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A infraestrutura logística de SC encontra-se em situação bastante problemática. Há uma oferta deficitária de infraestrutura logística. Para o escoamento da produção catarinense, a opção disponível para os agentes privados é o modal rodoviário, que é seguramente o mais oneroso.
Para piorar o quadro, as rodovias catarinenses – tanto federais como estaduais – apresentam péssimas condições de trafegabilidade. Como isso provoca o aumento dos custos de transporte, a rentabilidade dos negócios é diretamente afetada, reduzindo a competividade e a lucratividade da produção estadual.
Além da deficiência estrutural das rodovias catarinenses, há um atraso enorme na questão tecnológica. No que tange às modernas tecnologias disponíveis para as rodovias, SC é um belo exemplo de atraso. Nenhuma inovação é apresentada para os usuários que as utilizam.
Porém, é necessário que sejam implantadas na malha rodoviária catarinense inovações tecnológicas que já são realidade em países desenvolvidos, como, por exemplo, pontos de recarga para veículos elétricos, fibra ótica para 5G, pontos de parada para descanso, pesagem automática de veículos em movimento e guard rails mais modernos.
O usuário do sistema rodoviário catarinense merece a implantação dessas modernas tecnologias disponíveis, pois estas proporcionarão eficiência, segurança e agilidade no escoamento da produção. Isso teria forte impacto no aperfeiçoamento e na melhoria desse modal de transporte.
Entretanto, a modelagem utilizada para o modal rodoviário catarinense é ineficiente e onerosa. Para as rodovias estaduais, SC ainda se vale do modelo estatal, ou seja, é o Estado quem suporta a manutenção e a conservação delas. Daí o resultado é desastroso: faltam investimentos em melhorias estruturais – duplicação, terceiras faixas e manutenção adequada – e na prestação de serviços operacionais.
Por isso, o governo catarinense precisa urgentemente estudar o modelo de concessões de rodovias aplicado pela União no Estado do Paraná. Pela modelagem, as rodovias federais e as estaduais foram submetidas a um único processo de concessão, o que implicou a transferência para a iniciativa privada da gestão de mais de mil quilômetros de rodovias (lotes 1 e 2). As empresas concessionárias terão que realizar investimentos superiores a R$ 30 bilhões ao longo da concessão, que é de 30 anos.
Como o modelo estadual é ineficiente, inseguro e oneroso, é imprescindível que sejam pesquisadas novas soluções, em que a construção seja pautada na transparência e participação dos interessados – setor produtivo, entidades de classe e usuários em geral. Assim, a solução para o quadro caótico das rodovias catarinenses pode ser encontrada no Estado paranaense. Por isso, vale a pena estudar com afinco a nova modelagem de infraestrutura rodoviária inaugurada pelos paranaenses.