmo para “sugar ao máximo” todo o conhecimento da sua mentora.
Sob outra perspectiva, a mentora, por sua vez, deve provocar reflexões, questionar e desafiar constantemente a mentorada de forma que a construção do caminho para o alcance dos objetivos seja feito pela própria mentorada, que deve assumir uma postura protagonista e encontrar suas próprias respostas, mas sempre com o apoio de um “copiloto” nesta jornada, a sua mentora.
Considero que a escuta ativa e empática são habilidades essenciais para uma mentora. Sem contar que estar nessa posição pressupõe uma generosidade ímpar, de dedicação de tempo, de energia, de compartilhar seu conhecimento, sua trajetória de carreira, suas perspectivas, seus contatos e também um pouco da sua história de vida com outro profissional.
A prática de mentoria é recomendada às empresas[3] como forma de aplicar os Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women Empowerment Principles [WEP]), que foram criados pela ONU Mulheres e Pacto Global, visando contribuir para a Agenda 2030 das Nações Unidas.
Para além dos benefícios às partes envolvidas, entendo que a promoção de iniciativas que abram caminhos e facilitem percursos para impulsionar e acelerar a carreira de mulheres no mundo corporativo desempenha um papel importante no fortalecimento de lideranças femininas.
Não obstante ser de suma importância a atuação dos homens como aliados para progressão de carreira das mulheres, a representatividade é essencial para inspirar a próxima geração de profissionais. E podemos (e devemos) contribuir para a construção de um ambiente corporativo mais equitativo.
Fazer a diferença na vida de uma pessoa é algo grandioso e o sentimento de gratidão gerado é capaz de transformar. Foi assim no meu caso. Após um programa de mentoria realizado, fiquei com um sentimento de retribuição, de querer multiplicar o conhecimento que adquiri e poder também impactar outras mulheres.
Assim, ao ter tido a oportunidade de experimentar as duas posições – mentora e mentorada – pude concluir que estar em cada um desses papeis é igualmente enriquecedor e um privilégio. O aprendizado contínuo e mútuo é a principal semelhança nessas duas posições que, a priori, pode parecer que possuem hierarquia distinta, mas que, por meio da empatia, nivelam duas pessoas em fases diferentes da vida profissional ou mesmo pessoal. Como costumo dizer, a mentoria, de fato, é um ganha-ganha. E, nesse caso, dividir é sinônimo de somar.
[1] A mentoria foi considerada foco número 1 para programas de Treinamento & Desenvolvimento em 2023, conforme divulgado no último relatório do Linkedin Learning (https://learning.linkedin.com/content/dam/me/business/pt-br/talent-solutions/resources/pdfs/pt-br-lil-wlr23-792×612-2022-12-21-final.pdf).
[2] Vale mencionar que o uso de testes de personalidades é uma opção interessante para o match da dupla. O MBTI – Myers-Briggs Type Indicator, por exemplo, é uma das ferramentas de personalidade mais utilizadas no mundo corporativo (https://www.themyersbriggs.com/en-US).
[3] Conforme cartilha desenvolvida conjuntamente pela ONU Mulheres Brasil e pela Rede Brasil do Pacto Global que traz exemplos de práticas empresariais a serem adotadas especialmente para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS 5 que diz respeito à igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.