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O cenário para o PIB brasileiro em 2024 é afetado por fatores que atuam em diferentes direções. Uma visão inicial aponta relativa compensação dos melhores resultados do início do ano por alguns aspectos negativos, o que motiva a manutenção da atual projeção da Tendências Consultoria em crescimento econômico de 1,8% neste ano, uma desaceleração em comparação ao registrado em 2023 (2,9%).
Do lado positivo, além do resultado do PIB acima do esperado no 1º trimestre do ano, o desempenho da maioria dos determinantes do consumo tem superado as estimativas, com destaque para a renda das famílias no conceito mais amplo, abrangendo desde as fontes mais cíclicas (mais influenciadas pela trajetória da economia, como o mercado de trabalho e de crédito) quanto os efeitos dos maiores pagamentos de precatórios e da expansão dos benefícios sociais.
Por outro lado, pesam contra uma maior expansão da economia o impacto da calamidade no Rio Grande do Sul e o ambiente macroeconômico menos favorável, com destaque para a piora das condições financeiras e uma modesta alta das perspectivas inflacionárias.
O PIB brasileiro registrou recrudescimento nas principais métricas de curto prazo no início deste ano. Após registrar estabilidade na segunda metade do ano passado, o PIB aumentou 0,8% no 1º trimestre em relação ao trimestre anterior, na comparação livre de efeitos sazonais. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, a alta do PIB foi de 2,5%.
Quando se comparam os trimestres, houve alta de todos os grandes setores pelo lado da oferta e demanda, com exceção da indústria que ficou estável. Pelo lado da produção (considerando dados livres de sazonalidade), destacam-se os Serviços, cuja expansão superou a projeção para o período (1,4% ante 0,5% estimado).
A agropecuária cresceu moderadamente acima do esperado (11,3% ante 9,0%), o que está associado à sazonalidade da produção de soja no início do ano (em termos interanuais, leve queda de 2,4% dessa cultura frente ao nível recorde de 2023) e pela maior expansão de abates bovinos. A indústria, por sua vez, ficou abaixo do estimado (-0,1% ante 0,3%). As perdas acima do esperado para Eletricidade (-1,6%) e Construção (-0,5%) explicam a diferença da projeção, uma vez que as indústrias Extrativas (-0,4%) e de Transformação (0,7%) confirmaram o desempenho misto esperado.
Pela ótica da despesa, houve alta ligeiramente acima do esperado para Famílias (1,5% ante 1,3% estimado), enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (que dá uma medida de investimentos produtivos no País) confirmou a expressiva expansão (4,1% ante 4,5% projetado). Por sua vez, em linha com o esperado, governo registrou estabilidade (0%) e a contribuição do setor externo foi negativa, dada a variação de exportação (0,2%) abaixo da das importações (6,5%).
Efeito da calamidade no RS
Até meados de abril, a projeção da Tendências para o PIB total do Rio Grande do Sul, em 2024, era de avanço de 2,9% (ante +1,8% para o PIB nacional). A expectativa contemplava desempenho positivo da agropecuária no estado gaúcho, com destaque à produção de soja, milho e arroz, após dois anos de quebras de safra; e a recuperação da produção industrial, com alta da fabricação de veículos automotores, óleo diesel e gasolina, produtos alimentícios e metalurgia.
No entanto, esse panorama foi substancialmente alterado pela catástrofe no fim de abril. Do ponto de vista da atividade, há o efeito negativo direto na produção de setores como o agropecuário e a indústria, que abrange alguns produtos importantes para a oferta do estado e nacional desses bens.
A prestação de serviços tem sido o setor mais prejudicado, diante dos diversos pontos de enchentes e do colapso na infraestrutura, que afetam os transportes, o comércio, a disponibilidade de serviços básicos, como energia e água, além da menor demanda por atividades de serviços de menor necessidade e ligados a lazer e turismo. Dados divulgados pelo Banco Central no último Relatório de Inflação, baseados em pagamentos via Pix, reforçam a expectativa de que serviços de alojamento e alimentação serão os grupos de atividade mais atingidos. Dessa forma, nossa expectativa para o PIB do estado em 2024 passou a ser de queda de 2,8%.
Além dos impactos na atividade econômica, não só restrito ao estado, mas com efeitos em cadeia, em especial para demais estados da região, o choque de oferta deve resultar em efeitos sobre os preços, inclusive em nível nacional, mesmo que parte deles possa ser transitória.
Considerando como parâmetros eventos anteriores, como ciclone ocorrido no estado em maio de 2008 e a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, é razoável supor que haja efeitos altistas sobre preços de alimentos e, em menor medida, sobre transportes, considerando as dificuldades logísticas enfrentadas na localidade.
Nesse sentido, dada a importância mencionada do Rio Grande do Sul para a produção agropecuária nacional, deve haver avanço dos preços domésticos de arroz, soja e trigo. Além disso, vale observar que a oferta de alguns alimentos in natura, como cenoura, batata-inglesa e tomate, deve sofrer impactos relevantes. Por fim, o aumento de custo com ração animal deve gerar efeitos sobre os preços de carnes.
A partir da normalização do fator climático devem ocorrer aumento da demanda de itens de bens duráveis essenciais e esforços para reconstrução das áreas atingidas, algo que irá demandar investimentos vultuosos e que pode, ao menos parcialmente, atenuar os impactos econômicos sobre parte do comércio e, em maior medida, a construção civil. Ao mesmo tempo, implicações fiscais serão inevitáveis.