No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Para reduzir crise, Ministério da Saúde tenta acelerar lançamento de programas

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Diante da cobrança feita pelo presidente Lula por resultados rápidos, o Ministério da Saúde deve apressar o lançamento dos programas Mais Especialidades e Saúde Digital. As duas estratégias começaram a ser preparadas no ano passado e já haviam sido estabelecidas como prioridade desde o governo de transição.

O Saúde Digital está bem avançado para o lançamento e a perspectiva é de que reflexos dessa política, se bem implementada, possam ser colhidos de forma rápida. No caso do Mais Especialidades, no entanto, a perspectiva é de que os efeitos sejam a médio prazo, uma vez que a formação de profissionais especialistas demanda tempo.

Pesquisas de opinião mostram que a saúde voltou a ser um dos pontos de maior preocupação do brasileiro. Para o ministério, esse sentimento é provocado sobretudo pela longa espera nas filas da atenção especializada. O aumento de casos de dengue contribui também para o descontentamento. Mas, dentro do governo, o que se afirma é que as ações de saúde precisam estar mais próximas da população.

Na reunião da última terça-feira (19), Lula pediu para que Nísia Trindade viajasse mais para apresentar as ações do ministério – que, para muitos, passam despercebidas.

O fato, no entanto, é que as demandas ocorrem num momento em que a equipe está combalida. Há um misto de sensação de urgência em apresentar serviço e um sentimento de fragilidade diante das críticas, inicialmente provenientes do centrão e que se alastraram entre políticos da base do governo.

A forma como a crise dos hospitais federais do Rio de Janeiro foi conduzida por Nísia causou descontentamentos. A percepção é de que ela não defendeu a equipe e exonerou rapidamente duas pessoas que estavam comprometidas com o trabalho e com o ministério: Helvécio Miranda, à frente da Secretaria de Atenção Especializada, e Alexandre Telles, que dirigia o departamento de Gestão Hospitalar da secretaria.

Telles comandou um estudo para identificar as falhas dos hospitais federais do Rio, que são históricas. Apresentou a proposta de centralizar as compras — uma medida considerada essencial, mas que, para muitos, falhou por não ter sido antecedida por um debate. Miranda, por sua vez, era considerado um dos secretários mais atuantes do ministério.

As demissões teriam como objetivo principal colocar fim às críticas. Além de minar a coesão da equipe, a reação pode retardar ainda mais uma solução para os problemas dos hospitais federais do Rio. Diante do recado que ficou, quem terá coragem de propor uma nova estratégia para melhorar a qualidade de atendimento?

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