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É muito comum ouvir alguns clichês na análise política sobre eleições. Um deles é o de que a disputa no segundo turno é como se fosse uma nova eleição. Pesquisas, como as dos cientistas políticos George Avelino, Guilherme Russo e Jairo Pimentel, mostram que isso não é necessariamente verdade e que os resultados do segundo turno dependem de uma série de fatores anteriores, como a abstenção, a diferença de votos entre os candidatos e características específicas das campanhas.
Se o primeiro turno importa muito e os recursos financeiros são fundamentais para sustentar a campanha no período de três semanas que seguem após o primeiro turno, surge a pergunta: nas capitais brasileiras que terão segundo turno, quais candidatos possuem mais dinheiro em comparação aos seus adversários?
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Responder a essa pergunta exige a análise de uma série de dados eleitorais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza essas informações, que são organizadas por projetos como o CEPESPData e a iniciativa da Base dos Dados Siga o Dinheiro.
Para este artigo, foram utilizados os dados disponíveis até o dia 8/10/2024. A tabela abaixo traz todas as 15 capitais onde ocorrerá 2º turno nas eleições deste ano. Nela, a “diferença de votos” representa o percentual de votos válidos do primeiro colocado menos o segundo. A “diferença de recursos disponíveis” refere-se à diferença entre o saldo disponível (receitas menos despesas) do primeiro colocado em relação ao segundo lugar. Uma diferença negativa indica que o segundo colocado tem mais recursos que o primeiro.
Capitais com 2º turno e seus candidatos
Fonte: Siga o Dinheiro, CepespData e TSE
A análise da tabela nos proporciona alguns achados. O primeiro diz respeito às cidades onde a disputa está acirrada, ou seja, com menos de 5% de diferença nos votos entre o primeiro e o segundo colocados.
Em São Paulo, Campo Grande e Goiânia, quem terminou na frente está atrás em relação aos recursos financeiros, e a diferença não é pequena. Em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) tem disponível R$ 3,7 milhões a mais que Ricardo Nunes (MDB).
Em Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil) possui mais de R$ 4,2 milhões a mais que Adriane Lopes (PP). Curitiba é uma exceção entre as cidades com disputas acirradas, onde Eduardo Pimentel (PSD) tem mais de R$ 2 milhões em relação a Cristina Graeml (PMB), muito devido aos baixos valores de receitas e despesas apresentados por Graeml.
Outro ponto interessante da tabela está nos municípios onde há uma larga vantagem do primeiro para o segundo colocado, com mais de 15% de diferença, como nos casos de João Pessoa, Porto Alegre, Porto Velho, Aracaju e Natal. Não se observa um padrão fixo: em João Pessoa, Aracaju e Natal, o segundo colocado está com mais recursos disponíveis. Já em Porto Alegre e Porto Velho, a situação é inversa.
Há também locais onde a diferença entre os recursos disponíveis dos candidatos é pequena. Em Belém, os candidatos Igor Normando (MDB) e Delegado Éder Mauro (PL) possuem uma quantidade de dinheiro em caixa similar, com uma diferença de apenas R$ 56 mil. Em Aracaju, Natal, Cuiabá e Palmas, a diferença é inferior a R$ 1 milhão. Em média, a diferença entre os candidatos ficou em cerca de R$ 2,1 milhões, um valor expressivo.
Era de se esperar que, em disputas acirradas, os candidatos tivessem recursos similares, porém, isso nem sempre se confirma. Também se nota que, em alguns casos, o candidato com mais recursos não necessariamente ficou em melhor posição no primeiro turno. O dinheiro é uma referência para saber como as campanhas começam o “segundo round” das eleições de 2024, mas não é a única variável determinante. No entanto, os recursos financeiros contam parte da história e como estão posicionados os candidatos.
As características das disputas locais e dos candidatos têm grande impacto no desempenho eleitoral e, consequentemente, na arrecadação e nos gastos de campanha. O grande volume de recursos disponíveis via fundo eleitoral e partidário alterou a forma como os candidatos buscam doadores, o que reflete diretamente em suas campanhas e nas estratégias dos partidos. O 2º turno das eleições 2024 não começa do zero. Temos candidatos que já contam com um bom caixa para a campanha e outros que estão em dívida. As campanhas recomeçam, mas com uma história pregressa.