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O percentual de eleitores aptos a votar que não compareceram às urnas neste domingo (6/10) foi de 21,71%, segundo a ministra e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia.
A parcela de faltantes supera o recorde anterior, que foi de 2022, durante o 1º turno daquelas eleições gerais, quando foi registrado 20,3% de abstenção. “A gente tem que ver o que fazer para que o eleitor queira [votar] e investigar o porquê da abstenção”, disse Cármen Lúcia.
Segundo a presidente do TSE, apenas 0,6% (3.218) das urnas tiveram que ser substituídas por problemas técnicos. Uma seção eleitoral teve que prosseguir com os votos manuais.
Regulação das plataformas
A ministra também defendeu que haja regulação das redes sociais “o quanto for preciso” para evitar crimes eleitorais na internet. “Precisamos de novas normas ou novas interpretações das normas. Se as redes sociais são coisas novas, o Direito precisa ser novo […]. A de se regular o tanto que for preciso”, completou a presidente do TSE.
Cármen não comentou especificamente o caso de Pablo Marçal (PRTB), que divulgou um laudo médico comprovadamente falso contra o candidato Guilherme Boulos (PSol) acusando-o de uso de cocaína. A ministra disse, no entanto, que as redes e o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) agiram rapidamente para retirar o conteúdo da internet.
Participaram da coletiva de imprensa ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF): Antônio Carlos Ferreira, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Nunes Marques, Gilmar Mendes, Isabel Gallotti e Ramos Tavares. O chefe da Procuradoria-Geral da República, Paulo Gonet, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, também estavam presentes.