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A luta pela melhoria do nível da competitividade brasileira e redução do custo Brasil, tarefa abraçada como missão de fé pelo Movimento Brasil Competitivo e pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, é longa, árdua, muitas vezes cansativa e penosa. Mas não pode ser abandonada nunca, sob pena de jamais nos transformarmos no país que sonhamos para nossos filhos e nossos netos.
Na semana que passou, tivemos mais um exemplo de que, assim como Sísifo – personagem da mitologia grega condenado a empurrar morro acima uma pedra que inevitavelmente rolava de volta ao sopé da montanha quando o herói se cansava –, temos que nos empenhar diariamente para evoluir enquanto nação.
O Brasil caiu duas posições e agora ocupa a 62ª posição no ranking global de competitividade elaborado pelo International Institute for Management Development. Por todos os ângulos analisados o resultado é ruim. A começar pelo fato do ranking abranger 67 países, o que significa que, na prática, estamos à frente apenas de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela.
Para completar, de 2020 para cá, quando o ranking começou a ser mensurado, o Brasil só tem decaído. Estávamos no 56º lugar em 2020, passamos para 57º em 2021, 59º em 2022, 60º em 2023 e agora 62º lugar.
De todos os critérios avaliados, o país só melhorou no desempenho econômico. Subiu de 41º para 38º no ranking, devido ao crescimento – discreto – do PIB. Por outro lado, a eficiência governamental colocou o país na antepenúltima colocação do ranking. A eficiência empresarial, que já foi ponto de destaque do Brasil em 2020, apareceu em 61º. A infraestrutura do país, outro crônico problema nacional, nos jogou para o 58º lugar.
Mas não adianta ficarmos apenas falando e dizendo que é preciso trabalhar. Por isso a Frente Parlamentar e o Movimento Brasil Competitivo seguem empenhados na luta para mudar essa realidade. No início de julho, realizaremos em Brasília o Fórum de Competitividade 2024, que se consolida como uma arena de debates crucial para essa discussão. O tema deste ano (Transformação Digital: caminho para o desenvolvimento) mostra que não estamos apenas dispostos a corrigir rotas de erros e lacunas passadas. Queremos olhar para frente, aproveitando as possibilidades e oportunidades que o mundo nos coloca.
Para isso, vamos reunir representantes do setor produtivo, do governo, do Congresso e da sociedade civil para formalizar propostas de ação. Debates frutíferos materializados em planos concretos para destravar o país. Defendemos a digitalização como uma forma de tornar o governo mais eficiente e menos burocrático. Uma máquina mais ágil ajuda no desenvolvimento do país e atende melhor o cidadão. Acreditamos que esse mesmo processo de digitalização é fundamental para tornar nossas empresas mais competitivas e produtivas, outro gargalo em nosso processo de desenvolvimento econômico.
Precisamos também cuidar de nosso capital humano. Uma mão de obra qualificada impacta diretamente na produtividade. Um país mais produtivo, naturalmente, torna-se mais competitivo. Frente e Movimento estão empenhados na aprovação, com o máximo de celeridade, do PL do Novo Ensino Médio. Ele poderá garantir um futuro melhor para nossos jovens, seja para aqueles que optarem pelo currículo tradicional ou àqueles que ingressarem no ensino profissionalizante.
Como se vê, não adianta ficar reclamando. Os dados divulgados já passaram e têm relação direta com nosso passado, mesmo que recente. Temos que começar a mudar o nosso presente agora. Não há tempo. Se acreditamos que a tecnologia dá saltos impressionantes, é essa velocidade de mudança que precisamos imprimir, antes que a janela de oportunidades se feche, frustrando nossos anseios de sermos uma nação desenvolvida, justa e inclusiva.