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O observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Nova York faz um pronunciamento à Comissão de Desarmamento da ONU e reitera a necessidade de “promover uma paz duradoura” sempre a partir da “proteção dos direitos humanos fundamentais” e da “busca da justiça”. O alarme do arcebispo sobre “o desenvolvimento e o uso de sistemas de armas autônomas letais”
Vatican News
Somente tendo sempre em mente a defesa da dignidade humana e o objetivo de buscar o bem comum será possível evitar cair no risco do “paradigma tecnocrático”, nas palavras do Papa Francisco, ou seja, acreditar que “todo progresso tecnológico é em si mesmo legítimo e meritório”. Dom Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Nova York, fala sobre tecnologias emergentes na abertura do Grupo de Trabalho II a elas dedicado na Comissão de Desarmamento da ONU durante a 78ª Sessão da Assembleia Geral em Nova York.
O risco associado ao LAWS
“O verdadeiro progresso – explica Caccia, citando a mensagem de Francisco para o 57º Dia Mundial da Paz – só pode ser encontrado na aplicação de tecnologias emergentes para a busca da justiça e da paz, e não para o agravamento das desigualdades e dos conflitos”. Em seguida, o arcebispo enfatiza como, na esfera militar, “o desenvolvimento e o uso de sistemas de armas autônomas letais (LAWS) sem o controle humano apropriado apresentaria problemas éticos fundamentais, uma vez que os LAWS nunca poderão ser sujeitos moralmente responsáveis, capazes de cumprir o direito humanitário internacional”.
Construir uma paz duradoura
Dom Caccia, portanto, reitera a preocupação do Papa que, mais uma vez em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2024, pediu uma “supervisão humana adequada, significativa e consistente dos sistemas de armas”. Sem levar em conta as preocupações com a existência humana, a proteção dos direitos humanos fundamentais e a busca pela justiça, é a conclusão do arcebispo, “será difícil construir a confiança de uma forma que promova uma paz duradoura”.
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